Texto de Maria da Conceição Banza - São - http://saobanza.blogspot.com *
Pede-me a nossa querida amiga Lídia um texto sobre a igualdade de oportunidades para a população mais idosa. Sem querer ser pessimista, devo dizer , porém, que muito poucas existem. Para não dizer nenhumas!
Vejamos, o que quero eu significar com a anterior afirmação. A velhice é, na actual sociedade ocidental, completamente desvalorizada; pior, é recusada de todo. Se assim não fosse, não estariam em alta ,como estão, as operações plásticas. E é-se velho a partir de que idade?...Pois não sei. Só sei que empresas existem a solicitar pessoas com o máximo de 25/26 anos e que outras colocam o limite máximo nos trinta e cinco.
Sei também que a católica Associação de Leigos para o Desenvolvimento me disse directamente só aceitar voluntariado de pessoas até aos quarenta anos!!!
E como não possuo respostas, aqui ficam as perguntas que se me colocam com perplexidade e angústia: Que oportunidades tem quem fica sem emprego aos cinquenta anos em Portugal? Que oportunidades tem uma pessoa que se aposenta com uma reforma miserável, e que o Governo ainda taxa como se não fosse um direito seu? Que oportunidades tem quem não pode escolher como tratar de si e da sua saúde numa fase da vida onde estas dificuldades se acentuam? Que oportunidades tem quando quem não possui poder económico para optar onde acabar os seus dias ?
A tudo isto acresce a complexidade das relações humanas. Porque se é verdade existirem pessoas idosas muito mal tratadas pelos seus familiares mais próximos( filhos , filhas), não é menos verdade o contrário. Mas este não é o assunto de hoje.
Uma das respostas encontradas com alguma felicidade para esta temática foi a das Universidades Para A Terceira Idade, que ocupam as pessoas de maneira muito interessante e proporcionam um salutar convívio. Acabo agradecendo o convite , também a vossa presença.
Maria da Conceição Banza, bacharelato em Educação de Infância pela ESE João de Deus e licenciatura em Ciências da Educaçãopela Universidade Clássica de Lisboa( vertente Formação de Professores/ Formação de Formadores). 35 anos em Educação / Formação, foi sindicalista e desempenhou funções de Directora do Centro de Bem Estar Social da Baixa da Banheira(valências: Creche, Jardim de Infância e Actividades de Tempos Livres), orientou estágios profissionais e Círculos de Estudos( neste momento é responsável pelo que decorre na Barreiro) e Acções de Formação. Ao longo destes últimos 23/24 anos tem publicado artigos publicados em vários órgãos da comunicação social regional e em revistas especializadas. Desempenhou a função de supervisão técnico-pedagógica das IPSS em Montijo, Alcochete, Barreiro.
94 comentários:
Este texto, curto mas incisivo, trespassa algumas das preocupações presentes e que foram questionadas nos comentários aos textos anteriores.
1) O que é ser idoso?
2) A representação social do idoso.
3) O idoso numa sociedade estratificada.
4) Os interesses económicos versus uma comunicação que desvaloriza as pessoas que têm mais idade.
O texto da São questiona, de forma acutilante, a forma como se estigmatizam as pessoas desprezando todo o seu capital de aprendizagem e toda a disponibilidade para serem úteis.
O que a São nos relata sobre a recusa do voluntariado a pessoas com mais de 40 anos é de gritar "oh da guarda!" Acresce-me apenas acrescentar: e para ser Presidente da República a idade não conta? E presidente de grandes empresas e ministros e daí por diante?
Muita coisa me sugeria agora questionar mas vou deixar aos visitantes outras abordagens que se impõem.
De facto, as Universidades Seniores são das melhores respostas que t~em sido dadas a um grupo de pessoas que não para de crescer e que deve ser respeitado e valorizado por todos nós,
Urge uma sensibilização colectiva, comunitária para pôr cobro aos estereótipos referentes aos cidadãos mais avnaçados na idade. A sã convivência entre gerações é um imperativo civilizacional
Parabéns pelo texto, mais um contributo valioso para a discussão desta temática.
Abraço,
José Carreira
E verdade que hoje em dia no Ocidente se encara a velhice com menosprocidade. E sim vejam-se os exageros das cirurgias plasticas! Esquecemo-nos como eram bonitas as nossas avos, com as suas rugas e cabelos brancos.
E isto, eu gostaria de dizer a favor do Oriente, numa altura em que pouca coisa boa se diz desta parte do mundo. Para os Orientais, velhice, ainda e' sinonimo de sabedoria. O velho, ou contrario do que se passa, conosco, passa a ter um lugar priviligiado na sociedade. Quando se tomam decisoes importantes, por exemplo em reunioes de familia, ou ate de vizinhanca, para resolucao de conflitos, a opiniao do velho e' muito importante.
E as mulheres, que nesta sociedae, nao possuem muitas regalias, tem a sua recompensa, quando envelhecem, passam a um estatuto superior. Podem inclussivo, estar presentes em reunioes de homens.
Esse privilegio e' de tal maneira importante, que ao contrario dos nossos velhos que parecem envergonharem-se pelo que se tornaram, aqui encontramos velhos de cabeca erguida a transbordar de orgulho e honrados por o serem.
Porque neste canto do mundo ainda se acredita que a melhor universidade,e' a vida e que o melhor doutoramento, e' a experiencia.
E quanto aos valores morais, acreditam, que apos uma longa caminhada, ao longo dos anos, o minimo que eles merecem e' RESPEITO.
Estas restrições aos "idosos" é uma coisa inusitada.
Há uma série enorme de funções que exigem pessoas com experiência e sabedoria, coisas que a escola formal não ensina, só são aprendidas na universidade da vida, ao longo dos anos, muitos anos, mais de 60, 70, 80,...
Desprezar o imenso potencial de conhecimento e sabedoria dos mais velhos, é prova de má fé e preconceito.
É um erro estratégico que vai nos obrigar a inventar a roda a cada dez anos!
Humm...ainda não acordei totalmente embora já esteja levantado desde as cinco da manhã.
Gostei do texto da São e do referir no principio sobre as oportunidades para os mais idosos que diz serem poucas e timidamente acrescenta para não dizer nenhumas...
Mas a falta de oportunidades não é só para os idosos mas para toda a população.
Enquanto as "Cunhas" estiverem institucionalizadas no nosso país,continuaremos a chorar e a clamar por justiça, e os nossos valores(porque os hà)continuarão na sua luta pela sobrevivência no dia a dia.Vou continuar a comentar neste texto, mas primeiro vou tomar um café, que ao contrário do que dizem comigo tem o efeito de acalmar um pouco as águas agitadas.
Espero que a São faça parte do debate porque isso o tornará mais rico, e não pensem que com isto estarei a criticar alguém por não o fazer.Um abraço
Quase me atrevia a assinar por baixo das palavras do luiz!
Temos que (re)conquistar o lugar de direito dos nossos "velhotes" fonte de sabedoria e afecto...denunciar todas as atrocidades desta sociedade (feita por seres humanos como nós) é nossa obrigação...essa da recusa do voluntariado é de bradar aos céus!!! E não é por eu estar a fazê-lo, é por assumir com profunda convicção que conheço pessoas novas (mesmo na Instituição onde estou)que não é por serem novas que conseguem dar melhor o seu contributo!
Arrisco até a dizer porque voluntariado tem a ver com o interior de cada um, com o nosso sentir, a nossa experiência, que quanto mais velhos mais disponíveis estamos para DAR!!!
Um beijinho São e parabéns pelo teu contributo! Focas, essencialmnete, aquela franja dos que ainda não têm idade para ser velhos mas que o Estado não respeita e gosta de descartar...
SILÊNCIO cULPADO.
Pois tens razão, Amiga, a idade só parece ser importante nalguns casos...
Abraço-te!
CARREIRA.
Concordo em absoluto : a relação entre gerações é crucial pot todas as razões humanas.
Obrigada pelas palvras.
Feliz semana.
TAGARELAS-MIAMENDES.
Interessantíssimo e muito importante este seu testemunho, minha amiga.
è bom divulgar-se factos tão positivos quanto o respeito pelosa mais velhos, ainda por cima numa sociedade que tem uma imagem negativa e estereotipada neste nosso lado do mundo!
Feliz semana!
LUIZ SANTILLI:
Pois é como diz; desgraçadamente existem cabeças iluminadas pensando que inventam o mundo todo ao pequeno almoço!!
Feliz semana.
Bom texto, São.
Temos aqui a teoria capitalista no seu pior. Há vários motivos por que se descartam os idosos nestas sociedades que só vêem lucro e que desprezam o ser humano quando não está no "centro do negócio".
O que interessa aos senhores empregadores é arranjar gente jovem para, a pretexto de que não têm experiência, lhes pagarem ordenados de miséria. Os mais velhos, aqueles que já fizeram carreira, a esses há que empurrar para fora da carroça com o argumento de que estão ultrapassados.
Perde-se massa crítica e Know how e tratam-se as pessoas como o «usa e deita fora».
É por isso que a comunicação social nos vem sempre com os estereótipos de velhinhos inválidos a serem tratados pelos filhos. É uma forma do Estado empurrar para estas gerações sacrificadas os onus das governações ao serviço do grande capital.Como pode um filho que ganha 500 euros, com um contrato de trabalho precário em que se faltar vem para o olho da rua, e a trabalhar mais de 8 horas por dia, às vezes por turnos,a que terá que juntar as horas perdidas nos transportes, cuidar da casa, ter família e ainda ser terno e paciente com os pais velhinhos?
Estes debates, de grande categoria, que sirvam para mais do que meras trocas de opiniões. Que se assuma já o compromisso de combater os estereótipos da comunicação social: idoso, ansião, sexagenário, etc. Da mesma forma que as etnias têm lutado para que nas noticias não se diga "indivíduo de etnia cigana, do leste, africano, etc." nós temos que lutar para que não se fale em "idoso".
Há pessoas com bastante idade e que têm boa mobilidade e jovens que a não têm. Há pessoas com bastante idade que têm mentes brilhantes e jovens que as não têm. Os velhinhos são essa coisa triste porque nós deixamos que sejam. Hoje são eles e amanhã nós. É altura de dizer basta.
RAUL:
Agradeço as palavras e, se for ver o interessante debate que a nossa estimada Lídia lançou sobre Escola e Oportunidades poderá verificar como me envolvo no debate...
Ainda não tinha aparecido porque saio muito frequentemente, graças a Deus, e este fim de semana estive fora!
Além disso, estou cercada de afazeres.
Semana tranquila.
Minhas caras
Idosa é a pessoa que é considerada demasiado velha para as funções para as quais tem preparação e experiência, mas acaba por ver recusada a admissão.
Segurança e igualdade para os mais velhos é uma miragem numa sociedade que teima em considerar os seus semelhantes como artigos descartáveis.
Um dia vão todos lamentar ter desperdiçado a experiência daqueles que ostensivamente são agora estigmatizados pela idade, mas vai ser tarde.
Abraço do Zé
AMIGONA:
Agradeço-te a presença. amiga.
Não foquei especialmente nenhuma faixa etária, porque realmente o conceito de velhice não o consigi definir, pois não se fala já na quarta idade?!
E não culpemos só o Estado pela recusa das pessoas mais velhas.
A Fundação S. João de Deus ( aceita voluntariado de pessoas até aos 55 anos...) e a que referi no texto - ambas católicas - são privadas!!
Pelo que me parece que o preconceito é geral. infelizmente.
feliz semana.
ABEL MARQUES:
Agradeço as palavrsa.
Concordo com a análise, correcta, deste nosso meio tão ferozmente competitivo.
Semana boa.
ZÉ POVINHO.
Agrdeço a vinda.
Quando estas criaturas chegarem a velhas _ e, ainda por cima, a esperança de vida está aumentando - provarão de seu próprio veneno!
Semana feliz.
Sinto uma fúria que me dá ganas de fazer um escândalo com esta denúncia da São sobre a recusa de voluntariado a pessoas com mais de 40 ou de 55 anos. Essa gente tem que ser denunciada e devia ser julgada porque discriminar é ir contra os direitos humanos e contra a Constituição da República.
É caso para perguntar, através dum exaustivo levantamento, quantas figuras públicas estão na crista da onde com mais de 55 anos.
Ou só é velho quem é pobre e pouco influente?
Este reino está pôdre e a abrir brechas por todos os lados.Duma forma, aparentemente democrática, têm-se desenterrado os paradigmas hitleranianos em que só há vida para quem é bonito, tem hábitos de consumo privilegiados e vive em boas zonas residenciais. Esses senhores e senhoras, vestidos com roupas de bons estilistas, tratados em bons institutos de beleza, reverenciados pelos empregados dos cafés e dos restaurantes, esses têm a vida garantida. Os filhos estão todos bem colocados e eles até são convidados para bons cargos na administração pública ou para consultores desses estudos que se encomendam a amigos.
Esses não são velhos, as suas mulheres nunca são putas nem fazem abortos, e os filhos nunca são burros.
É tempo do Reino acordar e vir para as matas lutar.
É lamentável verificar como as pessoas, só porque ultrapassam um número tão pequeno de anos cronológicos, são logo consideradas de velhas e pior ainda de inúteis!...
Pois eu já vi muita gente com vinte e tal anos bem mais velha no seu modo de estar nada vida, do que outras com cinquanta e tal anos!!
E o mesmo se passa em executar com brio e qualidade o seu trabalho profissional!
Aliás, julgo que quantos mais anos a pessoa vive e adquire mais experiência quer profissional quer na sua vida do dia a dia, mais se torna numa mais-valia para os que têm menos experiência... Por isso, mais uma vez não entendo o modo de funcionar ilógico das sociedades modernas.
Beijo grande
Oi São,
Gostei muito da tua abordagem.
Beijinhos
M M MENDONÇA:
Obrigada pela solidariedade!
E ainda lhe posso dizer que uma senhora com quem comentei estes incidentes me contou a situação ainda mais caricata que lhe acontecera a ela: foi tão só recusada vomo voluntária para um canil!!!!
Feliz semana.
ROBIN HOOD:
Pois por mim já estamos lutando!
Quanto ao que diz, é a desverginha instalada.
E mesmo o voluntariado só pode ser até aos 40 - e de preferência, logo a sequir ao término da licenciatura - para fazer currículo, isto sem mais delongas!!
Feliz semana.
SEI QUE EXISTES:
Olá, amiga!
As pessoas mais velhas não são desejáveis porque sabem bastante e não embarcam em folclores nem se sujeitam sem refilar àquilo que lhes exigem!!
Feliz semana.
ISABEL F:
Viva, amiga!
Obrigada.
Semana feliz.
São
Vamos lá ver se eu percebi bem: Recusada para um canil? Por ter mais de 50 anos?
Que idade tem a Drª.Maria Barroso, a Drª.Manuela Eanes, a Drª.Ferreira Leite & Cª. Ldª. sempre a darem a cara por grandes causas?
E onde está a capacidade de luta e de insurreição que caracterizou uma geração que viveu contra a ditadura e que agora amocha perante uma democracia desprovida de valores sociais e pôdre até mais não?
Que raio de porra vem a ser esta?
A população envelhece e ainda tem que lutar com a discriminação como se já não bastasse a falta de condições e de apoio por parte das instituições?
Talvez a solução seja um campo de concentrção ou a injecção atrás da orelha...
Resolve ao problema da Segurança Social e as chatices de todos os equipamentos sociais de apoio.
Deixamos só uns velhos ricos para ocuparem os altos cargos.
Não riam. É o que nos acontecerá se não soubermos, muito rapidamente, dizer não!
Se me é permitido direi que sendo parca de palavras consegue alcançar uma pleiâde de problemas e questões.
É-se idoso a partir de que idade? E isso determina-se por limites temporais ou quantifica-se por outros parâmetros?
Porque não se aproveita o capital de saber de experiência feita de muitos dos nossos idosos que estão disponíveis para ensinar/transmitir o seu saber?
Por exemplo, os nossos idosos não podiam ser aliciados pelas autarquias a participarem em programas de prevenção/segurança rodoviária? Por exemplo, auxiliando crianças e jovens nas imediações das escolas e nos percursos escolares?
É uma tareda menor? Não me parece.
C COELHO.
Obrigada por ter vindo.
~Desconheço se foi pela idade, sei que a senhora tentou tudo e chegou ao canil, sendo recusada como voluntária.
Eu já nem tento mais, porque ainda dou alguma resposta que me leva a um Tribunal ou coisa que o valha!!
Porque , inclusivamente, até Currículo já me pediram e que me apresentasse a uma entrevista!
Com dizia Albano Estrela " já tenho idade e estatuto" para não me submeter a disparates!!
Feliz semana.
QUINTARANTINO:
Agradeço a presença.
A sugestão não me desagrada.
Nem a tarefa me parece menor.
Feliz semana.
A sociedade no seu todo, e isso não é um fenómeno que apareceu recentemente, tem a tendência a rejeitar as diferenças. A idade faz parte dessas diferenças e é apenas uma gota de água nesse oceano de motivos que levam à exclusão de certos grupos que fazem parte dessa mesma sociedade.
É necessário cada grupo que sente na pele os efeitos dessa descriminação se una e lute contra os preconceitos dessa mesma sociedade, formando grupos de pressão que levem a uma redução dessas rejeições. O grande problema está na construção dessa união, pois entre os excluídos também há diferenças, que levam a que dentro de um grupo de excluídos se gerem novas formas de descriminação entre eles. Podem ser de origem económica, cultural, social entre outras que não vou descrever pois a lista não teria fim. Vou tentar não me desviar do ponto fulcral deste tema que é a velhice e a igualdade de oportunidades. A São refere no seu texto que há muito poucas oportunidades para não dizer nenhumas. Eu atrevo-me a dizer que em igualdade de circunstâncias, não há oportunidades e ponto final. Os raros casos de integração, terão de ser analisados face ao percurso de vida de cada um dos idosos, das influências que tenha criado na sociedade, do seu poder económico e do status social das suas famílias.
Creio que ninguém irá afirmar que não há idosos privilegiados. Vou analisar as necessidades básicas do idoso nas classes mais desfavorecidas.
1. Subsistência alimentar, essencial à continuidade da vida, e em Portugal muitos idosos passam fome.
2. Um tecto, para lhes dar abrigo, e em Portugal há idosos que vivem nas ruas e nos vãos de escadas.
3. Serviços de saúde condignos e capacidade para comprarem os medicamentos que necessitam. Os idosos em Portugal têm acesso ao SNS como qualquer outro cidadão, mas não há apoio por parte do estado para que tenham os medicamentos de que necessitam, gratuitamente.
4. Laser e ocupação de tempos livres. Aqui o panorama não é o mais sombrio. Talvez porque o voto dos idosos tem o seu peso e convém cativá-los. Felizmente ainda não foi decretada (nem nunca o irá ser) a idade limite para votar, e no caso de dificuldade de irem às urnas esse problema é rapidamente solucionado pelo estado, pois então. Aqui a igualdade de oportunidades é respeitada.
Entre as possíveis soluções para a resolução do problema, o estado tem a obrigação de tomar medidas para o acabar desta chaga social em que os velhos são considerados o lixo da sociedade. Nunca o fará, pois se não resolve problemas muito mais fáceis em franjas produtivas da sociedade, muito menos o fará com os idosos. A igreja e as suas instituições de “caridade” não são solução e custe ouvir ou não, trabalham na mesma plataforma em que trabalhavam no tempo da ditadura salazarista, só que com muito menos notoriedade do que trabalhavam nessa altura em que havia a sopa dos pobres e os lares vicentinos que iam garantindo a subsistência alimentar e de tecto a muitos idosos pobres e não só. Vivo frente a uma igreja cuja obra social distribui alimentos aos mais carentes e vejo a humilhação que estas pessoas sofrem expondo-se numa praça para receber esses alimentos.
Resta-nos a intervenção da sociedade civil e do grupo de idosos privilegiados em relação a estas necessidades básicas. Estará aqui a solução? Creio também que não, pois muito poucos estarão na disposição de abandonar o seu bem-estar, que construíram durante a sua vida activa e lutarem lado a lado em igualdade de circunstâncias com os mais desfavorecidos. Mesmo esses idosos que se encontram numa classe social mais elevada sentem na pele o efeito do abandono de um estado tirano para com a sua população idosa.
Continuarei a minha intervenção neste debate num próximo comentário porque ainda tenho muito para dizer. Peço desculpa caso tenha dito coisas que possam de alguma forma ter ofendido alguém, mas a minha forma de estar na vida é dizer aquilo que penso, e não poucas vezes no passado fui prejudicado por o fazer mas não tenho emenda.
Um abraço solidário
Cerissíma São
O voluntariado tal como está estruturado, e nas bases em que assenta, é também um jogo de poder e de influência no qual os partidos procuram jogar a sua promoção. O voluntariado não está aberto à sociedade civil a não ser para aquele tipo de tarefas ligadas a limpezas e a higiene corporal.
São as caras da burguesia que aparecem no voluntariado com aquela caridade=a misericórdia e a dizerem palavras bonitas na TV. Os patrões que exploram miseravelmente os seus empregados pagando-lhes o insuficiente para a sua subsistência, depois mandam as mulheres todas catitas mostrarem a sua face humana.
Portanto, minha carissíma São, não se ofereça para voluntária porque eu já me ofereci e sempre apanhei negas.
O voluntariado é para as elites, muitas das ajudas que damos não chegam onde devem e é tudo para mostrar uma face humana que não passa duma máscara com que se pretende tapar um país desumaninizado.
Talvez, como diz um comentador, os velhinhos sirvam para ajudar as crianças a atravessarem as ruas. Haja paciência!
Raul, meu amigo, assim é que é falar. O Silêncio Culpado existe para romper o silêncio culpado. Aqui a opinião é livre.
Cada abordagem tem sempre um cunho diferente e é interessante este confronto de opiniões do qual deverá resultar uma tomada de posição activa.
A minha amiga Rosário/Amigona está sempre a lembrar-me que há todo um conjunto de material produzido que tem que passar a documento tanto neste debate sobre os idosos como no anterior sobre educação.
Um abraço apertado
Muito importante a indagação feita pela Maria da Conceição. Em que idade a velhice começa? Esta é uma resposta difícil, pois num determinado momento histórico, numa dada sociedade e em diferentes situações sociais, uma pessoa pode ser considerada idosa aos 70, aos 60 ou até mesmo aos 40 anos. Em relação ao mercado de trabalho, a situação é dramática. É só olhar nos cadernos de emprego nos jornais para ver qual a idade limite. No Brasil a situação é a mesma. Preocupante! Um abraço, Sonia Mascaro.
Depois da fase que atravessei esta última semana, sei o que é ter um "bébé" em casa...
Acima de tudo o que o idoso precisa mesmo é de amor...
Lídia, obrigada e um beijo grande
RAUL:
Tocou num ponto importante: a divisão interna dos excluídos desta sociedade competitiva, dura e indiferente!
Mas não se culpe só o Estado da situação em que se está , a sociedade civil não está livre de pesadas responsabilidades, não!!
Por favor, separe os parágrafos, ´tá? Os meus olhos agradecem...
Saudações.
JOSEPH.
Meu caro, agradeço sinceramente o conselho.
Como muito bem diz, o voluntariado é uma capa bonita sobre um corpo mal-tratado .
Corresponde ao Movimento Nacional Feminino de Salazar e Caetano.
E , como tudo em Portugal, funciona por capelinhas e cunhas!!
Como já escrevi atrás, desisti, porque nem estou para sustentar hipócritas nem para aturar destrambelhos.
Semana feliz.
SONIA:
Grata pela vinda!
Tudo tem que ser visto em seu contexto , não é?
Feliz semana.
SILÊNCIO CULPADO:
Querida, a Rosário tem razão : este tipo de debates que tens a capacidade de dinamizar, não pode nem deve ficar só por aqui!
Pensa nisso, Amiga!
Abraço fraterno!
Olá São.Cumprimento-a pelo seu texto e pelo seu curriculo.
Hoje tudo está diferente.
Recorda-se dos "SOBAS"?Os mais velhos são os chefes.São respeitados pela experiência de vida.São prudentes e sábios.Hoje a juventude acha que nasceu já sapiente e que os "velhotes" são peças descartáveis.Talvez por isso o estado do país e do mundo.
Sauadações e um sorriso
OLÀ:
Infelizmente, nem todas as pessoas velhas são doces avózinhas ou afáveis avôzinhos!
A idade , por vezes, refina a maldade de certas pessoas, sabes?
Se o não sabes, ainda bem...e, do fundo do coração, te desejo que nunca o saibas por experiência própria!
Semana feliz.
AROMAS DE PORTUGAL:
Agradeço o cumprimento.
Quando forem velhos, os agora jovens verão a asneira que estão fazendo, de certeza.Até pelo exemplo( mau) que estão dando ás suas próprias crianças.
Saudações.
-Não culpabilizemos as empresas e a sociedade pela falta de oportunidades para os idosos, porque as empresas e a sociedade somos nós todos, mas existe um problema, que está a meu ver dentro de nós, recusamos envelhecer, apregoamos estar sempre jovens no espírito, talvez uns mais que outros o possam justificadamente afirmar, mas nessa recusa reside muito do problema, não queremos enfrentar a realidade em que nos vamos tornar, se lá chegarmos. Depois acharmos sempre que só acontece aos outros, muito passa também por aí, não só, mas também...
Não posso aceitar que se pretenda desresponsabilizar a sociedade perante o flagelo da falta de oportunidades dos idosos...
É uma responsabilidade do Estado, sim senhor,cuidar daqueles que após uma vida inteira de trabalho,NÃO TÊM condições para assegurar as condições básicas de sobrevivência...os nossos impostos devem aí ser empregues e não em outras medidas de carácter duvidosos...
Gostei da simplicidade e da objectividade do texto. Se uma pessoa com 35 anos já não consegue arranjar um novo emprego porque é velho, então os idosos são ainda mais do que os que dizem.
Um abraço com idade
São
Todo o ser humano deverá ter como ideal a beleza e a perfeição. O querer ser jovem poderá ser muito positivo se não significar uma rejeição da realidade mas uma procura constante em aprender, melhorar e tirar partido dum visual mais maduro que também pode ser bonito.
Embora estas preocupações estejam associadas a classes mais favorecidas por envolverem uma maior cultura e disponibilidade económica, são completamente diferentes das preocupações desesperadas para se ser reconhecido como gente num meio que discrimina os idosos e todos aqueles que são conotados com atributos desvalorizantes.
Deste modo, considero que não somos nós, enquanto actores de um determinado processo, os culpados pela discriminação. A discriminação deve-se a sistemas políticos que se alimentam das diferenças e que precisam manter supremacias e sujeições para cumprirem a sua racionalidade.
São
Não deixemos que os idosos vivam num guetto como animais de estimação, que até podem ser mal estimados.
Os idosos podem ser tão activos como os não idosos.
Há faculdades que se perdem e outras que se ganham.
Se ser desenvolvido é desprezar aqueles que já não servem os objectivos do lucro, então prefiro emigrar para um país que não seja desenvolvido mas que respeite as suas pessoas.
Vivemos num mundo triste
onde nada tem valor
se não for para trocar
por outro bem, bem melhor.
Já ninguém quer um idoso
porque deu tudo o que tinha
Agora só dá despesa
Temos que o meter na linha!
Voltámos aos tempos idos
de mui más recordações
da Mocidade Portuguesa
e das damas das procissões.
A caridade é uma treta
porque não tem sentimento
dão aquilo que não presta
com o maior fingimento.
Não dão com o coração,
não dão o que falta faz,
dão só o que a televisão
mostra nos telejornais.
Dar é não mostrar que deu,
é não humilhar mostrando,
a caridade é um nojo
com que nos vão embalando.
Nós queremos nossos direitos
emprego e justo salário
tirem o "voz de falsário"!..
E então talvez os velhos tenham paz
e ajudem a construir a Nação
de forma eficaz!
As atuais universidades aqui, estão formando péssimos profissionais e o mercado de trabalho, passou a contratar mão de obra qualificada, pessoas mais experientes, com mais idade para trabalharem como credenciadores de novatos às certificações profissionais. Claro, o salário deixa a desejar!
Boa semana! Beijus
Arredar prematuramente a massa crítica das empresas públicas só resulta porque o que se pretende é acabar com essas mesmas empresas e vendê-las baratas ao sector privado. Os trabalhadores mais velhos e experientes e com contratos de trabalho sólidos deixam de interessar.
Nós não olhamos os velhos com respeito porque a comunicação forma a opinião no sentido da desvalorização. É uma mensagem que passa subrepticiamente todos os dias e que vai ficando cá dentro e que é responsável por muita da animosidade que se tem em relação aos velhos.
ANTÓNIO ALMEIDA:
Eu acho que não entendi bem!
Desculpará, mas eu não creio que esteja a desculpabilizar as empresas que acham que a idade máxima de admissão é de 35 anos!!
Nem que uma pessoa aos 41 anos já nem para trabalhar gratuitamente em prol da sociedade e dos outros tem capacidade!!
Quanto a aceitar a velhice, eu assumo orgulhosamente ter 58 anos!!
E não refiro aqui uma estória para não me alongar.
Saudações.
AMIGONA AVÓ:
Rosário, não posso estar mais de acordo contigo.
Senão ainda veremos em Portugal ao vivo "A Balada do Fujyama" , filme que conta como as pessoas velhas eram levadas para a montanha e lá abandonadas para morrer!!!
Haja Deus!
Abraço fraterno.
PATA NEGRA:
Agradeço o comentário.
Pois , é o absurdo total, acho.
Saudações.
SILÊNCIO CULPADO:
Penso que cada pessoa deve tentar estar o melhor possível, mesmo fisicamente.
Como tão lucidamente dizes, não se pode acusar quem é desprezado pela sociedade de ter a culpa dessa rejeição: é imverter completamente a situação!!!
Beijinho.
SHEILA:
Vou respoder-te com uma quadra de Zeca Afonso, que morreu fisicamente em 23/2/1987 :
A velhice não se enjeita
Como o lixo da calçada
País que os velhos rejeita
Não é país, não é nada.
Feliz semana.
BORIS:
Escreves sempre em poesia e assim te responderei, auxiliando-me outra vez de José Afonso:
Muita força tem um homem
P´ra bater com o pé ni chão
A nossa terceira idade
Não tem que estender a mão!
LUMA:
A idade traz uma coisa que nenhuma escola por muita qualidade que tenha proporciona e que é a experiência!
E isto diz tudo, amiga.
Saudações.
LOUISE:
A comunicação social , de facto, valoriza quase exclusivamente a mediocridade e exalta a Juventude em si, com se não fosse uma fase tão só de desenvolvimento como qualquer outra e sem mérito próprio!!
Lamentavelmente, pessoas existem que entram no jogo e desatam a reneger-se e à idade que têm, provocando comentários como já lemos aqui!
Saudações.
Existe uma supervalorização da juventude. O mercado de trabalho, com raras exceções, se fecha para pessoas acima dos 50 anos e se alguma oportunidade de trabalho aparece, o salário já é bem mais baixo por causa da idade. Uma incoerência, se pensarmos na experiência adquirida por essa pessoa mais velha. Na contramão da falta de oportunidade no mercado de trabalho está o alto custo de vida para os idosos: São as muitas medicações que precisam comprar sem falar no alto custo do convêncio médico, sempre muito mais caro para o idoso. Esse é um dos motivos pelos quais muitos idosos depois de terem trabalhado por anos a fio, precisam da ajuda financeira dos filhos para complementar sua aposentadoria. Essa ajuda ou colaboração financeira dos filhos, nem sempre lhes é dada de bom grado. Uma situação injusta. E triste.
Um abraço.
Passeia só para deixar cair um pouco do orvalho da madrugada.Com um beijinho prateado com muito carinho
Votos de uma óptima semana
SOL
...mas, não entendo o preconceito...se tivermos a sorte de viver, todos nós chegaremos á terceira idade(?!?),não é?
esquecemo-nos que desde a nossa concepção...estamos em tempo de contagem...progressiva...logo caminhando para a dita 3ª.idade!
hoje em dia só tem preconceito,quem ainda não pensou o que anda cá a fazer e como....
abraço
SÃO
Existe uma natural tendência do ser humano para, quando está de posse dum privilégio que os outros não têm, fazer valer esse privilégio numa espécie de relação de domínio sobre os outros.
É desta falta de humildade que revela também a inconsciência que nos leva a esquecer que somos um todo e que estamos sujeitos às mesmas regras da natureza, das quais faz parte o envelhecimento,que surge a rejeição. Uma rejeição que muitas vezes funciona como a teoria do espelho em que o indivíduo agride aquilo que representa o que ele despreza mas possui em si.
Eu sou um "idoso", é isso que consta do meu BI, a data de nascimento, e assumo-o plenamente. Até ando por aqui e ainda ontem estive até às 3h da manhã a "tentar" responder ao "vbm" a um comentário que ele fez sobre Física Quântica.
O que me apavora é a doença, o poder ficar dependente de outro/a.
Mas isso pode acontecer a qualquer um, independentemente da idade.
Entretanto e como o saudoso Frank Sinatra: "on my way".
Passei para vos dar um abraço num dia em que o Bruno faz 20 anos.
saudações e um sorriso
ODELE SOUZA:
Infelizmente a realidade é assim!
Saudações.
LUA PRATEADA:
Gostaria de que a sua luz tivesse focado o tema´.
Saudações.
FOTÓFRAFA:
Tem toda a razão!
As pessoas acham, talvez, que irão ficar sempre com 25 anos!!!
E a sociedade deixa que vivam nessa doce e vã ilusão...
Abraço.
G BRITO:
Concordo com a análise, só que é perfeita estupidez alguém achar que ser jovem é um privilégio : não é, a juventude integra-se no continuum da vida . Tal como a infância, a adolescência, a idade adulta e a velhice!
Mas será tão difícil perceber uma coisa tão evidente?!
Boa tarde!
PETER:
O meu grande receio é o sofrimento e a dependência, também.
Eu costumo dizer que há situações piores que a morte!!
E também que a saúde é o maior dos bens...e esta independe da idade!
Por isso...
Saudações.
MÁRIO RELVAS:
Votos de óptimo dia para o Bruno e para quem o ama!
Saudações.
NÃO ESTAMOS PREPARADOS DE TODO PARA INTEGRAMOS ESTAS PESSOAS NA SOCIEDADE, MAS ISTO TEM DE PELO MENOS SER TRANSFORMADO UM POUQUINHO CADA DIA POR NÓS MESMOS.BJ
São, percebeu mesmo mal, eu não desculpabilizei as empresas, apenas referi que estas não são entidades abstractas, são geridas por pessoas, assim como a sociedade no seu todo, pelo que nos caberá a nós enquanto individuos integrados numa entidade ou comunidade, erradicar práticas discriminatórias, em lugar de assobiar para o lado, culpabilizar as empresas, a sociedade, ou qualquer outra coisa, como se nós, coitadinhos, não pudessemos fazer nada. Podemos! Foi isso que afirmei. Percebeu-me mal, sorry...
SÃO
As responsabilidades pelos estereótipos e pela discriminação cabe-nos a todos, sem dúvida, mas cabe a uns mais do que a outros. Os dirigentes têm interesses na discriminação para obterem mão de obra mais barata. Não digo todos os dirigentes em toda a parte do mundo. Digo os dirigentes de muitas destas democracias ocidentais.
Um abraço
CALMINHA:
A responsabilidade é de toda a sociedade, nossa também.
Mas nem todas as pessoas têm igual responsabilidae.
Boa noite.
CAROL:
Importante esse testemunho na primeira pessoa e vindo de alguém que mesmo na sociedade actual é ainda considerada jovem!
Fique bem!
ANTÓNIO ALMEIDA:
Agora confirmei o me parecera ter percebido, até porque foi mais claro.
Evidentemente, nós podemos denunciar e lutar e..., mas a responsabilidade maior é , inegavelmente, das pessoas que estão à frente das empresas, pois o poder está nas suas mãos!
Saudações.
RENÉ:
Concordo de todo!
Fique bem!
Vi o desafio do sexualidades, afectos e máscaras, adoro sempre quando dás um pouco de ti.
És uma pessoa fantástica, todos sentem um carinho por ti, é contagiante.
Muitos beijinhos
Igualdade, palavra tão bonita e já demasiado usada indevidamente
Igualdade igualdade é a morte, os principios são bons, as acções más
Saudações amigas
Amiga Lidia.
estou a gostar deste debate virtual,pois é como dizem alguns amigos aqui,pois a velhiçe não esta na idade de cada um,vejo novos com idade de velhos e vice versa,outros fazem plásticas para mascarar a cara,para não se ver as maleitas,mas as mesmas lá ficam,roupa de marca também não leva a lado nenhum,só estofo social! o resto é podre,fazer a uma pessoa de bem que se oferece voluntário? e pedir curriculo é o cumulo,no país muita gente vive e bem de pessoas que fazem voluntariado,para eles engordar as carteiras,prestigio a uma burguesia empacotada e falsa,que se vale dos idosos,tanta coisa haveria para fazer,ajudar as crianças nas escolas deitar os olhos nas saídas das escolas,e outros que nem bem em conta.
Sou voluntária a 25 anos,o faço porque gosto,se calhar hoje fico mais pensativa,perante situações,muitos ganham com este serviço eu sei disso,mas também se os governos deste país tivesse que pagar a todos os que o fazem? coitado,agora é que tinha de andar de tanga!!!! Com esta me fico.
Beijinho e fica bem Lisa
Não me sinto velho, porque felizmente ainda tenho saúde, mas o BI, as rugas, e os cabelos brancos denunciam a idade.
Reformei-me depois de muitos anos de trabalho, não porque estivesse incapacitado, mas porque há já mais de uma década estava a ser chefiado por jovens turcos, que embora ignorantes e incapazes de fazer o que quer que fosse na área que chefiavam, tinham o aval da tutela e davam-se ao luxo de apesar de nada fazer, ainda colocar defeitos no trabalho de quem o fazia efectivamente.
Hoje trabalho por conta própria, na mesma área, e sou respeitado pelo que faço, amealhando assim uns cobres que complementam uma reforma insuficiente. Sei que nem todos podem fazer como eu, e falo de trabalhar por conta própria, e que são atirados para um qualquer parque a jogar às cartas, para o sofá a ver televisão ou para um lar (havendo muitos que nem dignos são desse nome.
Há quem ache que os idosos são inúteis à sociedade, pura ignorância, nem sabem eles o muito que podiam aprender com a sua experiência de vida. Esse capital vai-se perdendo, e os erros do passado vão-se repetir cada vez mais, desnecessariamente.
Cumps
mais um texto que reflecte realiaddes em todas as idades em todos os tons
PARVINHA:
Junto-me a si no merecido elogio que faz à Lídia!
Saudações.
C VALENTE:
Só na morte as pessoas se igualam, diz com razão.
Mas também na sua essência , todos os seres humanos são iguais e temos de lutar para que sejam respeitados.
Saudações amigas.
AGULHETA:
Não se dirigiu directamente a mim, mas deixe-me cumprimentá-la pelo seu trabalho em prol do Outro!
E se esse acto de boa vontade está a ser utilizado por uma camada de criaturas com poucos ou nenhuns valores, não se importe : as acções ficam para quem as pratica!
Bem haja!
O GUARDIÃO.
Sei na pele o que é ter como chefia pessoas inexperientes , mas achando que sabem tudo e que quem tem mais idade está ultrapassado e nada tem a ensinar.
Mas quando se permite que haja juízes /as de 25 (!!!) anos que se espera?!
Por uma questão de personalidade nunca deixei passar nad do que não concordava em claro, mas esta capacidade crítica custou-me muito cara, evidentemente!
Saudações.
DALAILA:
Agradeço a vinda.
Saudações!
Amigas Lídia e São, meus parabéns pela iniciativa louvável e pelo texto claro e equilibrado. Fico feliz, por ver que a quantidade de comentários representa um merecido prêmio ao belo trabalho de ambas! :)
... Picasso trabalhou até aos 90 anos!... não há idade que a força apague a voz. por isso... que a voz não se cale, seja-se da esquerda ou direita. os valores humanos não devem ser compartimentados em idiologias. fazer valer todas as capacidades em vida- é urgentemente preciso.
bom dia silêncio.
A todos os visitantes e amigos
Fico feliz com elevada participação, em quantidade e qualidade, e pela simpatia das palavras que é sempre muito gratificante.
O Silêncio Culpado assume-se como um blog social em defesa de causas e denúncia de situações. Um blog de esclarecimento e de debate, sem conotações políticas, crente que só a palavra e a informação são libertadoras e conduzirão a soluções justas.
O meu muito obrigada a todos
ÁRABE:
Obrigada pelas tuas gentis palavras!!
Um abraço.
MUSQUETEIRA:
Concordo coma análise, pois os valores da Humanidade não devem estar conotados com ideologias!
Saudações!
SILÊNCIO CULPADO:
LÍDIA, MINHA QUERIDA AMIGA, QUE DEUS TE ABENÇOE!!!
O meu fraterno abraço para ti!!
o desprezo e a indignidade prestados aos idosos representa uma das maiores falências dos nossos tempos...e um dia todos seremos.
bj
AJB MARTELO:
Respondo , de novo, com José Afonso:
Cai-te no bolso um pataco
E dizes que é já reforma
Põem-te dentro de um saco
Atado de qualquer forma.
Saudações.
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