Ali todos os dias consegue, com o seu trabalho, guardar pelo menos 50 euros e comer e beber bem, apesar de dormir na rua. As poupanças diárias são guardadas numa casa de banho pública que, em Copenhaga, dispõem de cacifos que podem ser alugados ao mês, guardando os restantes haveres num carrinho de mão.Este pequeno carro, coberto com um oleado por causa da chuva, serve-lhe também para recolher e transportar garrafas vazias que, depois, vende por entre uma e três coroas dinamarquesas cada. Adolfo faz todos os anos duas a três semanas de férias em Portugal e só viaja de avião. Prefere ser sem-abrigo na Dinamarca do que regressar à sua antiga vida em Portugal, apesar de ser um funcionário público com uma licença sem vencimento por 10 anos, sendo o seu antigo local de trabalho uma escola de Amarante, onde está(va) colocado como electricista. Adolfo garante que é respeitado e que até a polícia já o conhece e cumprimenta por saber que não é pessoa para arranjar problemas. Antes de chegar às ruas de Copenhaga passou por França, Holanda, Suécia e outros países, mas em nenhum deles se sentiu tão bem como na Dinamarca, onde admite vir um dia a estar integrado no sistema de segurança social para poder ter um quarto que substitua as ruas bem como vender o Hus Forbi, o jornal de rua dinamarquês.Isto porque naquele país dão aos sem abrigo um mínimo de 7.000 coroas dinamarquesa havendo até quem tenha um subsídio superior como é o caso de um finlandês, Asser, que recebe do estado dinamarquês 10.500 coroas mensais.
Fonte: Semanário Sol
8 comentários:
Realmente...
Este exemplo caricatura uma verdade insofismável: cada vez estamos mais na cauda da Europa.
É curioso como se nivela o funcionário público português e como se relevam as condições sociais em países "evoluídos".
Esta é de rir. E é bom rir ah ah ah ah. É que se não rirmos dá vontadede chorar. Ao que este país chegou!...
Antes mendigo na Dinamarca que funcionário público em Portugal.Antes mendigo na Dinamarca que funcionário público em Portugal. Antes mendigo na Dinamarca que funcionário público em Portugal. Eu sou funcionária pública ai, ai ai ,ai, ai....aiiiiiiii.....
Texto interessante, me fez lembrar o livro do Tocqueville "Ensaio sobre a pobreza".
Abraços, GR.
E como as coisas param, a tendência será para que tenhamos mais emigrantes, alguns certamente "mendigos".
Parabéns pelo blogue.
isto não pode ser verdade, ando na profissão errada.
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