Quando tal acontece sabemos bem o valor da informação que nos permite lidar com esse problema de saúde e, também, com as representações sociais sobre a doença.
A entrevista que a seguir se publica é um testemunho vivo que toca e que dói.
Lídia - As pessoas com sida estão em desigualdade de oportunidades em relação às outras pessoas?
Raul - Vamos considerar quando fala em pessoas com sida pessoas infectadas pelo HIV, pois Sida é o último estágio no avanço da doença e essas pessoas, estão muito debilitadas normalmente.
Claro que estão em desvantagens em todos os aspectos quer a nível de trabalho, quer empréstimos quer seguros de vida. A máscara continua a ter que ser usada e o engenho de cada um tem de ser usado para contornar estes obstáculos.
Lídia - Há maiores dificuldades a nível de emprego, escola e participação em actividades de grupo?
Raul - Uma das maiores preocupações de qualquer infectado que tenha um emprego estável o qual lhe permite viver confortavelmente, é o medo de perder esse emprego devido à sua condição de infectado pelo HIV. Normalmente as grandes empresas pedem check-ups anuais ou de dois em dois anos, aos seus funcionários. Dos diversos testes que pedem um deles é ao HIV, o qual é aterrorizante para quem sabe que está infectado e sabe que tem de fazer o teste daí a uns tempos.
Depois nas próprias instituições ouvem-se conversas sobre sida (as pessoas não sabem que o colega está infectado) que são autênticas aberrações e mostram o que realmente a sociedade pensa acerca da doença. O pobre desgraçado ouve aquilo como um escárnio sobre ele, só que não se revela porque não é louco, precisa de trabalhar e está amedrontado. O stress é grande acredite.
Soube do caso do cozinheiro despedido pelo grupo Sana? A justiça ainda deu razão à entidade empregadora não obstante haver relatórios científicos que atestavam a infecção pelo HIV não ser perigosa no desempenho das suas funções e não haver risco para os clientes do hotel. Mas há mais …muitos mais casos.
Nas escolas certamente tem lido e os leitores também, os problemas que os pais das outras crianças levantam quando sabem haver na escola uma criança seropositiva ao HIV.
Nas actividades de grupo não vejo dificuldades. Ou estou em grupos dedicados à Sida e outras DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis) e aí estou à vontade, ou então nos outros grupos não vejo necessidade de revelar a minha condição de infectado.
Lídia - Sente preconceitos da sociedade em relação a esse tipo de doença?
Raul- Directamente não, mas eu não revelo a minha condição de infectado excepto em casos em que isso é necessário. A minha família sabe, as pessoas envolvidas de qualquer maneira na problemática da Sida com as quais tenho contacto sabem, os meus amigos infectados e pouco mais. Não tenho que publicitar a minha doença, assim como não o tenho de fazer em relação à minha orientação politica, ao clube de que gosto ou mesmo preferências sexuais. Se o tiver que fazer faço-o com o mesmo à vontade. Para os contactos comuns o meu problema de saúde é uma insuficiência hepática e agora recentemente problemas cardíacos. Não estou mentindo sequer, só que não sou obrigado a dizer que a minha insuficiência hepática é devida á toxicidade de medicamentos que tomei para o tratamento da SIDA.. Estou ligado também a doenças comuns em infectados pelo HIV,como a hepatite C e as tuberculoses multi resistentes e isso não quer dizer que seja tuberculoso ou tenha a hepatite C ou outra qualquer doença.
Agora em relação à SIDA e aos preconceitos da sociedade em relação à doença eles existem, e a prova disso são os casos que acontecem diariamente, alguns mesmo vindos de entidades governamentais responsáveis que vão alimentando a fogueira da discriminação, exclusão social e do estigma.
Lídia - O que acha que deve ser mudado a nível de mentes?
Raul - Disse-me que não entende muito de informática. Mas é necessário formatar o disco e colocar tudo de novo. Os erros do passado deixaram marcas profundas e é um trabalho gigantesco mudar as mentalidades. Se todos actuarmos e tivermos o apoio das entidades governamentais a pouco e pouco as coisas podem mudar. Um dos trabalhos era o governo apoiar palestras nas escolas com crianças mesmo antes de estas iniciarem a sua vida sexual activa. As crianças podem levar essas informações para os pais em casa. Era uma maneira de aproveitar o Know how da comunidade infectada e ao mesmo tempo dar-lhes a possibilidade (aos infectados) de com esse trabalho arranjarem um meio de subsistência. O saber e a experiência de muitos infectados torna-os em peritos altamente qualificados nessa matéria. Depois a frente de combate não pode ser só na desmistificação da doença. Temos de actuar cada vez mais na prevenção, para evitar novas infecções. Os comportamentos têm de mudar, e nunca é demais lembrar que a SIDA existe.
A educação em relação á doença tem de passar pela informação e não pelo medo. A Sida não é o Papão com que se assustavam as criancinhas, aplicado a todo o povo menos informado.
Lídia - E de apoios estatais?
Raul - Apoio social a nível do infectado ou a nível de associações que trabalham nesta área?
A nível de infectados há um apoio para ajudar na renda de casa, água e electricidade. Os assistentes sociais dizem desconhecer essa lei e que essa verba existe. É difícil de conseguir essa ajuda e podem-se contar pelos dedos da mão as pessoas que a nível nacional a recebem. Só com muitas cunhas dizia-me há tempos um feliz contemplado.
A nível de associações o estado ajuda em alguns projectos. Mas as coisas estão difíceis e cada vez é mais complicado as associações receberem essas verbas. Quanto aos critérios para a atribuição dessas verbas e aos projectos aprovados e à sua utilidade na ajuda aos infectados, tenho uma opinião, mas não me vou pronunciar sobre ela nesta entrevista, desculpem-me.
Lídia - O que lhe falta?
Raul - Falta-me terminar o meu ciclo de vida e morrer. Até lá falta-me a segurança que me garanta a subsistência alimentar e de tecto que até hoje ainda não faltou. Note-se que nunca recebi qualquer subsidio ou apoio estatal, ou de qualquer outra instituição de apoio social. Também nunca o pedi até hoje.
Lídia - O que mudou na sua vida?
Raul - Morri e voltei a nascer, talvez seja a frase certa para ilustrar as mudanças. Na altura em que fui infectado sabia que a SIDA existia, e a minha noção acerca da doença era que matava rapidamente, e que bastava apanhar-se uma simples gripe que ela nunca mais curava e acabava por matar a pessoa infectada. Sabia que havia um medicamento chamado AZT, para a tratar mas via esse medicamento em botijas de alguns litros que era aplicado com internamento hospitalar tipo soro ou sangue nas veias. Via o tratamento da SIDA num cenário aterrador de dor e sofrimento. O meu retrato robot de uma pessoa com SIDA, era visualizado mentalmente como a figura de alguém andrajoso com feridas na cara e nos braços. Foram as imagens passadas ao mundo desde o inicio e que ficaram em memória. O quanto eu estava errado e essa minha ignorância no passado faz com que hoje compreenda o que muitas pessoas pensam acerca da SIDA.
Ao saber que estava infectado, o impacto da doença mudou completamente a minha vida. É complicado aqui descrever tudo o que fiz. Sentia necessidade de ver outros infectados falar com eles, queria aprender …aprender…aprender… a como viver com a SIDA. Tinha um encontro obrigatório com a morte que ia adiando sucessivamente um mês, seis meses um ano. Ia estabelecendo metas antes de me entregar. Os meus filhos estavam no secundário ainda e não estavam preparados para a vida essa era a minha maior preocupação. Fui negociando e adiando a minha partida. Os filhos acabaram o secundário depois acabaram a faculdade, a filha casou, já tenho um neto e a vida continua.
Após 11 anos de infecção, não sei quantos anos irei viver mais, mas não estou preocupado com isso. Um dia hei-de morrer mas não tenho pressa. Se analisar a SIDA na minha vida até que nem foi tão má assim. Tive tempo para parar, pensar e saber o quanto gosto de viver. Passei a ter mais amor pelo meu próximo e a gostar mais de mim mesmo. Dediquei a minha vida à causa da SIDA e não quero parar de lutar. Sei o que sofri e sei o que cada um sofre quando sabe o resultado do teste. Não há necessidade para esse sofrimento e é por isso que estou aqui tentando dar uma ajuda a quem precisa dela. A minha vida só tem sentido enquanto houver pessoas que precisam de mim.
Não tenho raiva da SIDA, ela ajudou-me a crescer como ser humano. Embora pareça um absurdo, acho que lhe estou agradecido por me ter feito acordar para a realidade da vida.
72 comentários:
Olá não sabia que já tinhas publicado a entrevista.Uma nota e um pedido. Por favor edita o texto onde diz "O que lhe falta?"que é uma pergunta e logo a seguir a resposta também.
Vai dar uma trabalheira mudar em todos os blogs onde a entrevista está.Bjs
Raul
1 Comentário - Mostrar mensagem original
G.BRITO disse...
Este testemunho do Raul é impressionante e é a estória não só do Raul mas que qualquer um de nós que tenha a infelicidade de ser contaminado pelo HIV.
Há pouco esclarecimento sobre a forma de lidarmos com os portadores do HIV. É a tal educação sexual nas escolas que está a faltar.
Lídia, já recebi o teu mail, de acordo com o pedido do ru2x vou apagar a pergunta e a resposta que ele menciona... no entanto, fica em banho maria até corrigires o teu.
Beijos
PS. Gostava de saber porque queres apagar essa parte ru2x...
OLÁ
Não é para apagar, é para corrigir conforme já está corrigido. É que não tinha em forma de pergunta/ resposta.
Beijinhos
Para Olá
Não quero apagar :),a pergunta e resposta apenas estava incluida na pergunta anterior. A Lidia já corrigiu :)
Beijos
Apenas te posso dizer um coisa, após semelhante momento e palavras, pouco existe para dizer, fiquei sem palavras, voltarei a ler várias vezes...
Excelente, excelente, excelente! Frontalidade, perseverança, amor pelo próximo. Assim se constrói a cidadania.
aiiii que loira que eu sou...
Beijos
A minha vida só tem sentido enquanto houver pessoas que precisam de mim.
Raul
São estas pessoas que fazem a diferença.
Bem falado, mas acho que temos que não ter medo de por o nome ás coisas;
Raul:
Parabéns pela coragem em contar tudo o que se passou contigo: emoções, vivências...tudo...
Parabéns pelo facto de quereres estar ao serviço dos outros para os ajudares...eu como professora sinto que realmente temas como este deveriam ser explorados nas escolas...
A maioria dos miúdos não sabe nada e mesmo os graúdos e daí a descriminação...
Eu sei que é triste, mas tenta compreender que a descriminação é fruto de uma ignorância, alimentada por todos aqueles que não se interessam em falar abertamente deste assunto, nem deixam os outros.
Eu também me indigno com muitas atitudes da sociedade...mas tento compreender a ignorância dos outros, assim como fico feliz quando compreendem a minha.
Ainda bem que estás bem informado e que já não pensas como inicialmente ...isso faz de ti o grande ser humano que demonstras ser...
Parabéns pelo teu percurso de vida e pela forma como contornaste os teus obstáculos.
Mais...continua a tua história porque ela não termina aqui...
beijo de muita força e coragem
silvia
Eu preciso de voltar com tempo para ler com calma...agora não dá...mas deixo um abraço ao ru2x e a ti Lídia que nos permites ler estes textos que nos "incomodam" nos "abanam"!...
Informação aos visitantes
Todos os visitantes que pretendam aderir à causa dos portadores do HIV, poderão fazê-lo visitanto e comentando o blogue SIDADANIA, colocando nos espaços um selo a assinalar a questão do HIV, ou contactando a proprietária do Silêncio Culpado lnsoares@aeiou.pt.
O Sol Poente informa que acaba de estabelecer parceria com o SIDADANIA no seguimento daquilo que é a vocação do espaço.
tocante o teu texto, comvente, real, e sempre tão tão tão próximo de todos
Um grande percurso de humanismo, solidariedade e capacidade de entrega. Pena é que subsistam tantas barreiras à humanização da doença e aos cuidados sociais que a mesma requer.
Um grande testemunho e um sítio que passarei a visitar.
A vida vale sempre a pena mesmo quando insite em atraiçoar-nos. Ao aprendermos com a traição viveremos com mais sabedoria.
De enfatizar na esplêndida entrevista a força interior do Raul e a incertaza relativa aos apoios do Estado e ao acolhimento no seio da família humana uma vez descoberta a natureza duma doença que ainda arrasta consigo muitos tabus.
oLÁ...
jÁ PUBLICITEI a iniciativa:
http://oprofano.blogspot.com/2008/01/sos-hiv-portadores-de-hiv-versus.html
Bjs
Deixei-te um pequeno mimo no meu blog, Lídia, bem o mereces...
Beijosssssssssss
Ó minha querida, não era aquele hahaha mas ainda bem que gostaste...
Se não for pedir demais, passa lá de novo...
Rebeijosssssssssss
Parabéns, Lídia, pelo teu espírito solidário sempre pronto a atender as situações que deviam ter outro enquadramento nas preocupações dum estado social mas que não têm.
Fiquei com um nó na garganta ao ler esta entrevista, prova de coragem e de um espírito superior que o Raúl demonstra ter.
Que esta onda de solidariedade signifique um combate cerrado aos preconceitos fruto do obscurantismo que a nossa educação ainda não se mostrou à altura de resolver.
Muito comovente, e ao mesmo tempo muito realista, este relato. Só alguém maduro, e vivido conseguiria ter assim as ideias tão claras relativamente a um assunto que gera sempre muita polémica. Penso que o essencial da questão é que se deve procurar formas de trabalhar a desmistificação, e ao mesmo tempo prevenir a propagação da doença. Esse é um caminho dificil, mas possível de seguir.
Bjs.
ESCLARECIMENTO
Este relato não é apenas realista. É mesmo real, a pessoa existe e é o proprietário do blogue SIDADANIA http://sidadania.blogspot.com
Um abraço
Silêncio
O esclarecimento é oportuno porque esta entrevista é tão densa e tão emocionante que quase nem parece real.
Na verdade, os preconceitos e as faltas de apoio revelam quanto estamos atrasados e mal informados e como as pessoas lidam mal com o HIV por causa da sua ignorância.
Gastam-se verbas astronómicas a promover o governo e os partidos políticos e para informar sobre a saúde não há dinheiro.
Este tema também deveria ser abordado nas escolas em aulas de educação sexual.
Um testemunho muito actual.
Porque muito falta fazer para precaver, e depois, para atenuar a doença, a todos os níveis, incluindo o da responsabilidade dum estado que se diz «socialista»
Um abraço
Deveria ser abordado nas escolas...foco...saliento...
Em muitas escolas começa a toxicodependência, em muitas escolas começam as relações sexuais não protegidas e com graves consequências...
Porquê? Novamente, falta de informação!
E depois? Nascem adolescentes frustrados que acabam por abandonar o ensino porque perdem-se em caminhos obscuros e não conseguem encontrar a saída...
Tudo isto é um ciclo que começa na falta de informação...repito e volto a dizer IGNORÂNCIA...fruto de IGNORÂNCIA...que gera mais IGNORÂNCIA...
Raul, obrigado por contribuíres para colmatar a mesma!
beijo
A IGNORÂNCIA, sim a INGNORÂNCIA é o maior amigo do preconceito e o maior inimigo do calor humano.
Este testemunho vivo e o espaço SIDADANIA, que já visitei, são lições de vida extraordinárias. Assim os corações e as mentes estejam abertas para as receber.
Onze anos de percurso com HIV é obra.
A forma como o amigo Raul amadureceu, moldou e tornou o seu carácter um exemplo de vida é algo de muito precioso e quase transcendental.
Apreciei a sua postura digna e senti-me revoltado com um país que não investe nos apoios fundamentais à vida e à educação dum povo.
excelentes as causas por que te bates. e com as quais sou solidário. sempre...
grato pela tua presença amiga.
Olá querida Lídia, li e voltarei para reler.
Este testemunho é realmente impressionante.
Bom fim de semana.
Muitos beijinhos de carinho.
Fernandinha
Os pesares dividem as marés
A idade do ouro ainda tarda
Os anos passam como gotas varridas
Por um tempo que retrata o nada
Convido-te a saborear um absinto no meu espaço
pela Taça de Fino Ouro
Mágico beijo
Herético
Ajuda a combater os preconceitos e a acabar com os estigmas. Visita e comenta o SIDADANIA http://sidadania.blogspot.com e colocando um selo no teu blogue.
Sei que podemos contar contigo.
Um abraço
Apesar de se falar muito sobre a SIDA/HIV a verdade é que ainda há muitos tabus sobre a doença e muita falta de informação.
Também é uma falsa ideia associar apenas a comportamentos promíscuos ou à toxicodependência os riscos do HIV.
Tive uma amiga, que foi contagiada pelo marido, que teve um deslize numa viagem a Franç. No marido o HIV não se desenvolveu enquanto no caso da minha amiga foi galopante.
Além da natural solidariedade é também muito importante a informação recolhida.
O Raul é um excelente humano que gostaria muito de conhecer.
Raul:
Como sou um pouco leiga neste assunto e não quero fazer parte dos ignorantes que discriminam tudo e todos sem qualquer razão aparente...gostaria de saber:
Qual a origem da sida? Quais os factores que podem levar à contracção da doença?
Se quiseres podes explorar isso no sidadania.
Obrigada pela atenção
Por vezes um testemunho vale mais que não sei quantas campanhas. Belo momento...
Um abraço abraço
Serviço público, como sempre. Abraço.
PELO SONHO É QUE VAMOS
Coloquei a imagem do sidadania no meu blog. Ficou excelente porque condiz com outros corações que tinha lá colocado. Depois...considerando a causa que defende...o meu blog nem merecia tal honra.
beijinho
Ñ me kero estar a repetir só te kero dar mais uma força pelo k estás fazendo por tds nós, mta força para tds voçês, e k vivam mts anos.
Saude.
haverá maior sofrimento do que não ter esperança? haverá maior dor do que aquela que se suporta sem cura? haverá horizonte quando o sol se esconde e já não nasce?
ajudar os que sofrem diminuindo-lhes ou minimizando as angústias é o mínimo que podemos dar de melhor...dizê-lo com sinceridade, sim, mas não para parecer bem...
Mesmo quando a adversidade nos bate à porta é sempre possível um hino à vida e ao amor.
A entrevista com o Raul é comovente.
Também vou pôr o selo no meu sítio.
Esta é o texto mais bonito que li em toda a minha vida. Caiem-me lágrimas sobre estas palavras tão sentidas, por ti, por mim. Adoro-te Raul
É uma causa que merece todo o nosso apoio.
É complicado e delicado esse assunto. Infelizmente, ainda o preconceito existe e tira das pessoas, o direito de viver normalmente nos ambientes profissionais e sociais.
Gostei muito da entrevista!
Bom fim de semana!
Beijos
Pronto, querida amiga! Seu pedido é uma ordem - especialmente quando o assunto é o amor ao próximo -, o logotipo do Sidadania está lá no condado, como um link. Clicando na imagem, o visitante será direcionado para o respectivo blog.
Volto amanhã para ler a entrevista.
Beijos!
Voltei cheia de saudades e tens lá mais um prémio (tu mereces!)...quanto ao Raul deste-nos a conhecer mais um ser extrordinário! Bem-hajas!
A Sida ainda é uma causa onde impera a ignorância e a maldade das pessoas...estes testemunhos são muito importantes...beijo...
Na realidade a história do Raul nos comove e, é bem verdade que infelizmente muitas vezes nos esquecemos um pouco da dor destas pessoas o que não poderia nunca acontecer..
Dou-te os meus parabéns com muito carinho por este trabalho.
Beijinho prateado com carinho
Um feliz fim de semana
SOL
Olá, amiga:
Acabo de colocar o selo sobre a SIDA, no meu blog.
Bom fim de semana para si.
Olá, amiga:
Acabo de colocar o selo sobre a SIDA, no meu blog.
Bom fim de semana para si.
Olá querida amiga Lídia, grata pelas suas visitas ao meu cantinho.
Gosto muito do novo visual.
Bom fim de semana,
Beijinhos de carinho e amizade.
Fernandinha
É impresionante a onda de solidariedade que este texto desencadeou.
Venho do Sidadania e achei graça ao post do Raúl.
Sinceramente confesso-me impreparadíssimo para fazer um comentário decente sobre tema tão delicado.
Mas vou tentar dentro das minhas naturais limitações.
Obviamente que compreendo e defendo o discurso do Raul. Raul que até talvez tenha sido vítima involuntária da doença [quando digo involuntária é no sentido em que tomou todas as providências para não ser infectado, tendo acabado por sê-lo].
Mas é aqui que penso também naqueles/las que pelo mundo fora "facilitam" e acabam por se infectar e infectar - sem querer/por querer(?) - outras pessoas.
Então, a ênfase do discurso, nesta matéria, parece-me dever ser posta não só sobre a incompreensão e ignorância das pessoas, mas também sobre a forma de obrigar o Estado a intervir efectivamente na prevenção e cura de qualquer tipo de doença, contagiosa ou não.
Isto é, criarem-se todas as condições para que os portadores de doença da SIDA não sejam descriminados, em nenhum sentido, como defende o Raul e, concomitantemente, publicitar-se os cuidados (não muitos, afinal) que é necessário ter-se para conviver com um infectado pelo vírus da imunodeficiência humana, bacilo de Cock, bacilo de Hansen, ou qualquer outro.
Repito que, no caso vertente, e ainda dentro do papel do Estado, muito importante é ajudar o doente, a família e os outros cidadãos a lidar com a seropositividade primeiro e com a SIDA depois e, principalmente, a educação dos doentes para evitarem comportamentos que possam pôr em risco outras pessoas.
Abraços
Eu completamente de acordo com o zé lérias.
beijo
Neste tema as palavras me fogem, só ler e reler e meditar
Saudações amigas e bom fim de semana
Mais uma vez vim ler...vim aprender...obrigada...
Parabéns ao Raul por falar deste assunto com tanta competência e lucidez.Parabéns a Silêncio Culpado
pela iniciativa da entrevista.
É muito gratificante usarmos nosso tempo sempre tão escasso, na leitura de textos como este, que além de nos passar preciosas informações sobre a realidade dos infectados pelo virus da SIDA, dá a todos a oportunidade de conhecer
um exemplo de ser humano. Raul.
Para ele, o meu carinho e um forte e demorado abraço.
Para Silêncio Culpado, o meu muito obrigada por esta entrevista.
Desde o primeiro momento que tenho vindo aqui ler e reler...não me resta nada para dizer.
O Raul sabe que o tenho no coração,bem como todos os que aqui costumam vir partilhar as suas opiniões e pensamentos, sem tibiezas, nem outros adjectivos terminados em "ezas".
É assim que eu entendo a blogosfera, na simplicidade, na dádiva, na partilha e no amor ao proximo.
Bem hajam todos e cada um por existirmos uns para os outros, apesar de ser virtual ...não será tão virtual assim, vamo-nos conhecendo devagar devagarinho, e vamos criando uma comunidade seria e unida, onde reina o respeito pela diferença, pela maneira de ser e de estar.
Não digo mais nada , porque irei repetir-me vezes sem conta, todos aqui ja me conhecem e sabem que me puxa o pé, a mão, o corpo todo para a brincadeira e tão depressa brinco com tudo e com todos, como logo a seguir tenho a lagrima na primeira sala, portanto fui...
bom carnaval e
Beijão grande para o Raul e para a Lídia em especial, sintam-se todos abraçados no geral
Muitos parabéns Raul, tenho poucas palavras mas sinceras.
Grande homem assumir desta forma, vivemos numa sociedade cheia de bons gestos mas depois na prática é diferente, a descriminação e o preconceito abundam.
Grandes são aqueles que nos rodeiam e nos dão mimos.
Há que manter sempre a esperança, pois a medicina está cada vez mais avançada.
10 anos de doença não é nada rapaz, muita força e coragem e muita pedalada( risos)
Um abraço do tamanho do mundo
Lídia e Raul hoje fiquei um pouco mais junto de vós...estão lá no meu cantinho...um abraço de solidariedade...
Amiga,
A vida faz todo o sentido com as tuas grande sensibilidade.
:-) Beijos com amizade
Olá Lídia,
Já por aqui passei algumas vezes para ler e reler. As palavras do Raul calam fundo no nosso coração.
Estamos todos com ele e isso prova que a indiferença não é tão grande quanto se julgava.
Conseguiste despertar uma onda de solidariedade enorme.
Bem hajas.
Bom Domingo
Beijinho grande
Branca
Lídia, só hoje vi este apelo a mais uma causa nobre e digna...e por acaso no "Moendo Café". Conta comigo.
Um abraço.
Voltei para reler este relato com a atenção e respeito que merece.
E ainda há quem pense que a vida não vale a pena!...Será que estes exemplos de coragem, humildade, aprendizagem e humanidade não servirão para nada?!
Ligada à educação, como sabes, também considero que a informação real e objectiva deve ser uma prioridade se queremos agir preventivamente. Nem sempre é fácil, os obstáculos pela frente cada vez se avolumam mais, mas esse é o caminho que penso correcto na construção/remodelação de uma sociedade que vive na mentira, na ignorância e na discriminação. Muitas são as vezes em que penso que o que faço de pouco ou nada serve, mas anima-me a esperança de que uma só pessoa que seja que entenda e altere atitudes e comportamentos é já um passo em frente. E lá vou continuando a caminhada...
Querida LIDIA,
desculpa...só agora ter "chegado"!!!!
mas aqui estou!!!!
BRIGADOS!!!!
Bjkas, amiga!!!
Hoje passo por cá propositadamente para te dar os PARABÉNS, porque "Este blog não me sai da cabeça!"
Bjs.
AOS VISITANTES
Fico sensibilizada por verificar o amplo apoio, que foi dado à causa, e as dezenas de blogues que aderiram ao selo.
Porém quero lembrar-vos que existe um blogue SIDADANIA http://sidadania.blogspot.com que tem muita informação útil. Eu desconhecia muitos aspectos relacionados com a doença que fiquei a conhecer nas visitas ao SIDADANIA.
Comentar no SIDADANIA é dar apoio aos portadores de HIV, minorando o seu sofrimento,e é contribuir para que a doença seja encarada como qualquer outra, sem falsos tabus, estigmas ou preconceitos.
Lídia:
Novo apelo no meu blog para os mais esquecidos...fiz um novo post e criei um novo destaque...
um beijo
Excelente lição de Vida!
Há aqueles que vivem por viver e há aqueles que querem VIVER!
Um abraço solidário e grata pela partilha ;)
Conheco muita gente seropositiva. Uns que levam a vida a brincar, outros nem tanto.
Tenho escrito muitop sobre isto porque me choca a ignorancia que ainda existe por ai.
E sabes, todos os que fui conhecendo sao muito mais humanos do que os que se julgam senhores da verdade, apontam o dedo ou unicamente silenciam o que tem que ser dito ou feito.
Beijos
Um testemunho impressionante: o meu testemunho de admiração sincera a ambos!
Todo meu respeito!
Bom fim de semana
Saudações amigas
Bom fim de semana
Saudações amigas
Passei por aqui a ver as actualizações do teu blogue e agradecer o teu comment. Se quiseres depois passa la no meu. Os seus comentarios serão sempre bem vindos.
Saudações
Enviar um comentário