.



A POBREZA DO DIA DA POBREZA



Todos os anos várias organizações lembram, aos 189 Estados que subscreveram as Declarações do Milénio, o seu compromisso de erradicar a pobreza do planeta reduzindo-a para metade até 2015.

Todos os anos essas organizações aparecem nos media e são recebidas por chefes de Estado e Governantes. E todos os anos os chefes de Estado e dos Governos se mostram surpreendidos e chocados com os números que se lhes apresentam.

Todos já puseram nos seus discursos o combate à pobreza como um das suas prioridades mas a verdade é que, apesar destas acções de fachada, a pobreza não tem parado de aumentar adquirindo contornos sempre mais chocantes.

O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1,25 dólares por dia, ou seja, menos de 1 euro. E todos os dias mais de mil milhões de pessoas vivem nestas condições, de miséria absoluta, sem direito sequer a uma refeição diária. Em Portugal, onde a diferença entre ricos e pobres é a maior da UE, uma em cada cinco pessoas vive no limiar da pobreza.

Na passada segunda-feira várias associações procuraram sensibilizar o Presidente da República para a necessidade dum maior envolvimento no combate à pobreza tendo João Pedro Martins, da Rede Miqueias, declarado à saída de uma audiência com Cavaco Silva, em relação a uma questão que lhe foi colocada, que com a actual crise financeira e económica mais pessoas caíram no fosso da pobreza.

João Pedro Martins salientou, também, que a pobreza é um crime público pela violação dos direitos humanos que lhe está subjacente. Porém, acrescentou o representante da Rede Miqueias: os pobres não precisam de esmolas, mas de justiça e, principalmente, de oportunidades.

Por sua vez Valentim Gonçalves, da Rede África-Europa, põe também o dedo na ferida quando afirma que é preciso que face à fragilização a que [os pobres] estão sujeitos não sejam esquecidos e esmagados. Citou também o exemplo do problema das migrações, que está apenas a ser tratado com paliativos e não com um verdadeiro remédio.

Os representantes da Rede África-Europa, Fé e Justiça (AEFJN), pela Antena AEFJN, da Rede Miqueias, do Objectivo 2015 e da Pobreza Zero apresentaram ainda, ao Presidente da República, os resultado da campanha «Levanta-te e Actua», que mobilizou 93.707 pessoas em Portugal, o país que percentualmente mais gente movimentou na Europa.

Também eu escrevo como escrevi o ano passado, e no ano anterior, e provavelmente noutros que hão-de vir. Parece que é moda esta consciência de que o mundo é tão dolorosamente desigual. Mas é uma consciência à flor da pele em que cada um cada um continua a pensar nos recursos de que pode dispor, olhando para os outros, aqueles que sofrem e morrem sem oportunidades, como filhos dum Deus Menor a que felizmente não chamam Pai.

Os recursos do planeta não são inesgotáveis. Se nivelássemos todos pelo padrão dos privilegiados do consumo precisaríamos dos recursos de dois planetas. Há pois que racionalizar as necessidades. Mas quem aceita este desafio?


44 comentários:

fa_or disse...

"os pobres não precisam de esmolas, mas de justiça e, principalmente, de oportunidades."

Grande frase!

Se houvesse justiça não seriam precisas esmolas... que humilham ainda mais quem já se sente por demais humilhado!

Silvia Madureira disse...

parabéns a todos os que conseguem viver com um euro por dia...

Já imaginaram a força de vontade que é necessário ter para não haver desistência de viver?

Todas estas pessoas terão concerteza uma grande resistência psicológica.

Beijinho Lídia

P.S. que possam haver cada vez menos pobres

Eme disse...

A grande reflexão que este post obriga. Quem aceitará este desafio? ´Todos para começar. O problema é tão grave que tem de haver resposta e acção de todos os lados. O universal cada vez depende mais do particular.Pode significar pouco tentar chamar a humanidade inteira: é que o força estará sobretudo em cada ser, não é por acaso que Cardijn citou o seguinte: "a alma do mais humilde operário vale mais do que todo o ouro do mundo".
Irá cada ser ter a coragem e a partir daí desencadear uma corrente humana gigantesca unindo-se no combate definitivo á pobreza?

Abraço

O Puma disse...

é preciso resistir

mesmo que os ventos não sejam

favoráveis

Teresa Durães disse...

soube que só em cosméticos dava para alimentar uma grande parte da pobreza mundial

Anónimo disse...

está tudo fundamentado na forma como se divide o bolo...como sempre há grandes gulosos...
abraço

Jorge P. Guedes disse...

Pois, Lídia, da teoria à prática...

É tudo muito bonito, muito politicamente correcto, mas abdicar de um pouquinho do que é de cada um dos países para o distribuir entre os que nada t~em é mais complicado.
Ficam-se pelos discursos e pelos bons jantares onde se discute a pobreza no mundo.
Que a comida lhes não preste!

Um abraço e parabéns pelo escrito.
Jorge P.G.

Odele Souza disse...

Quanta tristeza pode-se ver no homem da foto.
Acredito que a pobreza poderia sim ser diminuida, tivessem os pobres mais "justiça e oportunidades"

E para não mais esperar pela atitude - que nunca vem dos governos - uma corrente mundial de solidariedade contra a pobreza. Todos nós, de todos os cantos do mundo. Haveríamos de vencer a pobreza. Utopia? Não, AÇÃO!

Meg disse...

Lídia,
Estou contigo em mais este post.
Mas hoje não me apetece ser políticamente correcta e por isso o que vou dizer pode parecer uma parvoice.

Todos os anos essas organizações aparecem nos media e são recebidas por chefes de Estado e Governantes. E todos os anos os chefes de Estado e dos Governos se mostram surpreendidos e chocados com os números que se lhes apresentam.

E aí vai uma pergunta sem resposta.

Porque é que estes assuntos relacionados com a pobreza são tratados em gabinetes, em lautos jantares, obscenos se considerarmos o fim que leva essa gente ali?
Não seria muito mais eficiente, essas pessoas tão influentes irem resolver esses mesmos assuntos lá mesmo aos lugares onde a pobreza existe, sobreviverem lá só uma semana, sentirem na pele a realidade da "coisa"? Fazerem um périplo por vários pontos negros, trabalharem lá, nas condições existentes, sem mordomias, sem espectáculo mediático.
Ai, Lídia, aposto que muito mais resultados se obteriam.
E agora não me chames louca, só estou terrivelmente indignada com a hipocrisia vigente.
Quero que a pobreza lhes entre pelos olhos, pelo estômago, pela pele, pelas narinas...

Um abraço recalcitrante mesmo

Zé Povinho disse...

Alguém já apontou o abismo que vai da teoria à prática, e bem. A função dos governantes é precisamente a de criar mecanismos de justa distribuição dos recursos e da riqueza gerada, o que manifestamente não fazem. Mas aos cidadãos cabe também a tarefa de saber escolher quem os governe, e manifestar o desagrado sempre que aqueles não cumpram a sua tarefa.
O voluntarismo, ajudando pontualmente, é importante mas não chega. Sem participação cívica e espírito crítico não vamos lá.
O povo demite-se muitas vezes de participar activamente na sociedade e isso permite que os oportunistas e gananciosos vão aumentando o seu poder e controlem tudo de modo a maximizarem os seus próprios proveitos.
Abraço do Zé

Anónimo disse...

Pois é essa a questão, é que ninguém está disposto a ceder sob pena de perder a supremacia no que quer que seja em favorecimento de outro. No fundo trata-se de um mundo cão em que para se parecer justo e solidário se dá ares de mudança e de cooperação, mas no fim "venha a nós o vosso reino". É uma hipocrísia sistemática e banalizada. Quem sofre são sempre os mesmos e isso é que é triste.
Saudações do Marreta.

Manuel Veiga disse...

..."é uma consciência à flor da pele". nem mais! excelente síntese. quem diria melhor?

beijo e beijo

Pata Negra disse...

Em suma: em Portugal não são respeitados os Direitos Humanos.
Os nossos governantes, tal como os ditadores que dizem abominar, calam e consentem a pobreza do alto das suas mordomias e dos seus projectos megalómanos.
A pobreza mora à minha porta, não me culpem dela nem me venham dizer que lhe sou indiferente. - Não vos pedimos que dêem, apenas vos exigimos que distribuam.
Um abraço à Silêncio em alvoroço

Compadre Alentejano disse...

O certo é que o (des)governo nada faz para diminuir o número de pobres em Portugal, parece que está mais interessado em aumentar, Senão, veja-se o que ele tem feito com a classe média...
Um abraço
Compadre Alentejano

Zé Miguel Gomes disse...

Somos todos os dias pobres (de tudo, quase tudo).

Fica bem,
Miguel

António de Almeida disse...

os pobres não precisam de esmolas, mas de justiça e, principalmente, de oportunidades.

-Subscrevo, é a tal questão de dar um peixe por dia ou a cana de pesca. A crise económica de facto não ajuda, veremos como será possivel sair dela, antes que surjam novos pobres aos milhões. Este é um daqueles objectivos que todos subscrevemos sem hesitação.

Anónimo disse...

Afinal este é um tema que os políticos prometem combater antes das eleições. Depois vemos que afinal eles têem outras prioridades.

Passo em várias cidades e cada vez são mais os pedintes que estendem a mão.

Na realidade é necessário criar riqueza nacional, caso contrário seremos uma nova Cuba, sem o clima e as condições hoteleiras desta.

Lá também existem os pobres que, em racionamento, convivem com os luxos distantes dos hotéis para estrangeiros.

A realidade social leva-nos para outro quadrante: confiamos naqueles a quem damos uma "esmola"? Ou vemos muitos pedintes, jovens e não só, que pedem e depois vão comprar a droguita que os alimenta?

Hoje como nunca o flagelo da pobreza chega aos jovens que não encontram objectivos para a vida.

A situação social precisa de ser olhada com olhos de ver. Só não vê quem não abre os olhos, se demite do seu dever de cidadão, ou defende habilidades partidárias.

Mas há quem peça por profissão. Há que ter controle nestes!

Antigamente havia onde os colocar. E agora? Não há hipótese porque são uma fatia mais grossa da sociedade e que, tudo assim o indica, tende a engrossar mais.

Saudações e um sorriso

Elvira Carvalho disse...

Todos os anos numa determinada data se fala da pobreza, e depois vai cada um à sua vida e parece que não se lembram mais do assunto até ao próximo ano.
Um abraço

mfc disse...

Todos os anos...
E o que é que mudou?!
Que tristeza.

Lúcia Laborda disse...

Oie linda, obrigada pelo carinho de sempre! Será que essa promessa vai ser cumprida? Tenho minhas dúvidas. Porque de promessas em promessas, o tempo passa e tudo cai no esquecimento. Mas vamos dar um voto de crédito.
Beijos

Elvira Carvalho disse...

Não gosto de falar disso aqui, mas não tenho seu email.
Está difícil. Uma das costuras infectou. Passei a manhã no Hospital do Barreiro, teve que ser reaberta para limpar, e vim para casa com antibiótico, anti-inflamatório, comp, para as dores, e uma carta para ir dia sim dia não ao centro de saúde fazer o penso.
Um abraço

São disse...

E o pior é que a pobreza aumenta e muda de face.
E o que (me) indigna , enfurece e magoa é saber que não é_ pura e simplesmente não é!! - inevitável, mas sim origindad pel cobiça e desumanidade de alguma criaturas que pensam exclusivamente em si e nos seus caprichos!!
E, por exemplo, demagogicamente Ferreira Leite fala nos novos pobres , mas opõe-se à sibida de um ordenado mínimo que , mesmo assim, continuará miserável!!
Um grande abraço, amiga.

Anónimo disse...

O que me chamou a atenção foi o título nos comentários deixados no blog da nossa amiga Olhos de Mel, por isso vim conhecer o teu espaço. Estou encantada com teus artigos, a forma de expressar a tua preocupação com o ser humano, teu jeito de analisar os problemas sociais, enfim, com a tua maneira de enxergar o mundo e os rumos que estão delineando o futuro da humanidade. Este é, realmente, um espaço que faz a diferença na blogosfera. Gostei muito de ter estado por aqui e pretendo voltar.

Deixo um raio de sol a iluminar o teu dia e um beijo no coração.

Zé do Cão disse...

A melhor maneira de acabar a pobreza e arrebentar com tudo e pronto está resolvido de vez.

Passamos todos sem excepção a ser pobres. (Pobres, pedintes, miseráveis, etc, etc.)

E depois marcam um dia para festejar e em honra dos poucos que não são pobres.
Palavra que não estou a brincar, acho que é o rumo que isto está a levar.

Alexandre disse...

Infelizmente, não vislumbro nenhuma solução nem tomada de nenhuma medida séria para atenuar a pobreza... pelo contrário...

Muitos beijinhos!!! Bom domingo!!!

ManDrag disse...

Salve! Lídia
A pobreza é a condição mais antiga desde que a humanidade inventou a propriedade privada. Não há sistemas sociais e políticos, nem ideologias que possam pôr termo a isso. Enquanto esta civilização dominar e evoluir a pobreza é uma condição inevitável.
A pobreza só se extinguirá com a extinção do Homo Sapiens.
A voracidade do Homo Sapiens não entende a superior necessidade da Ética no comportamento individual e social. Essa Ética está além das capacidades mentais do Homo Sapiens.
Até à nossa extinção resignemo-nos com o humilhante espectáculo das nossas mesquinhas limitações.
Abraço.
Salutas!

A Flor disse...

Bom dia querida e um Bom Domingo para Ti! :-)

Pobreza.... à tanta gente pobre!... os ricos, mas pobres de espírito... quantos e quantos pobres à que são bem mais ricos do que... blá blá blá


Linda, o meu obrigadão pelo teu carinho lá no meu canto... infelizmente ando cheia de trabalho não tenho tido tempo para a blogoesfera, mas tens um cantinho no meu coração.. :-D

Aqui, no teu espaço, debate-se assuntos sérios e actuais... nunca deixes de ser a pessoa maravilhosa e generosa que és... és especial...


Xi-coração de muito carinho da amiga Flor

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

Olá querida Lídia, votos de bom Domingo... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha

Å®t Øf £övë disse...

Lídia,
Tudo isto me parece de uma enorme hipocrísia, porque bastaria canalizar todos os recursos gastos nas guerras para o combate à pobreza, e com toda a certeza que este problema já não existiria à face da terra.
Bjo.

Menina do Rio disse...

Bom seria, não fosse utopia...

Um beijo pra ti querida

Ps: Já conseguistes te encontrar com Aline? Ela agora está no comando de um restaurante vegetariano em Oeiras. Diz que trabalha 12 horas por dia.

Fica bem, amiga

Mar Arável disse...

O problema é a distribuição

do que se produz

JOY disse...

Olá Lidia,

È realmente chocante ver uns quantos com muito, demais mesmo e depois , muitos milhões que nada têm, com os paises mais desenvolvidos na maioria das vezes assobiarem para o ar, como se não fosse nada com eles.Como se torna possivel as pessoas sobreviverem com um dolar por dia quando muita boa gente gasta mil vezes mais para comprar um par de sapatos de marca. Até quando os mais desfavorecidos e necessitados irão suportar esta situação sem por força da fome reagirem no que será um verdadeiro tsunamy de desesperados. Não poderia estar mais de acordo com o comentário da meg.

Abraço forte para ti
Joy

José Lopes disse...

A pobreza tem inúmeras faces, e nem todas se nos revelam na sua verdadeira extensão. São muitos os que ainda não se sentem com coragem para se afirmar derrotados por um sistema que os exclui, e não se manifestam, e infelizmente são muitos. A vergonha e as regras do sistema fazem com que muita miséria permaneça escondida, e dessa não nos fala a estatística.
Estar empregado nos nossos dias não exclui os cidadãos da miséria e da exclusão.
Cumps

São disse...

A culpa é da democracia, suspendam.-na por seis meses( ou quarenta e oito anos) e tudo se resolverá a contento.
Beijinhos, querida.

lua prateada disse...

Oportunidades isso sim eles merem quão verdade isso é,mas e quem lhas dá???infelizmente falam e falam mas nada fazem.
Dar uma esmola para ir viver quão triste e quanta humilhação para tantos mas mesmo assim o nosso primeiro ministro axa que ninguem morre de fome em Portugal.Bem amiga assunto aqui para mangas.
Felicidades e beijinho prateado com muito carinho.

SOL

Oliver Pickwick disse...

Querida Lídia, ando tão cheio destas organizações e destes chefes de estado que, nem gasto mais meu latim em escrever algo acerca das suas atividades. Tenho certeza que debruçarão em verdadeiros estudos para erradicar a pobreza, no dia em que nascer dentes em galinhas. Ok, o seu blog merece algo mais rebuscado. Substituo a última expressão por "nas calendas gregas". ;)
Um beijo!

Lúcia Laborda disse...

Oie linda! Um belo post, sem dúvidas! Acredito que tudo que damos enfôque, ou marcamos, fica perpetuado. Pensando assim, será que deveria mesmo ter esse dia? Acredito, como você, isso é uma vergonha. Por que tanta diferença social? Existem coisas que por mais que pense, não encontro respostas.
Um fim de semana cheio de paz e luz!
Beijos

São disse...

Querida, bom fim de semana.
A mãe de Alex, como vai?
Abraço fraterno.

Peter disse...

Sinto-me mais profundamente abalado quando, como muitas vezes já me tem acontecido, sou abordado na rua por uma senhora, na casa dos oitenta e tais, vestida de negro mas com dignidade, torcendo nervosamente a pequena malinha de mão, por fazer uma coisa a que não estava habituada e que em voz muito baixa me pede uma ajudinha.

É a pobreza envergonhada.

amigona avó e a neta princesa disse...

A falta que me tens feito, querida Lídia! Como gosto de te ler e como tenho tanto para "ficar em dia"!!!
Quanto ao teu texto, sublinho é que os pobres não precisam de esmolas...essa é a maneira mais fácil de resolver o problema...o mais difícil é estar ao seu lado no dia a dia de cada um a tentar melhorar o mundo em que todos vivemos...beijos minha querida...

Elvira Carvalho disse...

Passei amiga, para lhe deixar um abraço e lhe desejar uma boa semana.

SILÊNCIO CULPADO disse...

SÃO

A mãe do Alex tem uma cirrose derivada da hepatite C. Estou a acompanhá-la nos exames e depois nos tratamentos.
Obrigada amiga, peço cuidado.

Abraço fraterno


A TODOS OS MEUS VISITANTES

Peço desculpa pela minha ausência que não é obra do descaso mas da situação que refiro na minah resposta à São.

Já tenho saudades vossas e, por isso, vou tentar pôr as visitas em dia.


Abraço

. intemporal . disse...

Lídia

Há muito tempo que não dava um passeio por Lisboa, sózinho, numa tarde de Domingo.

Fi-lo ontem, e deparei-me com uma Lisboa deserta, povoada moderadamente por turistas, onde a mendicidade era uma realidade por muitos dos cantos.

A pobreza, a solidão, o abandono.

Uma realidade aos olhos...

Um abraço apertado.

Zé do Cão disse...

Só os pobres se preocupam com a pobreza.
O resto, os ricos, os novos ricos, os governantes (que já foram pobres)assim que dão o salto( ou assalto) querem lá saber dessa massa ranhosa que somos todos nós, sócios desta sociedade em decadência, onde todos os dias entram novos socios.