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INVENTE-SE UM HOMEM NOVO



A sociedade portuguesa, em era de desenvolvimento, apresenta assinaláveis retrocessos sociais que, frequentemente, se traduzem num mal-estar permanente e num atrito visível do cidadão perante o ambiente que o rodeia.
Sente-se incomodado porque foi ultrapassado na fila do supermercado, porque demorou a ser atendido nas Finanças, mesmo quando dispõe de tempo para estar à espera, porque o carro da frente demorou a arrancar no semáforo, porque uma sucessão infindável de acontecimentos se sucedem.
Este mal estar, altamente permeável a todas as negatividades percebidas pelos sentidos, aumenta um estado de tensão que, não tardará, se transforma em stress, em depressão e que culmina no crime e no suicídio. A economia de mercado, cuja filosofia assenta numa maior competitividade como factor chave para o desenvolvimento e a inovação, deu um tiro no pé ao excluir o factor humano das suas margens de lucro. O homem individual, hipoteticamente mais fácil de conduzir no seu isolamento, é um homem frustrado que produz a morte. De si e do sistema. Porque ninguém pode viver sozinho e semear a morte como forma de alimento. De tanto ser competitivo este homem-escravo já não tem para onde fugir. Os bens materiais, já não o satisfazem porque os que tem não chegam e, não chegando, chegam a sobrar porque de pouco servem. Adquire por adquirir porque os outros têm, porque os filhos dos outros têm e os dele também querem ter. Ele não sabe para que serve, já não tem gosto nas coisas, anda enervado e cansado e continuar a querer.
E enquanto algures outros morrem sem as necessidades básicas satisfeitas, a sociedade capitalista transforma-se e igualiza-se na alienação.
Cansados e amargos os céus deixam de ter estrelas e as mãos escondem-se das outras mãos. Perdem-se as referências e os laços solidários, o futuro é um buraco negro que ameaça.
Como voltar a amar quando o amor é esta pressa, este empurrão, esta exigência sempre insatisfeita? O que é preciso pois para o homem ser homem como se lembra de ser? Como quando tinha raízes e orgulho na terra e não tinha que partir para sítios sem espaço, que não lhe dizem nada, onde não encontra as suas referências?
Amar é largar e não fixar. É deixar ir e respirar. Como pode acontecer esse sentimento na sociedade de risco?
Talvez a distância entre o tudo e o nada seja muito ténue. Talvez, como dizia Victor Hugo, uma palavra, um olhar, um gesto de ternura peu de chose!...
E onde procurar? Numa consciência colectiva que exija um homem novo. Um homem mais solidário, menos virado para si próprio. E como é que isso se faz? De duas formas: ou se deixam aumentar as tensões sociais e, quando estas eclodem, há batatada e dá-se início a um novo ciclo. Ou através de reformas sociais que permitam uma educação e a satisfação das necessidades básicas de forma justa e equilibrada. Pessoalmente gostaria de ver Portugal, e os governos, enveredarem por esta última solução porque a primeira poderá ter outro tipo de custos sociais também preocupantes. E estamos a caminhar para que aconteça...
Autor: Silêncio Culpado

43 comentários:

Menina do Rio disse...

É a chamada sociedade de consumo. Os valores vão se perdendo e passamos a representar numeros. Decadência!!!

beijinhos

Manuel Veiga disse...

força. "batatada" com eles...

(o desespero é mau conselheiro!)

abraços

Pata Negra disse...

Mais uma vez o Silêncio Culpado gera um texto certeiro e completo. Obrigado pela reflexão, isto não é um blog, é um templo.
Um sério abraço

Anónimo disse...

Um destes dias teremos máquinas registradoras de verdade no bolso...

jinhuz da crónica

Zé Povinho disse...

O tema é bem escolhido e a análise é excelente. Assino por baixo.
Abraço do Zé

avelaneiraflorida disse...

OU...RECUPERE-SE O QUE DE BOM AINDA EXISTE NO HOMEM!!!!

é certo que os aspectos negativos são mais do que muitos e a sua tendência para o crescimento, inevitável!!!!!

Mas ainda há gente, pessoas , seres humanos, que valem a pena!!!!
Em nome do futuro, é preciso recuperar, "reciclar", os que ainda têm um restinho de humanidade dentro de si!!!!

quintarantino disse...

Mas como? Procurando aquilo que Rousseau acreitava ser imanente a todo o ser humano? E que caminhos percorrer? Traçando que metas? Ou teremos de nos contentar a admitir que Hobbes sempre tinha razão?

António de Almeida disse...

-Seria óptimo inventar-se um homem novo, mas já seria bom conseguir-se a evolução do actual. Nomeadamente em matéria de educação e cidadania! Gosto do texto!

Carminda Pinho disse...

Minha amiga,
para sorrir basta querer e crer.
Ai de nós se deixamos de crer em algo na vida. :)
Beijinhos

DS disse...

Adorei este texto, de facto temos que nos reinventar como seres humanos, estamos, nas ditas sociedades desenvolvidas a chegar ao limite da nossa paixão pelo materialismo e pelo individualismo. O caminho para o futuro é outro e é esse caminho que cada um de nós tem que começar desde já a trilhar.

CL disse...

Famosa inflação, os preços das coisas sobem, e o preço do ser humano cai!


Rs

ARTUR MATEUS disse...

O Silêncio Culpado está no auge da inspiração. As lágrimas vieram-me aos olhos com este magnífico texto. Vamos ver se com a ajuda de todos damos um empurrãozinho na mudança.

G.BRITO disse...

Força Silêncio, porque quem fala assim não é gago. São palavras destas que precisamos ouvir e este texto é do melhor que tenho lido.

C.Coelho disse...

Realmente tem que se inventar um homem novo porque o que está, tal como está, não é nada. Mas precisamos de governos que estruturem essa reconstrução o que não me parece que seja o que se está a verificar.
Esta reflexão é de luxo. Vale 6 estrelas.

Tiago R Cardoso disse...

Excelente texto, no entanto estou a ver as coisas a irem pelo primeiro caminho, estamos numa sociedade que quem parar é trocidado por uma sociedade consumista e "plástica", onde os valores fundametais do homem foram substituidos pelo "fast-food".
Hoje o quem não correr é ultrapassado.

Fátima disse...

Amiga,
Excelente texto, parei para pensar, realmente em que sociedade é que vivemos?

:-)

SILÊNCIO CULPADO disse...

Isso é o que vamos ver Tiago, isso é o que vamos ver. Nada é eterno e as sociedades regeneram-se por si próprias. Às vezes de forma mais lenta, seguindo uma tendência, outras através da rotura. Mas não se pode manter, por muito tempo, uma sociedade doente como a nossa (e outras. Nem com antibióticos. Apenas se pode prolongar a agonia.

M.MENDES disse...

Realmente já estão reduzidos a muito pouco os nossos valores. Não fiquemos quietos. Excelente texto.

carlos filipe disse...

Belíssimo texto, venham mais como este. Só não concordo que se tenha medo de métodos não pacícos porque quase sempre não há outro caminho.Já está provado que as soluções burguesas não funcionam.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá minha querida, adorei o texto.
Vou voltar com mais tempo.
Beijinhos!
Fernandinha

Maria Clarinda disse...

Também eu...e como gostaria da tua segunda hipótese!
Jinhos

PTT disse...

Obrigado pelas intervenções mas as ferias e o pós-ferias, obrigam-me a estar a estar "ausente" mais do que o pretendido.

Um abraço

JOY disse...

O problema do " Homem " actual é desperdiçar tempo ,energia ,sanidade mental com coisas que na realidade não vale a pena não apostando naquilo que lhe pode proporcinar o verdadeiro equilibrio.
mais uma vez o teu texto está fantástico.

JOY

joshua disse...

Disseste linearmente o que procuro dizer hermeticamente no meu PALAVROSSAVRVS REX: creio que não é crime ser hermético se com isso eu me for fiel, não achas?

É justíssimo dizer que o teu blogue BRILHA!

Jorge P. Guedes disse...

Gostei imenso de ler este texto.
Por várias razões, não sendo a menos importante o facto de refectir e convidar á reflexão sobre os vícios e malefícios da sociedade moderna actual.
A Sociedade do espectáculo que já Guy Debord anunciava e denunciava há algumas dezenas de anos instalou-se no mundo dito civilizado e industrializado.
O "ter" tomo decididamente o lugar do "ser" e ameaçam rebentar pelas costuras os alforjes por tanto conterem.

Por fim, também eu gostaria de ver a sociedade portuguesa enveredar pelo último caminho que o texto propõe.
Mas não creio que, isolados, possamos fazê-lo, nem que os governantes tenham essa visão redentora do que resta à "alma humana".

As minhas desculpoas pelo alongar deste comentário, mas o tema e o escrito assim mo merecem e suscitaram.

Um abraço e bom fim-de-semana.
Jorge G.

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

Não tem o meu comentário por objectivo concordar ou discordar com o texto acabado de ler. O objectivo, outrossim, é partilhar um conjunto de reflexões pessoais que a sua leitura me foi permitindo e sistematizá-las de modo a que se tornasse evidente uma leitura alternativa de uma realidade que, todos concordamos, é de um grande mal-estar.
1. Um ponto menor e abstracto, mas que é de referir só de passagem, a questão do retrocesso. Até posso concordar com a ideia de retrocesso se o objectivo for arrepiar caminho à ideia de "progresso", de "progressismo" e de "progressistas" a coberto da qual se deu alento a muita ingenuidade, ilusão, oportunismo e tirania de há umas décadas a esta parte. Refiro-me em particular à actividade legislativa desenfreada que prometeu direitos, liberdades e garantias sem bases materiais para poder satisfazer as expectativas entretanto geradas, sem capacidade fiscalizadora e punitiva para atalhar os desmandos e patifarias, e sem um aparelho de estado com espírito de missão, tecnicamente apetrechado e proactivo.
2. A origem do stress deve ser procurada na natureza intemporal do homem e não na sociedade actual. Embora o grau de complexidade em que vivamos vá avivar cada vez mais a necessidade de despejar cá para fora toda a raiva acumulada, note que foi nos países em que as populações estão mais afastadas das benesses do capitalismo actual e próximos de uma mentalidade feudal que apareceram os suicidas terroristas.
3) A economia de mercado (eufemismo pósmoderno para economia capitalista) é o que é: má, mas a melhor que já tivemos. Tem um lado bom, o mercado: estimula a economia, permite um grau razoável de distribuição de alguma comodidade material, favorece o desenvolvimento científico, cultural e técnico. Tem muitos lados maus: a crescente distância de ricos e pobres, a clivagem norte-sul, o desperdício de matérias primas e de bens manufacturados, a erupção de novos "valores" ligados ao materialismo, ao consumismo, ao imediatismo, ao mediatismo e ao desperdício acompanhada da depreciação dos valores tradicionais. Mas tem um mal, que não refere, e que não tem comparação com os que menciona, porque é a uma escala incomensuravelmente maior e com consequências para a humanidade que tornarão ninharias a fome, a doença, a miséria a discriminação e outros males, porque ameaça a própria existência da humanidade: o desequilíbrio ecológico.
4) Concordo na generalidade que há uma crise dos valores, que se está a instalar falsas noções de bem estar e de satisfação de necessidades, que tudo se traduz em alienação com forte impactação nos afectos, na inteligência e no querer e ousar da humanidade actual, sobretudo nos nossos jovens.
4) O homem novo é um tema que me arrepia: as religiões monoteístas sempre quiseram reformar o homem manifestando um ódio psicótico à sua natureza- é a temática da salvação; as ideologias também - o nazismo, os marxismos de todos os quadrantes, e todas as utopias políticas e sociais que prometem mundos novos para amanhã. Nem distingo propostas revolucionárias de propostas reformistas. O meu maior receio é a sociedade actual estar internacionalmente minada por poderes obscuros e nem os estados, nem a sociedade civil poderem qualquer acção para se defenderem dos seus interesses inconfessos: opus dei, maçonaria, máfias, cartéis da droga, crime organizado, estados terroristas (incluindo os poderes actualmente instalados na Casa Branca). Prefiro defender o homem velho, tem os seus defeitos, mas conhecemo-lo. Há que aperfeiçoá-lo, aos poucos, e voltar constantemente atrás para ir buscar os que ficaram pelo caminho. Somos uma força, caramba. Somos a maioria. Há que reinstalar os valores perdidos, como o respeito, a solidariedade e a equidade. A negociação ainda continua a ser a maior arma da humanidade.
5) Portugal é um caso particular do mal geral. mas sobre ele não sei o que dizer. Às vezes parece-me um caso perdido. Nem no futebol?

Afonso Faria disse...

Pertinente a tua análise. Gostei. Só acrescento uma outra via a do "HOMEM". Talvez seja tempo de fazermos algo de diferente, o testemunho, a atitude que desarma. Já escrevi e tenho-me referido com frequência em núcleos de amantes da ciência e números que há que publicar desenvolver e praticar a "TEORIA DOS VASOS COMUNICANTES....DOS AFECTOS"
Há que estimular mais igualdade no respeito na aceitação do OUTRO. No fundo uma formação mais humanista cada vez mais ignorada. A História julgar-nos-á pelo nosso imobilismo!Se queremos que algo mude, se calhar temos que operar a mudança em nós.

SILÊNCIO CULPADO disse...

KEOPS
Nem mais.

SILÊNCIO CULPADO disse...

KEOPS
Nem mais.

Alda Inácio disse...

Nossa ! Você arrazou neste texto ! Realmente a sociedade portuguesa foi colocada como fonte de referência para outras sociedades que sentem o mesmo processo de (in)volução do homem. Estamos andando para trás. O supérfluo é o primeiro da fila e com isto o homem decai culturalmente para deixar viver o homem massificado pelo consumismo e pela violência. Você descreveu a face verdadeira deste homem post moderno com muita sabedoria. Grande abraço de Alda

Meg disse...

Cara amiga,
Tanto para dizer sobre este post mas destaco..."Os bens materiais, já não o satisfazem porque os que tem não chegam e, não chegando, chegam a sobrar porque de pouco servem."
Um entre tantas das frustrações desta sociedade.
Só que eu já não acredito que isto vá lá com reformas, não que não achasse preferível, mas porque já estamos no caos...
Hoje mesmo tivemos um sinal desse caos... e vindo de onde menos se esperaria e desejaria.

Bom fim de semana e um abraço

Marco Santos disse...

Que post maravilhoso. Obrigado.
Em relação à insatisfação do homem nos dias que correm muito à a dizer, até ando a pensar abordar esse tema num post. A inatisfação deve-se em primeira instância não a factores externos, mas sim internos.
Cumprimentos

PS- Também prefiro a segunda opção. A da batatada não me agrada, se bem que estamos mais perto desta do que da primeira.

Marco Santos disse...

À batatada não vale a pena.

Belo texto.

Paulo disse...

"Assim falava Zaratustra", de Nitzsche, e o "super-Homem" talvez não fossem ideias arrojadas para os tempos actuais.
Bom fim de semana.
Paulo

R disse...

Encontrei no autor deste blog e estou satidfeito por isso, infelizmente eles vão rareando. São cada vez mais os que se afundam no imediatismo e menos os que param para reflectir.

Reflexo disse...

H...umano e desumano
O...deia mas também ama
M...ata mas também ajuda a nascer
E...um espelho da sociedade
M...utante de uma vida

Beijo * Gosto imenso de te ler, das tuas verdades e convicções

7 disse...

A todos os que tem contribuido com palavras de sabedoria, de solidariedade e até de humor, o muito obrigado pelo vosso apoio. Não estou nada preocupado e por isso mesmo decidi publicar esta convocatória que me foi dirigida como ARGUIDO. Tenho a minha consciência tranquila e apenas expus o que me revolta. Pelos vistos a máxima que diz que todos são inocentes até prova em contrário caiu em saco roto. Agora somos todos culpados e arguidos até prova em contrário. Ridículo como disse e é o País que temos. Abraços.

RDSER disse...

Bom já não somos pessoas ,somos números.
Já não perguntam por nosso nome ,pergutam pelo nosso CPF...é triste.
Bjim e bom fim de semana.

adrianeites disse...

bom post..

concordo!

bom fim de semana!

Anónimo disse...

"Sente-se incomodado porque foi ultrapassado na fila do supermercado, porque demorou a ser atendido nas Finanças, mesmo quando dispõe de tempo para estar à espera, porque o carro da frente demorou a arrancar no semáforo, porque uma sucessão infindável de acontecimentos se sucedem.
Este mal estar, altamente permeável a todas as negatividades percebidas pelos sentidos, aumenta um estado de tensão que, não tardará, se transforma em stress, em depressão e que culmina no crime e no suicídio. "

Curioso, a mim desperta-me antes o instinto homicida.

C Valente disse...

Muito bem apresentadode fecto o homem passa numero, actua como uma coisa, deixa de actuar como ser humano e hiumanista, a sociedade de consumo tudo devora
saudações amigas

7 disse...

A sociedade está saturada. Há um ciclo vicioso. Nada se inventa, nada se transforma, tudo fica estático e preso num espaço físico-temporal. Não se evolui socialmente, não se criam novos hábitos, não se transformam os pensamentos que estão a ser reciclados. Todos nós contribuimos para isso, pois o homem que não arranca no semáforo, pensa que é o único na estrada e o que se enerva rápido, não se controla. O Homem das finanças pensa que é do estado e não para servir o cidadão, logo age como tal, o cidadão está farto do funcionamento estatal e tende a partir a "loiça". Gasta-se fortunas em inovações e por vezes quem inventa vê o processo para si próprio e não para um conjunto de pessoas. O homem precisa de actualizações como tudo na vida e não de se transformar num novo. Para tudo isto funcionar é preciso que quem actualize as coisas não pense só por ele mas sim por todos, antes de gastar, há que testar. Ouvir, respeitar, perguntar ao povo poderiam ser soluções em vez de promessas políticas de quem nem sabe o que está a prometer. Há que saber se certa inovação servirá no Porto assim como em Vila Viçosa. Há que respeitar as massas, as suas localizações e as formações das mesmas. Estou se calhar a ser um sonhador e a pôr ideias soltas no ar numa tentativa desesperada de responder ao teu comentário. Contudo o homem é muito egoísta, pensa em si próprio, no seu bem estar pessoal, na sua riqueza. Pensa que está sozinho no Mundo e age como tal. Farta-se do que tem porque não está bem consigo próprio. Deita fora o que a muitos faz falta. Concordo com o que disses em quase tudo e apresento assim se calhar liricamente soluções sem finais felizes. Estou certo que é difícil recuperar uma mente humana assim. O homem é como o cancro, surge, apodera-se e conduz à morte. O Homem é isto... Abraços de um pecador, que peca em demasiado com estes comentários longos. Beijos.

Carol disse...

Mudar é, de facto, preciso!
E mais não digo, porque tu já disseste tudo.