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1º. DE MAIO




PELA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E PELO DIREITO AO TRABALHO E A UM SALÁRIO DIGNO VIVA O 1º. DE MAIO




O 1º. de Maio não pode passar em vão num País com mais de meio milhão de desempregados, com cerca de um milhão de contratos precários, com cerca de dois milhões de portugueses no limiar da pobreza.





O DR.MENTO sabe do que fala. Aconselho uma visita a ONZE DE ESPADAS .




VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

*imagem da net

É mais fácil construir um menino do que consertar um homem.
(Charles Chick Govin)


Será que é mais fácil?
A violência nas escolas cresce a cada dia que passa com novos contornos sempre mais cruéis.


O conceito de bulling, vocábulo que vem do inglês para designar a violência verbal e/ou física gerada na comunidade escolar, não pára de crescer sem que se vislumbre solução no curto prazo.


Segundo dados disponíveis só no ano transacto ocorreram cerca de 300 casos de bulling nas escolas portuguesas tendo sido apreendidas 84 armas de fogo. Estes números começam a ser alarmantes tanto mais que a tendência para aumentar se mantém presente.

A sociedade de consumo irracional e os seus estereótipos de status têm contribuído largamente para a criação de novos perfis de sociabilidades em que os jovens se dividem em grupos que, tal como comunidades, interagem com uma rivalidade grosseira ridicularizando e humilhando, e por vezes agredindo fisicamente, os que não se enquadram nos valores e padrões dos grupos tidos por “superiores”.

São muitas e variadas as consequências desta ausência de valores colectivos e universais. Individualmente acontecem os estados de ansiedade, angústia e depressão que, em situações limite, culminam em suicídios e de auto-mutilações.

Mas são também frequentes os casos que nos chegam do “mundo desenvolvido” em que alunos disparam sobre colegas e professores, em que acontecem violações e em que diariamente professores são desrespeitados.

Ainda há bem pouco tempo vi denunciado um caso em que um aluno tendo sido apelidado de monte de banhas viu as suas roupas serem levadas para um esconderijo quando após ter terminado a sua aula de Educação Física foi tomar duche num dos balneários. Aflito e envergonhado, o jovem liga para a sua mãe a qual, por sua vez, fez queixa do sucedido. Porém as consequências não se fizeram esperar e o “monte de banhas” foi violentamente agredido pelos seus companheiros.

Em 2007 o jornal Público relatava um caso que muito me impressionou. Tinha a ver com um jovem de 12 anos, a quem foi diagnosticado cancro quando tinha 7, e que foi obrigado a abandonar a escola que frequentava por ser vítima de violência por parte de colegas que o ridicularizavam pela falta de cabelo resultante da quimioterapia.

Os exemplos sucedem-se e nunca se esgotam. Ainda hoje mesmo, segundo a Agência Lusa, dois jovens deram entrada no hospital Amadora-Sintra em resultado duma rixa entre dois grupos rivais na Escola Secundária Matias Aires. Um dos jovens apresentava ferimentos provocados por esfaqueamento e outro sofreu um traumatismo no nariz.

Estas situações deveras preocupantes parecem deixar os governantes numa atitude de relativa calma como se as situações estejam sob controlo e, por isso, não sejam alarmantes.

Para trás ficam as causas que as provocam. Desumanamente vamos criando os monstros do futuro crentes que não seremos vítimas da sua criação. A convivência humana degrada-se a olhos vistos e, tal como o ambiente poluído e mutilado, mostra aos olhos ainda atentos a sua capacidade de negação.


JOAQUIM ISABELINHA, O MÉDICO OFTALMOLOGISTA QUE AOS 100 ANOS CONTINUA A AJUDAR OS POBRES


25 DE ABRIL - LIBERDADE E JUSTIÇA SOCIAL SEMPRE! 25 DE ABRIL - LIBERDADE E JUSTIÇA SOCIAL SEMPRE! 25 DE ABRIL - LIBERDADE E JUSTIÇA SOCIAL SEMPRE!





Num mundo egoísta e insaciável de consumo há pessoas que fazem a diferença. Pessoas que nos ajudam a ver e a admirar o lado bom do ser humano. Porque esse lado existe e com ele e por ele vale a pena caminhar.

Joaquim Isabelinha tem 100 anos e reside no centro de Santarém. Continua a ser conhecido como o médico dos pobres porquanto grande parte da sua vida foi dedicada a ajudar quem precisava.

Nos tempos em que a fome se fazia sentir de forma acutilante muitas pessoas se dirigiram ao seu consultório para lhe pedirem dinheiro para comida (que ele nunca negava). Joaquim Isabelinha deu muitos milhares de consultas gratuitas e chegou a comprar medicamentos para os que deles necessitavam e não os podiam obter.


O dinheiro ganhava-o com quem podia pagar mas mesmo assim, e apesar de ter descendência, há mais de 50 anos distribuiu parte da sua riqueza por pessoas desfavorecidas de Almeirim, a sua terra natal.


Gosta muito de História, daquela que "revela a presença de Portugal no mundo", e de livros religiosos. É católico praticante e com a ajuda do andarilho ainda consegue ir à missa.


Ainda hoje, cumprido um século de existência, Joaquim Isabelinha entende que a sua missão de ajuda aos necessitados ainda não terminou. São vários os que ainda hoje lhe batem à porta e Joaquim Isabelinha confessa que para os ajudar há muito deixou de sair e fazer viagens para poder assim ter mais dinheiro disponível.


O 100º. Aniversário de Joaquim Isabelinha, em 8 de Dezembro passado, foi assinalado com uma mais que merecida homenagem num almoço que reuniu mais de 500 pessoas e onde recebeu prendas das mais variadas instituições de Santarém, Coimbra e Almeirim.

Recebeu também a medalha de mérito da Ordem dos Médicos, a mais alta distinção que esta instituição atribui aos melhores profissionais da classe.


José Eduardo Simões trouxe-lhe a camisola negra número um da sua eterna Académica de Coimbra, clube onde se distinguiu como um dos melhores jogadores de futebol nos anos 30, e do qual é também o sócio número um.




PRÉMIOS AMIGOS

Da minha conterrânea MARIA EMILIA recebi este selo que escolhi entre os quatro que teve a gentileza de me oferecer. Vale a pena conhecer este espaço de transparência e harmonia criado pela Maria Emilia.





Da minha querida amiga SÃO, aquela amiga fraterna de afinidades e longa caminhada, recebi também este selo num espaço que também vos convido a visitar.
Não é o espaço habitual da São, aquele em que frontal e sinteticamente elas nos põe a reflectir com um abanão forte e certeiro, mas é um espaço que vale a pena conhecer COMPAGNON-DE-ROUTE.




Dedico estes selos a todos os meus visitantes que poderão transportá-los e transmiti-los se assim o entenderem.




A FÁBULA E A VIDA





O rio transbordava e a sua corrente era de tal maneira forte que o escorpião jamais se atreveria atravessá-lo. Porém, no sítio onde se encontrava, eram escassas as suas possibilidades de sobrevivência. Só um animal habituado a lidar com a corrente poderia salvar o escorpião. Mas quem se atreveria a confiar nele? O escorpião medita e percebe que só um milagre impedirá que esteja perdido.

Nisto o escorpião vê uma rã que se prepara para atravessar este caudal violento e, na sua aflição, não hesita em pedir-lhe socorro. A rã acede sob condição do escorpião respeitar o seu gesto altruísta e não a ferrar com o seu letal veneno. O escorpião aceita o pedido da rã, mais que legítimo, e monta-se sobre o seu dorso podendo assim atravessar o rio.


Porém, já perto da outra margem, o escorpião cravou o ferrão na bem-intencionada rã que em voz débil lhe perguntou: “Como foste capaz de me fazer isto depois de tudo o que eu fiz para te ajudar? Não vês que vou morrer?

O escorpião fita a rã e diz-lhe: “Que queres? Está na minha natureza!..”


Há mais de 3.000 anos que Esopo escreveu a fábula da rã e do escorpião e, há mais de 3.000 anos, que esta fábula é reeditada nas diferentes memórias pela profundidade e aplicabilidade em muitas circunstâncias em que o ser humano sobrepõe os seus instintos primários a razões de ética e de amor ao próximo.

Ainda muito recentemente, e a propósito da polémica em torno de Guantánamo, foram identificadas situações de indivíduos que, uma vez libertados, retomaram as suas actividades terroristas em AL-QAEDA, por exemplo.

Eu própria me remonto à minha infância quando um dia perante a insistência duma garota pobre, com quem brincava, lhe ofereci um dos meus melhores vestidos que deixei que ela escolhesse entre os que tinha no meu roupeiro. Ela agradeceu-me e levou-o pressurosa para casa. Depois reuniu-se a mais uns garotos de rua e esperou-me num sítio por onde eu passava e deram-me uma tareia. Isto porque, segundo dizia a Carmo (assim se chamava a garota), eu tinha vários vestidos e apenas lhe tinha dado aquele.

Eu era criança e na altura senti uma mágoa sem limites que me marcou por toda a vida embora hoje até me dê com a Carmo e até compreenda o ponto de vista dela. Porém e apesar da mágoa, isso não me afastou daquilo que considero correcto.

Da mesma forma que entendo que Guantánamo deve ser fechada e que se deverá procurar uma solução digna para os prisioneiros que foram mantidos e torturados em claro atentado a todos os direitos humanos.

É que provavelmente entre esses prisioneiros houve e haverá aqueles que foram injusta e ilegalmente mantidos em condições desumanas só porque estavam no local errado e à hora errada. Alguns suicidaram-se e confessaram crimes que não cometeram por não aguentarem mais as torturas a que estavam sujeitos. E só por estes, ainda que estejam em manifesta minoria, se justificaria o encerramento de Guantánamo.

Mas pelos outros entendo que também se justifica e que há outras formas de combate mais justas e consentâneas com a nossa evolução.

Não defendo propriamente que tenhamos que fazer o papel da rã da fábula de Esopo, mas que a ingratidão dos outros não deverá ser entrave na procura de soluções mais correctas sem prejuízo dum olhar atento sobre a realidade que nem sempre corresponde às nossas mais profundas aspirações.







VITOR BAÍA



Vítor Baía está longe de ser uma figura consensual. Porém outra coisa não seria de esperar de quem arrecadou tantos troféus e foi considerado o melhor guarda-redes do mundo.

Mas que me leva a falar de Vítor Baía, eu que nem sou amante de futebol e sempre me mantive longe da polémica do porquê de Scolari optar pelo Ricardo e não por esta estrela de brilho incontestável?

É que eu acho que devemos a Vítor Baía um reconhecimento pela grande pessoa que ele é e que está muito para além das luzes da ribalta.

Que Vítor Baía criou uma fundação e que desenvolve uma amplo leque de acções solidárias poderá ser bastante meritório mas, só por si, não mereceria a minha tão grande admiração se, à semelhança de muitas figuras públicas nomeadamente as que retiraram altos dividendos dos seus êxitos desportivos, se limitasse a criar uma Fundação ou entrar em eventos de solidariedade para manter uma auréola humanista por vezes mais vaidade que humanidade pese embora a sua necessidade social.

O que torna Vítor Baia diferente é a sua capacidade de interagir com as populações alvo a que se dedica através das suas relações de proximidade e do seu envolvimento emocional a que se entrega de forma discreta, empregando muito do seu tempo e da sua vida. As crianças e os adolescentes em risco são a principal preocupação de Vítor e o objectivo da sua Fundação sobre a qual afirma:


Ser solidário, em especial com as crianças e adolescentes que precisam de apoio, conforto e carinho, foi sempre uma procura pessoal, tentando corresponder às suas expectativas e ajudar a satisfazer as suas mais diversas necessidades, que ao meu conhecimento iam chegando.

Sem qualquer outro tipo de pretensão, pareceu-me oportuno tentar capitalizar a minha imagem de desportista em favor de uma instituição que de uma forma mais eficaz e contínua possa contribuir para responder às necessidades dos mais novos.

A Fundação Vítor Baía 99, terá como objectivo apoiar as crianças e os adolescentes carenciados das mais diversas formas.

Além dos contributos de ordem material, sempre tão importantes, não pretendemos descurar os que apresentem um carácter diverso. A Fundação Vítor Baía 99 deseja também ser um espaço de diálogo que nos ajude a encontrar e melhorar as vias que minorem as carências daqueles que são, neste caso, as nossas preocupações: As crianças e os adolescentes.

É nesta linha que, aquele que foi o melhor guarda-redes do mundo, visita hospitais onde crianças sofrem, leva-lhes uma bola, conversa com elas e, por vezes, paga um aparelho ou tratamento essenciais e para os quais faltavam recursos.

Sobre a sua actividade solidária que deu origem à sua Fundação, Vítor Baía afirma:


Provavelmente é a minha melhor defesa, o meu melhor jogo, o meu melhor título. É uma ideia de pai com alguns anos que fui amadurecendo.



Fica pois este breve apontamento juntamente com a súmula dos seus feitos no mundo do futebol.
  • Vítor Baía detém o record de imbatibilidade em Portugal (1191 minutos entre Setembro de 1991 e Janeiro de 1992), 5º em campeonatos de primeira divisão europeus e 11º melhor registo de sempre da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol.
  • Foi o 1º jogador português a atingir as 75 internacionalizações (16 de Agosto de 2000).
  • Conquistou 10 campeonatos nacionais de séniores.
  • É atribuída a designação de futebolista com mais títulos, na história do futebol mundial, alcançados na sua longa carreira: 32. Pelé e Rijkaard são os que se seguem, com 25 títulos.
  • É um de apenas 10 jogadores que conquistaram os três principais títulos Europeus de clubes: Liga dos Campeões, Taça UEFA e Taça das Taças.
  • Na cápsula do tempo enterrada pela UEFA aquando do seu jubileu de ouro em 2004, foi colocado um par de luvas de Vítor Baía.

IKEBA









MARIA FAIA tem um post maravilhoso que nos fala do IKEBA, uma arte floral do Oriente que nos prende pelo fascínio criativo associado a filosofias de vida que superam aquilo que assumimos como sendo os nossos limites.

Das várias IKEBAS apresentadas por Maria Faia escolhi apenas esta porque certamente os meus amigos irão visitar o QUERUBIM PEREGRINO onde se encontram as restantes.






REFÚGIO PARA JOVENS À DERIVA

João Almiro aplica riqueza pessoal a acolher em casa toda a sorte de marginalizados
Por: TERESA CARDOSO in "JN"

Três dezenas de jovens marcados por violência doméstica, abusos sexuais, drogas, álcool e doenças refugiam-se na casa "Os Andorinhas", em Campo de Besteiros. À frente do porto de abrigo está um homem de 82 anos: João Almiro.

O dia 29 de Março foi vivido com particular emoção na associação "Os Andorinhas". Morreu a Bibi. Lina Maria Simões Gomes, com 38 anos de idade, que aos seis meses de vida foi entregue pelos pais, com problemas de alcoolismo, aos cuidados do farmacêutico João Almiro. Portadora de Trissomia 21 e com o esófago queimado pela aguardente que lhe davam para se calar, a menina acabaria por ditar o rumo do seu protector.

Um homem, nascido em berço de ouro, que aos 82 anos continua a trocar a comodidade que o dinheiro lhe proporcionaria, pela ajuda a marginalizados da sociedade.Proporcional ao seu altruísmo, a fama de João Almiro atraiu para Campo de Besteiros jovens de todo o país. Muitos enviados por hospitais e cadeias. Em comum: famílias desestruturadas, pobreza, violência, abusos, violações, drogas, álcool e até doenças contagiosas.


"Este homem não existe". Quem assim fala é Fernando Abreu, 44 anos, antigo colaborador da Câmara de Tondela, que devido a complicações neurológicas, associadas a uma insuficiência renal, se afastou da família e dos amigos. Reencontrou-se junto de João Almiro.


"É mais que um pai. A seu lado, recuperei de uma depressão e preparei-me psicologicamente para o transplante", testemunha. Anteontem, à uma hora, o telemóvel de João Almiro tocou.


Do outro lado, um SOS: Bruno, 24 anos, consumidor de drogas duras - chegou a ser expulso da Alemanha por isso -, pedia ajuda."Chegou de Lisboa a Tondela e não tinha para onde ir. Fui buscá-lo. Dei-lhe comprimidos para as dores e por aí fica enquanto quiser. Esta casa não tem grades.

A ideia é a ajudar estes jovens a voarem sozinhos. Mas se tiverem recaídas, podem sempre voltar ao ninho", sintetiza João Almiro.Sem um cêntimo do Estado, dinheiro que não reclama nem deseja, o farmacêutico assegura, na casa onde criou os filhos, a sobrevivência de quem lhe bate à porta.

Agora são 30. Gasta entre seis a sete mil e quinhentos euros por mês. Vale-lhe a solidariedade de muitos amigos. E a quinta, trabalhada pelos jovens, de onde vêm os alimentos e onde cria vacas, porcos, ovelhas e galinhas para ajudar nas despesas."

Além dos utentes, que fazem o que podem, somos duas funcionárias. Eu trato da cozinha. O doutor e os rapazes não se queixam da comida", brinca Maria Teresa Henriques.João Almiro é o faz-tudo-da-casa: leva os rapazes e raparigas que precisam aos tratamentos de desintoxicação de álcool e drogas, às vacinas, ao ortopedista, a consultas de Planeamento Familiar.

Consegue próteses. Chegou a salvar um doente, com cirrrose, que tinha os dias contados."É tudo do bolso dele. Aos 82 anos, carrega o carro e vai com a rapaziada para Coimbra, Viseu e por aí fora. Aqui no café, paga os consumos. Menos o álcool. Dorme sozinho com todos em casa.

E se algum sai para a rua, é vê-lo de robe, na madrugada, à sua procura", testemunha Carla Teresa, do café Guiné, que fica defronte de "os Andorinhas". Ela e o marido, António Soares, temem pelo que possa acontecer aos jovens quando o benemérito faltar.


OS SELINHOS DA SUSANA







Para quem não a conheça a SUSANA é uma mulher beirã de corpo inteiro assumindo raízes e identidade numa forma de olhar os lugares e as suas gentes que fazem valer a pena as descobertas que proporciona aos viajantes nas suas sugestões e nos seus roteiros turísticos.



Aprender com a Susana é começar por visitar os seus espaços de informação e cultura.



Foi, por isso, uma honra receber dela os três selos que abaixo identifico.



Dentro do princípio que em cada situação se deverá procurar aquilo que mais se ajusta ao nosso pensamento, ocorreu-me de imediato eleger alguém que, como eu, ame viajar e conhecer. E logo me ocorreu o meu querido amigo PAULO do INTEMPORAL, neste momento, a gozar umas mini-férias em Amesterdão.



Seleccionei o selo abaixo como passagem de testemunho.







O dendê é um óleo duma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné) e que é consumido há mais de 5.000 anos. Actualmente é o óleo mais consumido no mundo.Segundo um historiador português, o óleo de dendê tem o cheiro das violetas, o sabor do azeite de oliva e tinge os alimentos com a cor do açafrão, sendo entretanto mais atrativo.


Paulo, aguardo o teu regresso e, entretanto aproveito para desejar uma Páscoa Feliz a todos os meus amigos.


INCAPACITAÇÃO E DIREITO À VIDA



Parece óbvio que qualquer indivíduo, com uma doença ou deficiência incapacitante, tem esse direito legítimo de ter uma vida em que lhe sejam proporcionadas condições para que a possa viver.

Se folhearmos a Declaração Universal dos Direitos Humanos lá encontraremos referências ao nível de vida adequado e aos direitos sociais, requisitos que muitos Estados consagram nas suas Constituições onde a Igualdade de Oportunidades é uma bandeira de progresso.

Na prática as oportunidades são poucas, e as desigualdades proliferam, quando se pretende competir com outra esfera da sociedade que tem nas mãos o poder e o privilégio de distribuição de oportunidades cada vez mais escassas. E se isso é sentido para quem tem competências e apetências para ir à luta, imagine-se os que, de uma forma ou doutra, estão fragilizados pela doença ou por qualquer outro tipo de incapacitação.

Sem pretender dotar de privilégios quem quer que seja, entendo que na faixa do mundo em que as pessoas lutam pela sobrevivência deverá existir uma nova forma de olhar para a criação de oportunidades. Se o desincentivo de vida acontece em quem perde o emprego ou não o consegue porque os lugares a que concorre estão previamente ocupadas e, frequentemente, por pessoas com menos aptidões e competências mas ligadas à esfera que pode distribuir empregos, imagine-se todos aqueles a quem a saúde atraiçoou e que se sentem à partida excluídos nessa luta competitiva pela realização.

E no entanto, entre aqueles para quem o mercado de trabalho está absolutamente interdito, há os que são dotados de valências às vezes acrescidas pelo sofrimento e pela necessidade de provar que afinal ainda são gente, ainda produzem e ainda amam como qualquer outro ser.

Mas como fazer prova desses requisitos num País que empurra e amachuca quem não tem a forma dos seus padrões?

E nesta faixa de desprotegidos incluo não apenas os doentes e os deficientes mas todos aqueles que, por diferentes razões dum sistema em que a pessoa humana personifica a sua capacidade de consumo, não têm condições para viver para além da sobrevivência.

Os recursos adequados à dignidade humana não estão apenas nos mínimos necessários a que alguém sobreviva numa vida sem qualidade nem motivações. Os recursos adequados à dignidade humana são aqueles que permitem que a pessoa contribua para sociedade em que se insere e com isso se sinta válida, identificada com os objectivos de desenvolvimento e motivada pela sua utilidade comprovada através duma ocupação/profissão. E são também os recursos obtidos que permitem algumas actividades de lazer necessárias ao equilíbrio físico e psicossocial.

Porque não há sociedades evoluídas que tenham sobrantes entre aqueles que querem contribuir para o seu desenvolvimento. Um desenvolvimento que só existirá quando as capacidades de cada um forem em pleno aproveitadas sem discriminações, sem conotações porque a vida e a morte não são sucessos dos nossos ideários mas direitos inalienáveis à nossa condição. Se a última é certa e garantida, não recusemos a primeira empurrando para uma espécie de antecâmara quem não consegue acompanhar o nosso passo.



IF




Recebi este Premio da minha amiga Angela Guedes cujo blogue vos aconselho.

As regras do premio são as seguintes:

Escrever uma frase, citar um título ou contar uma historia sobre seis assuntos nos seguintes segmentos: VIDA, CINEMA, LITERATURA, VIAGEM, AMOR E SEXO;· Convidar seis colegas de blogs que você realmente considere femininas e inteligentes;· Linkar o blog que a convidou;· Postar as regras para que outros as repassem;. Inserir o selinho que você recebeu do Papo Calcinha.

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São muitas as regras mas um pouco de criatividade também não faz mal. Assim, e como escolha ilustrativa das minhas opções, a seguir transcrevo o IF de Rudyar Kipling.

IF
If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise:

If you can dream--and not make dreams your master,
If you can think--and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings--nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And--which is more--you'll be a Man, my son!

Rudyard Kipling

SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!


Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida


Bom, e como falar de alguns dos items do desafio seria repetir o que já disse noutros desafios em que falei de mim, vou apenas falar sobre sexo, algo que deixou de ser tabu mas que deixa ainda muitos campos por desbravar. Aqui vai pois um pequeno texto de minha autoria.

"Falar de sexo é falar do ser humano animal e sensível, das suas preocupações, dos seus sonhos e dos seus projectos de vida. Porque o sexo é o motor de todas as motivações e a razão de ser de todas as existências. Sexo não é pois, e apenas, o acto sexual em si mas toda a apetência sensual na arte de agradar, de conviver, de inovar e de sentir intensamente a vida.
Abafar a sensualidade é matar a criatividade e a generosidade, é deturpar o ser maravilhoso pronto para a entrega.
Por ser tão importante a sensualidade/sexualidade não deve ser reprimida mas educada para a realização humana respeitando valores e sentimentos."

Desta vez não vou cumprir a parte que se refere à indicação de 6 visitantes no feminino. Entre quem me visita, e se quiser, pode aceitar o desafio como seu.