Cavaco Silva pôs a tónica da sua presidência na inclusão social. Efectivamente, admitir a inclusão, é admitir que há exclusão e, logo, uma aberração que deve ser corrigida. Isto porque a igualdade de oportunidades é um direito e as sociedades terão que saber lidar com as diferenças e reunir sinergias e capacidades mesmo onde, à partida, parecem mais improváveis e difíceis. As situações de exclusão seriam, assim, residuais, logo houvesse vontade para resolver os problemas que as provocam.
Todavia, e sem actuar sobre as causas profundas que estão na génese das situações, os governos procuram criar uma imagem actuante trazendo, à opinião pública, preocupações hipócritas vinculadas a operações de cosmética e do faz de conta.
A sociedade civil, depauperada e deprimida, é chamada a intervir na solução dos problemas, criados e alimentados pelo poder económico, dum país, socialmente injusto, onde a política serve os interesses dos grandes senhores e os governos são frequentemente veículos de transmissão de interesses adjacentes.
Por isso, o exercício da democracia e da cidadania, através da política, é um falso exercício de resolução de problemas porquanto, com ele, apenas se procura manter privilégios a uns e aliviar tensões a outros. Soluções à vista não se vislumbram.
José Sócrates vem a terreno falar que a situação de pobreza, em Portugal, regista uma melhoria percentual de dois pontos saindo dos 20% para os 18% como se, efectivamente, a sociedade portuguesa estivesse menos pobre e fossem menores as diferenças que separam os ricos dos pobres. O que, muito convenientemente se oculta, é o facto de que temos uma classe média empobrecida e galvanizada pelo peso dos incumprimentos de obrigações adquiridas em tempos mais prósperos, e que os mínimos de subsistência, que permitem não ingressar nos excluídos, são obtidos através de trabalho escravo e precário em tudo indigno e em tudo desgastante.
O jogo da ajuda aos pobrezinhos é uma indignidade que mais parece o regresso aos tempos da outra senhora, e a um passado em tudo de má memória, para quem os valores da democracia e da liberdade ainda são uma orientação de vida. A solidariedade, só o é, se for assente em princípios de dignidade despojados de conceitos de esmola e caridade que aviltam e humilham quem os recebe. A equidade fica, com estes exercícios, irremediavelmente comprometida.
Dizia o meu amigo Raul, incansável lutador pela causa da SIDA, referindo-se aos roteiros para a inclusão da Presidência da República, nomeadamente da prostituição, dos sem-abrigo, idosos e voluntários: “Depois de um ano, após o início destes roteiros presidenciais, está na altura de analisarmos a utilidade dos mesmos e verificarmos os frutos que essa visitas produziram.
Quantas prostitutas deixaram esse modo de vida, e foram ajudadas pelo Estado através de programas de reinserção social e hoje têm o seu emprego e o passado para elas é algo que desejam esquecer?
Quantos sem-abrigo deixaram de viver em vãos de escadas, ou debaixo de pontes e hoje têm um tecto e um meio de subsistência que lhes permita viver com dignidade?
Quantos idosos em situações de carência, muitos deles sem família encontraram um lar que os acolhesse e que lhes permita viver felizes, os últimos anos de suas vidas?
Quantos outros excluídos, entre os quais a população prisional, os tóxicos dependentes e outros, viram as suas vidas melhorar com estes roteiros? Se a intenção é realçar a importância do voluntariado, então que através da influência que tem como Chefe de Estado, faça com que haja condições e apoio, para que os mesmos possam alargar a sua esfera de acção em apoio aos mais desfavorecidos” (http://sidadania.blogspot.com/).
Apesar do que diz Raul, ainda defendo alguma validade dos roteiros de inclusão do nosso Presidente. Que mais não seja, servem para chamar a atenção para as situações existentes contribuindo para contrariar a sua camuflagem.
Porém, e utilizando uma expressão de Cavaco Silva, acrescento perante as situações que justificam os seus roteiros: não nos resignemos!
94 comentários:
Querida Amiga
Sem tempo para ler este post, que à semelhança dos outros deve ser muito interessante e pertinente,deixo-te mil beijinhos e desculpa a minha ingratidão. Mereces visitas frequentes, palavras adequadas,tudo, tudo, tudo....
Um abraço apertado.
Voltarei mais tarde para comentar! Hoje é dia de aniversário! Aceitas uma fatia de bolo?! Beijinhos grandes, minha querida Lídia...
Na esteira de outras trata-se duma reflexão densa e consistente, para além de uma conclusão "esperada". Aqui, neste País das bananas, tudo se passa para a Imagem e para o Faz de conta.
O Raúl que esteja atento mas sem falsas espectativas pois nada de bom virá por aí, infelizmente...
Saudação
Minha cara o que está em causa é o desmantelamento do Estado Social. O que importa agora é colocar na iniciativa privada e na sociedade civil a resolução dos problemas sociais.
Estamos a assistir ao ressurgimento das senhoras da Mocidade Portuguesa, muito católicas e representantes da alta burguesia, a fazerem peditórios em seus casacos de peles.
É isto o socialismo, minha cara. O socialismo do PS & Cª.
Não desista de escrever que eu não desisto de lutar.
Basta andar um pouco pela estrada, para ver toda a in(ex)clusão... Somos cada vez mais autómatos?
Fica bem,
Miguel
É uma iniciativa interessante, no entanto considero que deveria ser mais incisiva e profunda sobre os assuntos, onde o Sr. Cavaco Silva deveria ir mais fundo dos problemas, da mesma forma que tem realçado muito do bom que existe por cá.
Cavaco Silva tem-se colocado nitidamente à esquerda de José Sócrates. No entanto os roteiros, que procuram pôr o governo nas baias, são insuficientes até porque Cavaco Silva não tem poderes executivos.
O mal está num governo que não é PS nem social democrata e que pisa e humilha a classe média.
Os roteiros para além de tudo isso, servem também par ir apreciando a beleza das paisagens naturais e a rica gastronomia portuguesa.
Não creio que este tipo de manobras possa ter um impacto alargado em termos práticos na resolução das questões prementes que se colocam.
Tal como as folhas de outono caídas no chão que voam com o vento, amanhã já ninguém se lembra do percurso do roteiro.
Este, é um dever maior do Estado que deverá saber e poder gerir os recuros financeiros e nomeadamente os nossos elevados impostos de forma a canalizá-los para as áreas realmente necessitadas da nossa sociedade.
Saudações do Marreta.
não há inclusõeds, há apenas estigmas. não há um maior nivel de pobreza quando os preços aumentam acima da inflação e os ordenados mantém-se.
bah!
Miseravelmente vamos baixando a canga enquanto os arautos das boas noticias vão dando uma no cravo e outra na ferradura para nos convencerem que não há alternativas ao PS e PSD.
Aguardemos.
Sophiamar
Sinto-te triste, amiga, e é só isso que me preocupa. Amigo também sabe compreender a ausência e está sempre próximo mesmo quando não se visita.
Beijinhos
Amigona
Já fui provar uma fatia do bolo.
Está excelente!
Beijinhos
Viriato
É isso mesmo, amigo. Um País das bananas em que tudo se passa para a imagem e o faz de conta.
Um abraço
Robin
Por outras palavras queres tu dizer o liberalismo económico no seu pior.
Um abraço
José Miguel Gomes
Puseste o dedo na ferida meu amigo: é preciso andar na estrada e deixar os gabinetes com ar condicionado e os amigos que dizem todos a mesma coisa porque são peixes do mesmo aquário.
Um abraço
Tiago, meu querido
A Presidência da Rebública não tem poderes executivos.
Isso cabe ao governo.
Talvez fosse bom que Cavaco Silva se demarcasse mais e não andasse sempre preocupado em defender o executivo de José Sócrates.
Mas, na prática, o que o PR quer é isso mesmo: ser o seguro de vida do actual governo. Por isso está no seu papel.
Um abraço
Abel Marques
Cavaco Silva está de unha com carne com o actual governo, não tenhamos ilusões.Só aparentemente é que poderá estar à esquerda e isto para aliviar tensões populares e ajudar à reeleição de José Sócrates.
Pelo menos eu não consigo convencer-me do contrário.
Um abraço (como está a tua pequena?)
Marreta
Dizes tudo o que eu penso. Assino por baixo.
Abraço
teresa Durães
Nada mais verdadeiro amiga. Há os estigmatizados porque há quem estigmatize. E é em relação a estes últimos que nos insurgimos.
Quanto aos aumentos abaixo da inflacção a quem atingem? Aos que trabalham por conta de outrem e os pensionistas. Já os patrões saem reforçados.
Bjs
Mendonça
Talvez os arautos de boas noticias tenham uma boa/má surpresa.
Um abraço(passo por aí 3ª.f)
É minha amiga! Complicado entender os objetivos deles. Difícil ver certas coisas e nada poder fazer.
Bom fim de semana!
Beijos
Pois, Silêncio, mas falar é fácil. E é a única coisa que o Presidente tem para fazer: falar. Como Primeiro-Ministro viu-se as suas preocupações com os excluídos. Não! Esse também não me engana. Abraço.
Há em Portugal uma vasta população que vive num apartheid no que concerne à qualidade de vida que nos é apresentada nos spots publicitários, nas telenovelas, na promoção do Allgarve e do turismo em geral.
A maior parte dos portugueses não pode entrar nesse mundo.
Há o desemprego, a droga, a exclusão. A falta de respostas na saúde e na educação.
Que vão rezar a missa para outro aldo!
Abraço
Olhos de Mel
Amiga, aí no Brasil é a mesma coisa, não? O poder ensandece e rápido esquecem quem lho ofereceu.
Beijinhos
mac adriano
tens toda a razão: as palavras estão gastas. Precisamos de obras. E de obras condizentes com os discursos.
Um abraço
René
É verdade, amigo. Parece que não somos todos da mesma espécie, uns são gente e outros não.
Um abraço
-admitindo que sempre existirá quem queira viver á margem, é de facto necessário combater fenómenos de exclusão social, aos quais ninguém pode ficar indiferente.
António Almeida
Há sempre diferenças e há sempre quem queira viver à margem e há sempre quem tenha mais competências e capacidades para ir à luta. Agora a situação em que se encontra uma larga faixa da população envergonha qualquer pessoa que se preze.
Podemos ter pontos de vista diferentes relativamente à forma de combater mas não podemos ter em relação à necessidade.
Um abraço
A realidade do País é muito diferente da que nos mostram as campanhas orquestradas pelos grandes especialistas do marketing político.
Podem arregimentar uns lacaiozitos que nunca foram ninguém e quando se lhes passa a mão pelo pêlo caem de quatro, mas o povo não é tão estúpido e acomodado quanto nos querem fazer crer.
Aguardemos melhores dias
Claro que não há resultados práticos, Silêncio. Esperavas que houvesse? É tudo faits divers para entretenimento. Entrevistas, blá, blá, discursos.
Tenho a paciência torradinha com esses rapazes.
bjsnhs
obrigada por este artigo que tão bem alerta, não podemos viver de estatisticas de humanidade,a que qualquer ser humano tem direito, não é esmola , é direito a vida digna aquilo que precisamos, ser diferentes, tratados de modo diferente por serem diferentes , mas com a mesma igualdade de direitos, de digindade humana, mesma liberdade de cidadãos que são desta sociedade, a quem nós também devemos estar mais atentos para a tornar mais justa, quando a fazemos mais justa , com os casos que estão ao nosso lado e podemos conseguir mudar algo para melhorar
Os roteiros pouco impacto têm, infelizmente, e as estatísticas são muitas vezes enganadoras quando utilizadas fora do contexto. A realidade é que o poder de compra diminui a olhos vistos, o desemprego aumenta, joguem ou não com os números, o trabalho precário generaliza-se, e a segurança social cada vez mais se vai transformando numa esmola, como se quem trabalha ou trabalhou a ela não tivesse direito.
Falar em inclusão tem algum cabimento?
Bom fim de semana
Abraço do Zé
Joseph
Nós sabemos que a realidade é diferente mas se aceitamos como boas todas as campanhas de imagem estamos a contribuir para que as campanhas se desenvolvam uma vez que têm público.
Um abraço
Mary
Não é com a paciência torradinha que se encontram soluções. Nós temos que estar avisados e lutarmos pelos nossos direitos.
bjs
Calminha
Bem vinda a Silêncio Culpado. Não te conhecia mas gostei de te conhecer. O que tu dizes vem exactamente de encontro áquilo que penso. O direito à dignidade será sempre a razão da minha luta e do meu trabalho, ainda que modesto, no mundo virtual.
Passarei a ser tua visita nos teus espaços.
Bjs
Zé Povinho
Estou sempre em sintonia contigo e, por isso, faço minhas estas tuas palavras: "A realidade é que o poder de compra diminui a olhos vistos, o desemprego aumenta, joguem ou não com os números, o trabalho precário generaliza-se, e a segurança social cada vez mais se vai transformando numa esmola, como se quem trabalha ou trabalhou a ela não tivesse direito.
Falar em inclusão tem algum cabimento?"
Um abraço
Os roteiros para a inclusão revelam um conceito vazio uma vez que não produzem resultados práticos. São sobretudo uma forma de fazer crer que se está no caminho do combate à exclusão incluindo, mas incluindo o quê, e como, com um governo que mata os direitos e as garantias dos mais fracos?
Olá amiga.
Eu não me resigno com faciliade e acredito que é possível fazermos mais e mlehor.
Carreira
Não podemos aceitar, de ânimo leve, que o modelo de desenvolvimento que se diz ser o adequado para Portugal se aproximar da média Europeia tenha provocado mais desigualdade e exclusão e depois apareça o senhor PR, como se descobrisse a pólvora, a mostrar-nos aquilo que estamos carecas de conhecer.
Por aí não vou e também não me resigno.
Bjs
Lidia,
Um excelente texto que nos leva à reflexão. E excelente a citação da frase do sidadania de nosso amigo Raul.
Um abraço e bom fim de semana.
fabuloso texto.
estamos no país das maravilhas "tecnológicas".
do faz de conta.
e alguns lá vão cantando e rindo.
quantas mais manobras de diversão
melhor, assim ocupam o zé povinho.
mais fado
mais um milagre acelerado
mais um Ronaldo...
assim vai este país.
abraço
Sheila
Estou como tu: mais faz de conta não!
bjs
Carreira
Força, não nos resignemos.
Um abraço
Louise
Pois a crise é geral mas neste País, sendo menos geral, é maior que nos outros.
bjs
Odele
Não deixarei de em bater por causas e também contra os sistemas que as não apoiam.
bjs
aDesenhar
É isso mesmo que eu quero evidenciar: o folclore à volta do vazio e da pobreza.
bjs
Com esta inclusão, façam-me o favor de ir para um raio que os parta!
Saudações.
jorge G.
O Presidente quiz chamar à atenção do governo para a falência do Estado social e da perseguição às IPSS e à Igreja católica que bem ou mal, depende da opinião de cada um, tem sido primordial nas obras sociais.
Não se chama Presidências Abertas, mas ROTEIROS PARA A INCLUSÃO.
Fica este texto de um sociólogo para análise:
"A revolução mais necessária parece ser a mais improvável" Herbert Marcuse.
Nesses tempos em que os noticiários falam de milhões de reais - ou de dólares – trocando de mãos – normalmente inescrupulosas - com uma frugalidade tal que parece se tratar de um prato de alface, uma ninharia qualquer, a única impressão que me resta é a da falência dessa democracia inerte, de vitrine, bem como do, já ruim, Estado de Bem Estar social.
Referi-me à nossa democracia como sendo “de vitrine” pelo seu aspecto meramente decorativo, freqüentemente exibido ao mundo como um belo exemplo de democracia. Ainda que esse “belo exemplo” seja forjado a cada eleição, quando somos forçados, sob a pena da Lei, a “escolhermos livremente” aqueles que irão legislar sobre nossas vidas, nos governar e cuidar da nossa sociedade, administrando o dinheiro que nos é cobrado para fazer funcionar o sistema de “bem estar social” que não funciona, visto que os cidadãos comuns, por sua própria posição dentro do organograma social, alijados que são da estrutura do poder, apenas tentam se manter vivos, em busca de alimento e manutenção da prole.
Para essa “livre escolha” nos são oferecidos candidatos previamente fabricados, forjados numa retórica enganosa, maquiados com recursos hollywoodianos de som e luz, cheios de efeitos especiais e interpretações dramáticas. Ora, não são gente como a gente. São personagens irreais, tão fictícios quanto seus programas promocionais que, como toda boa produção cinematográfica, custa bem caro e alguém tem que pagar a conta. Como aprendemos desde crianças que dinheiro não nasce em árvores, não sei porquê a sociedade não protesta contra esse espetáculo carnavalesco cuja conta será paga por ela mesma. Ou seja, dentro desse modelo de democracia que nos é imposto, apertar o botão “Confirma” tem sido um gesto parecido com o apertar o botão da descarga do vaso sanitário só que, despejando algo com pelo menos seis zeros.
Referi-me também ao Estado falido não em termos financeiros, pois, como lembrei no início, dinheiro em caixa existe, nos dois. Mas, falido na sua missão precípua de promover o tal bem estar social do seu povo. Sendo assim, o Estado deixou de ser, perdeu o rumo ou está vivendo uma crise de legitimidade – e não estou falando a respeito do governo – compelido pelas forças de mercado em torno das quais o mundo gira como se fosse uma das Leis da Física.
O Estado tornou-se, assim, apenas mais uma empresa capitalista que não compete apenas com suas concorrentes mundiais, mas, e também sob a pena da Lei, com seus cidadãos, drenando seus recursos na forma de impostos. Pior ainda, uma empresa que não gera renda nem bem estar, apenas consome como uma praga, gasta, desvia as riquezas que deveria produzir em benefício comum. O Estado tornou-se uma máquina de engorda para os que o administram e nós os carvoeiros que alimentam as caldeiras.
O Socialismo sucumbiu à corrupção humana, os regimes totalitários sequer merecem alguma consideração, o Capitalismo fincou suas raízes. E este, por sua vez, já traz em sua natureza a necessidade de corromper como ferramenta adicional para a obtenção do lucro. Uma social-democracia de fato, nunca saiu do campo das idéias. O que nos reserva o futuro? Definitivamente, não sei.
José Sócrates veio dizer que houve uma melhoria? Mau sinal, então é porque piorou. Lá lhe cresceu o nariz um pouco mais. Está enorme.
Concordo contigo, Lídia.
Vale a pena chamar a atenção.
Mas Cavaco Silva que se não arme em inocente!
Abraço-te, linda!
Não acredito em falsas promessas. Estou desiludido com o PS eu que acreditei e dei o benefício da dúvida até ao meu limite.
A minha esperança de ver, não a igualdade que é também em si uma injustiça, mas a dignidade defendida de quem tem menos poder e menos rendimentos, já caiu por terra.
Um abraço
Querida Lídia no Sidadania referi que:
"Quanto às cruzadas presidenciais têm o seu lado positivo e acredito que valem a pena...infelizmente do que conheço é assim uma coisa mais ou menos, como hei-de explicar? Fica-se num território conhecido, nunca se sai muito da área definida por alguns, não sei se diga...os compadres, as influências...sim, também aqui..."
Do que conheço é assim mais, como dizes, do reino do faz de conta...e até fica bonito...nos discursos, na Tv, nos próximos livros...desculpa amiga mas QUEM PODE mesmo e fica-se com pouco mais do que discursos, não me convence, não!!! (e, por favor,não digam que o Presidente não PODE!)...beijos...
Silêncio, minha Silêncio
que boa dissertação
anda todo o mundo teso
neste País em recessão.
O pobre não tem protecção,
e o doente é como um peso
ao orçamento do Estado
que só o rico deixa ileso.
Perseguem-se os professores
fecham escolas e hospitais
acrescentam-se os impostos
para sermos mais desiguais.
Silêncio, minha Silêncio
que se lixe a inclusão
com tanto malandro à solta
a mandar nesta Nação.
Podemos calar-nos um dia
mas para sempre é que não!
Obrigado pelo comment, eu tamb espero que a introdução da skylander na região que traga postos de trabalho e que crie condições de vida para as pessoas que tanta falta faz. SAUDAÇÔES
Mocho-real
Simples e directo como se quer.
Um abraço
Mário
A grosso modo é também isso que eu sinto. Acho que estamos de acordo.
Um abraço
GUI
Pode ter havido melhoria. Melhoria para Sócrates, para a Banca, para o Joe Berardo e tantos mais.
Um abraço
G.Brito
Mais vale tarde que nunca. Eu bem te dizia...
Um abraço
São
Nenhum poder é inocente em relação ao que se está a passar mas o pior é que se está a passar.
Beijinhos
Amigona
É preciso que os roteiros aliviem tensões e não façam ondas. E com isso têm a sua missão cumprida.
Bjs
Boris
Tu és impagável em pôr tudo em verso. E está tudo aí dito.
Um abraço
templo de giraldo
Felicidades para o novo empreendimento. Continuarei a seguir com interesse os futuros desenvolvimentos.
Um abraço
É sempre a mesma história, em qualquer pais. O que muda é o nome dos personagens!!
Um beijinho
Menina do Rio
Imfelizmente assim é.
Beijinhos
Querida Lídia tens lá mais um desafio. É diferente...beijos...
Amigona
Lá vou eu.
bjs
Os políticos, não gostam de analisar resultados, dados concretos, números irrefutáveis. Os políticos preferem mais ficar pelos jogos de palavras, porque assim conseguem sempre levar a "conversa" para onde mais lhes convém, enquanto que falando através de números, seria muito mais complicado, porque os números enganam muito menos, e as evidências são bem maiores.
Bjs.
Tocas nos pontos essenciais...
Bom resto de fim de semana.
Bj:)(netmito)
Art of Love
Os políticos não gostam de ser transparentes. É altura de começarmos a exigir que nos prestem contas. Foram eleitos por nós, são pagso pelos nossos impostos...
Um abraço
Divinius
Valha-nos a beleza dos teus poemas.
Beijinho
O Presidente da República e o Provedor de Justiça são agora "figuras apagadas"...uma forma segura de se manterem nos cargos sem areias movediças.
Abraço
Paulo Sempre
Exactamente como dizes.
Um abraço
Obviamente não nos resignaremos.
A notícia que me deste tinha-a lido e fiquei enojado. Não pelo pedófilo que esse para mim não é bem uma pessoa, mas pelo tipo de leis que temos.
Lutar sem parar, é preciso.
Um abraço e continuação de bom fim-de-semana
O mais letal dos vírus se chama político. Quando estes organismos deletérios esmagarem finalmente as grandes massas excluídas, engolirão eles mesmos uns aos outros, no único espetáculo de antropofagia que eu gostaria de presenciar, aplaudir e festejar.
O único dirigente público que eu lamento a morte, é Ciro II, o grande, da antiga Pérsia. Muito apropriadamente chamado pelo seu povo, de grande pai.
Abraços, querida amiga.
Zé Lérias
Lutar sem parar porque é preciso. Estamos em sintonia.
Um abraço
Paulo Sempre
O Presidente da República e o Provedor da Justiça são figuras de retórica. E com o actual executivo de José Sócrates vamos para onde?
Um abraço
Boris
Perdeste o dom de versejar?
Abraço
OLIVER PICKWICK
"Quando estes organismos deletérios esmagarem finalmente as grandes massas excluídas, engolirão eles mesmos uns aos outros, no único espetáculo de antropofagia que eu gostaria de presenciar, aplaudir e festejar."
Isto que dizes não irá acontecer simplesmente porque as massas não se deixarão engolir.
Lutar sempre pela dignidade e pela justiça será o lema.
Um beijinho
A melodia do teu canto reverbera no tempo
A lonjura é o momento do abraço
O teu sorriso chegou ao meu silêncio
Solta palavra doce no espaço
Uma torrente de emoções espera-te
Bom domingo
Doce beijo
Passando só para dar um olá...e dizer o quanto me é grato ler o que publicas.
Abraço
Profeta
Por vezes não consigo soltar a palavra que os teus poemas merecem. Mas irei passando, naturalmente.
Um beijinho
Fotógrafa
O teu espaço e as tuas palavras revelam as afinidades que temos. Não importa o quanto dizes porque sei o que queres dizer.
Beijinhos
Lídia
Agradeço a refª. ao m/blog. Não era preciso tanto, minha amiga!
Agradeço aqui porque não consigo postar no "7 pecados". A minha máquina tem andado com manias. Agora deu-lhe para não ter acesso à "VERIFICAÇÂO DE PALAVRAS" na hora de clicar para mandar "comment".
bem...
Ao ir de novo ao 7 pecados mortais para saber o nome do local onde pomos as letrinhas ("verificação de palavras") dei conta de que já podia actuar normalmente. O meu computador está como eu. Velho e rezingão...
Como já tinha este "comment" alinhavado, não o vou eliminar, até porque é um gosto voltar aqui.
Abraço
Zé Lérias
A minha máquina anda com manias e eu também porque estou com gripe.
Amigo, não há que agradecer, há que divulgar o trabalho de cada um para para que as causas que defendemos tenham visibilidade.
Bjs
Lídia
Não nos resignemos a Cavaco
façamos com que neste país
a opinião pública actue
no terreno
por causas justas
O seu texto é um estímulo
Mer Arável
É exactamente como diz.
bjs
Querida Lídia, é um assunto preocupante, de facto há pessoas que conseguem um novo modo de vida, mas as taxas de insucesso são grandes, o governo aposta pouco na reinserção destas pessoas, continua a haver muitas recaídas, pois continuam a ser descriminadas e é difícil.
É uma realidade muito complicada.
Já existem muitas associações a lutar mas sem verbas nada feito.
O lado positivo é que já existem muitos a lutar por estas pessoas.
Beijinho
Parvinha
A reinserção social e a igualdade de oportunidades são princípios fundamentais para a dignidade humana.
Bjs
Não sei que inclusão é esta que gera cada vez mais excluídos.
O Mr.Cavaco Silva que se retrate.
Abel Marques
Concordo.
Abraço
a resignação tem sido o selo dos menos favorecidos, porque há o medo...
bj
Caixinha de Pregos
Eu pertenço a uma geração que lutou contra a ditadura. Não me resigno com o medo.
Beijinhos
Também digo:
Não nos resignemos!
Boa semana para si.
Vieira Calado
Gritemos em uníssono contra a resignação.
Um abraço
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