Cerca de 27 mil portugueses deverão aderir quarta-feira à iniciativa «Levanta-te contra a pobreza» para assinalar o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, uma das metas traçadas pela ONU nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Uma em cada seis pessoas no mundo vive em condições de pobreza extrema, não tem acesso a medicamentos nem à educação básica, indicam dados internacionais. Em Portugal, um em cada cinco vive em situação de pobreza.
Por outro lado, 12 por cento da população global - ou seja, o grupo dos 22 países mais ricos do mundo, em que se inclui Portugal - consome 80 por cento dos recursos naturais disponíveis.
A iniciativa desenvolvida em Portugal pela Campanha Pobreza Zero deverá registar-se um pouco por todo o país em escolas, empresas e associações entre as 21:00 do dia 16 e as 21:00 do dia 17.
As inscrições para esta iniciativa começaram há cerca de três semanas e, segundo a organização, a perspectiva de adesão já ultrapassa os valores atingidos em 2006.
Em 2006, 20 mil portugueses inscreveram-se na acção «Levanta-te contra a pobreza», contribuindo assim para o número mundial de 23,5 milhões de pessoas que aderiram a iniciativa.
Este ano já estão inscritos 27 mil portugueses que em vários pontos do país se propõem realizar acções que possam de alguma maneira chamar atenção para a pobreza no mundo.
Mais de 60 escolas desde o pré-escolar até ao ensino universitário aderiram ao «Levanta-te contra a Pobreza», sendo as crianças e jovens convidados a vestir de branco.
Fóruns em três cidades
A Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal reune quarta-feira fóruns em três cidades portuguesas grupos de pessoas que vivem em situações de pobreza para num debate relatarem a sua vivência.
Os fóruns de discussão em torno das políticas sociais, que reunirão pessoas que vivenciam situações de pobreza, decorrerão em simultâneo nas cidades de Coimbra, Évora e Porto, para coincidir com o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Com a organização dos três Fóruns Regionais, a Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (REAPN) pretende auscultar a opinião das pessoas que vivem em situações de pobreza sobre a sua qualidade de vida e sobre as politicas sociais nacionais existentes que tem como objectivo reduzir as situações de pobreza e exclusão social.
Conhecer o tipo de acesso a bens e serviços essenciais, assim como a qualidade dos serviços prestados serão o ponto de partida para aprofundar o conhecimento dos fenómenos. Estas e outras questões, segundo a REAPN, serão debatidas por utentes de instituições de solidariedade social nacionais que posteriormente serão expostas a representantes de organismos públicos regionais e locais que lidam diariamente com a aplicação das medidas de política social.
Fonte: Portugal Diário
PORTUGAL - 27.000 VÃO "LEVANTAR-SE" CONTRA A POBREZA
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SILÊNCIO CULPADO
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12 comentários:
Pelo menos tentamos, fazemos o que nos é possível, mediante os recursos que possuímos.
O que se passa é por a simples hipocrisia mundial, quem governa e tem poder sobre as grandes potencias ignora tudo, bem pelo menos se não existir lá petróleo.
Bastaria aproveitar os desperdícios dos países "ricos" e de certeza não existiria fome no mundo.
mas acho bem que se fale, proteste, mas de forma constante não terminando a acção num único dia.
-Em primeiro lugar uma dúvida, Portugal nos 22 países mais ricos do mundo? Não sei como foi elaborado tal ranking, mas EUA, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Suíça, Finlândia, não são todos mais ricos que Portugal? Somados ao lugar que ocupamos na U.E., a 15 andávamos ex-aquo com a Grécia nos últimos lugares, no pós alargamento Rep. Checa, Eslováquia, Chipre, Polónia, pelo menos estes já estão á nossa frente! Bom, em relação á luta contra a pobreza, ela é urgente sob todos os ângulos, desde o humanitário, sobejamente conhecido, ao económico, é que até aqueles que só olham para determinada região para colher resultados, terão de passar a olhar como necessidade de angariar consumidores, e só existirão consumidores se existir consumo, logo até desse ponto de vista, a redestribuição dos recursos é necessária como sobrevivência da própria economia. Só que muitos ainda não o perceberam, queixam-se da crise mundial, quando existem potenciais consumidores por conquistar, desde que os ajudem a desnvolver padrões de vida dignos!
O poder e o capitalismo andam a par e passo criando a uma velocidade volátil a desigualdade social.
Bjs Zita
nesta abordagem exprimo mais um lamento pelo sofrimento imposto por esta e outras governações deprimentes.
António Almeida
Tem razão. Eu copiei os dados mas realmente não acredito neles olhando melhor. No PNUD Portugal nunca esteve à frente de 27º. lugar creio eu e penso que, mesmo assim, foi só no tempo de Cavaco Silva.
E sermos capazes de passar ao lado e fingir que não vemos!!!!
Como o ser humano tem um umbigo tão grande!!!!
Bjks
Mas olha que há quem diga que no nosso país não há pobres!!!...
Pobres de nós que ficamos sem saber o que pensar...
Será que quem defende que o que uns têm a mais é o que falta aos outros?...
Mas se entrassemos por aí, todos diriam que vivem mal...
*
Uma luta justa, que de palavras precisa, mas muito mais de actos...
Se cada um de nós EXIGIR que quem nos representa e governa, mostre ao mundo a sua vontade, deixando de lado 1% por cento dos seus vencimentos chorudos, meus amigos e amigas, quanta pobreza neste mundo acabaria.
Pensem nisso, e todos juntos quem sabe se não vamos conseguir...
Quem dera que fosse verdade, a cada dia mais há, nem temos ideia real da fome que vai pelo Mundo...
Tudo se volta para a guerra do poder...e a fome aumentará infelizmente...o meu lamento pelos pobre de Espirito do Mundo...
Bem hajas pelo post, que relembra
Doce neu beijo
A desigualdade social cada vez é maior.
Vamos alertando dentro das nossas possibilidades.
Beijinho,
Querida Amiga:
Justa e profunda atitude a que adiro de imediato.
A dignidade e qualidade de todo o Ser Humano deve ser respeitada e a sua felicidade familiar e social devem constituir motivos de preocupação perante o imenso desencanto a que se assiste no nosso Portugal.
A auto-estima, o direito a uma existência séria, alicerçada em valores e principios de vivência capaz e condigna devem ser exigidas e modificadas em seu benefício e atenção para bem de todas as pessoas.
É um dever de quem de direito e uma obrigação que assenta em poderes legalmente estabelecidos em todas as formas de vivências saudáveis e íntegras.
Que o mal extremo da pobreza seja totalmente erradicado do convivío de todo o Ser Humano como está consignado na Convenção dos Direitos Humanos.
Um Bem-Haja sincero e repleto de seriedade a todos os que organizaram este Dia e, esta atitude, mais que justa, sensata, atenta e sóbria.
Com cordial consideração e estima
pena
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