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TOXICODEPENDÊNCIA, INTERESSES OBSCUROS E SOLUÇÕES


VOU ESTAR AUSENTE ATÉ 10 DE FEVEREIRO.ATÉ LÁ DEIXO ESTES TEXTOS PARA TROCA DE IDEIAS.PORQUE A DROGA EXISTE E DESTRÓI. PORQUE A DROGA É UM FLAGELO. PORQUE NÃO PODEMOS IGNORAR QUE O FLAGELO EXISTE E EXIGE MEDIDAS DE FUNDO PARA O COMBATER.


No mundo das drogas: a legalização e o tráfico

O consumo de drogas tornou-se o flagelo da humanidade assumindo tais dimensões que inviabilizam soluções no actual quadro do mundo presente vocacionado para um lucro que nada respeita, nem famílias, nem gerações, nem solidariedades. Um lucro ignóbil que põe em confronto riquezas e misérias extremas produzidas em máquinas gigantescas como o comércio da droga e das armas.
Digamos que a humanidade vive no contraciclo da construção, diminuindo-se, aviltando-se e perdendo os seus valores.
Há quem defenda perante tão vil humilhação que o tráfico da droga se combate através da legalização tal como a disseminação da SIDA se combate através da troca de seringas na prisão.
Relativamente ao tráfico, e para aqueles que defendem que o seu combate se faz através da disseminação legal de todo um conjunto de drogas leves, eu ponho reservas honestas, por não terem tabus, que este possa ser o caminho.
E isto porque num paraíso chamado Amesterdão o actual Perfeito já não consegue controlar o crime nem a degradação dos espaços resultante duma cultura de aparente liberalização sob pretexto de que a mesma faria diminuir o crime proveniente dos assaltos e do tráfico organizado.
Mas não foi preciso mais que uma década para que as ilusões fossem desfeitas mostrando o verdadeiro lado das intenções sempre assente no stato quo de sustentar impérios.
O actual Perfeito da cidade assume que quer limpar pelo menos o centro de Amesterdão do crime organizado, restringindo bares e cafés onde podiam ser exercidos livremente a prostituição e o consumo das drogas autorizadas. Diz o Perfeito que Amesterdão poderá ainda ter sexo e drogas mas de uma maneira que mostre que a cidade está sob controlo. E o que se subentende das palavras em itálico diz tudo duma cidade que visitei há mais duma década e que já nessa altura, e contrariamente a muitas opiniões que viam nela um paraíso de liberdades, me impressionou desfavoravelmente.
Não pretendo defender o meu ponto de vista até porque não tenho certezas. Apenas um mundo de interrogações. Pretendo sim, e apenas, trazer a debate e levar a reflectir sobre diferentes visões sobre tão sensível matéria para que através do confronto de ideias surjam posições sustentadas por factos que interesses múltiplos insistem em esconder.
E isto porque vivemos num mundo de contra-sensos onde se defende tudo, até o indefensável, com uma falta de pudor que choca e avilta mas que prolifera impunemente.
E se sou tolerante e solidária para aqueles que entram no mundo das drogas e que sofrem horrores por elas e em prol delas, o mesmo já não acontece em relação a quem vive do sangue alheio e se redime criando clínicas que complementam o seu negócio. Por detrás destes militantes activos do crime organizado estão figuras das mais graúdas e intocáveis que desempenham papéis sociais aparentemente incólumes na defesa de valores por vezes à sombra de religiões que exibem como feudos das suas couraças.


No mundo das drogas: Não sejamos hipócritas


Segundo dados oficiais mais de 100.000 portugueses vivem em situação de toxicodependência sendo que apenas cerca de um terço recebe tratamento nos CAT´s. Portugal é também, seguido da Espanha, o País que mais regista aumento de casos de HIV entre esta população fragilizada. Várias vozes se erguem a defenderem as salas de chuto, a troca de seringas nas prisões e até a legalização das drogas. Que entre os toxicodependentes estas posições sejam assumidas eu entendo e respeito. Que dor e aflição não passam estes presos dum vício que não os liberta e que os leva a cometerem actos que repudiariam em circunstâncias normais? E quando nós estamos no auge da dor ou da necessidade extrema não aceitamos soluções, sejam elas quais forem, que nos arranquem do corpo e da alma os gumes das facas que nos manietam? Para o toxicodependente consumir sem marginalidade acrescida e libertar-se do horror da procura e da humilhação, é como mostrar-lhes o paraíso vislumbrado dum inferno onde vão ardendo sem mãos que os afaguem. Sim, eu entendo que quem está, ou passou por isso, defenda essas situações. Também entendo essa defesa por parte de alguns bem-intencionados que vêm nela a solução para um tecido social que se rompe e não se regenera. Também não pretendo pôr uns entreolhos na defesa do meu ponto de vista tornando-me impermeável a opiniões contrárias. Entendo, sim, que devemos questionar os caminhos, que às vezes nem o são, porque para haver escolha tem que haver alternativas e para haver liberdade de escolha terá que haver informação. Relativamente à troca de seringas, nomeadamente nas prisões, confesso que não a entendo muito bem. Como é possível que em relação a drogas cujo tráfico é crime se assuma que se deverá praticar esse crime porque se colocam nas mãos das vítimas armas sanitárias esterilizadas? E mais: como podemos nós achar lógico que em prisões onde, por princípio, deveria imperar a segurança e a impermeabilidade ao crime organizado, o mesmo aconteça sob os olhares dos guardas e que, ao invés de se combaterem os prevaricadores, se dêem aos doentes condições para não se redimirem do vício que lhes roubou duas vezes a liberdade? O mesmo acontece em relação às salas de chuto. Claro que eu acho que o toxicodependente não deverá ser duplamente humilhando injectando-se no pó e na disseminação de vírus sob olhares recriminadores e assustados, que por vezes os enxotam como a vermes, esquecendo que são seres humanos e vítimas dum sistema que não se condói de fraquezas nem de maus-passos. Um sistema que cria a vítima que depois vem mostrar como uma orientação para a salvação da sua face humanista que cada vez é mais só fachada porque a máquina continua intocável a produzir lucros para os impérios que a sustentam. Mas como podemos nós defender salas de chuto e troca de seringas sem ir ao âmago da questão? E a questão está na prevenção e no combate ao tráfico. A questão está na salvação dos que enveredaram no caminho das drogas e não no prolongamento da sua agonia. Ou não será assim?


No mundo das drogas: O POLVO


Fala-se da dor mas não se fala de quem a produz. Fala-se do Universo feio dos que consomem mas não se fala de quem lá os pôs. Fala-se de medidas para castigar os que prevaricam mas não se fala em prevenção. Ou talvez se fale um pouco de tudo mas apenas para confundir e deixar na sombra os monstros gigantescos. Acredito que o Homem seja vítima das suas próprias criações e que desmontar os impérios da droga já não se faça de forma pacífica nem resultados tranquilos. Um Relatório da ONU, de 2005, dá-nos conta que o mercado mundial de drogas ilícitas supera o Produto Interno Bruto (PIB) de 88 por cento dos países do mundo. Mas para que se perceba melhor as implicações deste polvo transcrevo algumas passagens dum trabalho da autoria de Osvaldo Coggiola e publicado em “O olho da História” que poderá ser consultado na Internet. “Foi largamente demonstrado que a oferta de coca latino-americana é simplesmente a resposta à demanda dos 40 milhões de consumidores das drogas legais (…). A América Latina se degrada ao ver-se obrigada a integrar-se como abastecedora da importante população dos países desenvolvidos que recorre aos excitantes e calmantes artificiais para evadir-se da alienação laboral, da falta de horizontes sociais, ou da destrutiva competição hiperindividualista imposta pelo mercado. O consumo de drogas, que o capitalismo universalizou e massificou em cada época em grupos sociais e nacionais diferentes, esteve, na década de 1980, diretamente associado à extensão da marginalidade, da pobreza e da desocupação. O capitalismo só pôde oferecer crack, cocaína e heroína aos jovens que não emprega, aos emigrantes que expulsa, às minorias que discrimina ou aos trabalhadores que destrói. Na América Latina só reingressa entre 2 e 4% dos US$ 100 bilhões que produzem anualmente as vendas de cocaína nos Estados Unidos. A parte mais lucrativa do negócio é incorporada pelos bancos lavadores e, em menor medida, pelos próprios cartéis que internacionalizaram a distribuição de seus lucros, seguindo o padrão de fuga de capitais que desenvolveram as burguesias latino-americanas na última década. O preço da coca na plantação boliviana é 250 vezes menor que nos EUA. A mesma mercadoria no porto colombiano é cotada 40 vezes menos que nas cidades norte-americanas. Esta impressionante diferença é uma manifestação típica do intercâmbio desigual que governa os preços de todas as matérias primas latino-americanas. Para o principal país consumidor, os EUA, o narcotráfico é, à primeira vista, um grande problema. Bilhões de dólares têm sido gastos na guerra aos traficantes, e igual quantia tem sido perdida em consequência do vício dos cidadãos norte-americanos (gastos com reabilitação, perdas na produção, aumento da criminalidade etc.). Por outro lado, o narcotráfico é de grande utilidade para os EUA, chegando a gerar lucros, pois com a venda dos componentes químicos das drogas, a economia americana recebe em torno de US$ 240 bilhões, uma parte dos quais é investida em diversos setores da economia ou vai para os bancos. Os bancos da Flórida são especializados em "lavar" o dinheiro dos narcotraficantes e neles circula mais dinheiro em efetivo do que nos bancos de todos os demais estados juntos. Os EUA recorrem ao protecionismo para resguardar seus "narcoprodutores" da competição externa. Utiliza desfolhantes contra o cultivo de marijuana no México, para favorecer seu desenvolvimento na Califórnia; destrói laboratórios de drogas proibidas no Peru e na Bolívia para reforçar o envenenamento legalizado que realizam os monopólios farmacêuticos com estupefacientes substitutivos; luta contra as drogas naturais e processadas em defesa das sintéticas patenteadas e comercializadas pelos grandes laboratórios; guerreia contra os cultivadores latino-americanos auxiliando seus velhos sócios do sudeste asiático. A repressão extra-econômica ao tráfico é a forma de regular os preços de um mercado potencialmente estável pelo caráter viciante do produto. Com a "guerra ao narcotráfico", os EUA tratam de salvaguardar suas companhias químicas provedoras de insumos para o processamento, propiciando, em geral, uma "substituição de importações" no grande negócio de destruir a saúde e a integridade de uma parte da população (…). O domínio do comércio de narcóticos foi, desde o século passado, um campo de rivalidades interimperialistas e, por isso, a atitude do governo estadunidense frente ao problema nunca se baseou em considerações sanitárias, mas nas alternantes necessidades políticas. Isto explica o oscilante predomínio de períodos de tolerância e repressão, permissividade e perseguição, e o tratamento do consumidor como delinqüente ou enfermo.




50 comentários:

Paula Raposo disse...

Não li o teu post. Porque não preciso de ler. Porque sei do que falas. Porque é complicado. Porque sei do que falo. Porque não é fácil. Porque...um dia o sonho é...muitos beijos. Obrigada.

C Valente disse...

Saudações amigas

Anónimo disse...

Obrigado por SEGUIR o VARAL! Ficamos muito honrado com suas visitas!

Bjs

Mare Liberum disse...

Passei para te deixar um abraço apertado mas voltarei para te comentar. O tempo é curto e tão longos posts, sempres assisados, merecem uma leitura atenta e comentário adequado.

Beijinhos mil

gaivota disse...

é um tema muito vasto, muito complexo e de muita atenção, e
soluções???
só mesmo os próprios consumidores a terem que querer, MUITO, MUITO,
sair e largar as ditas substâncias, sem olhar para trás...
produtos tóxicos ou não, mas se causam dependência física e/ou mental...
e as lícitas e as ilícitas...
muito envolvente!
beijinhos

Jorge P. Guedes disse...

Textos para ler e meditar, embora tenha do tema uma opinião formada há muito tempo.
É necessário que todos os envolvidos queiram, mesmo, acabar com a toxidependência.

O mundo da droga, como o das armas, gera muitos milhões!
Dou um pequeno exemplo, deixando uma pergunta:
Alguém acredita, convictamente, que haja um governo, um só que seja, que queira mesmo que os fumadores deixem de fumar?

Um abraço.

Arnaldo Reis Trindade disse...

Deixo um abraço, darei uma lida nos posts e espero teu retorno em breve.

Anónimo disse...

Querida amiga; complicado esse mundo e difícil entender, o que leva uma pessoa a se envolver com ele, tendo pleno conhecimento dos malefícios. Porque não existiria o tráfico, se não houvessem consumidores.
Sem a menor dúvida, um belo post, para reflexão.
Boa semana! Beijos

A Flor disse...

Bom dia minha querida Amiga! :-)

Como sempre, temas interessantes...

Eu digo NÃO às drogas, sejam elas quais forem....

Tenho dois filhos, não sei o dia de amanhã, que Deus mos proteja...

Tem uma excelente semana linda!

Se puderes passa pelo meu cantinho para saberes das últimas. Estou muito satisfeita... :-) Só falta mesmo aparecer-me o princípe encantado... ahhahahah

Beijos mil te deixo


Flor

Anónimo disse...

É um tema tão complexo que, por vezes, não sei o que dizer. Só na educação, com carinho e energia, poderemos fazer algo que dure.

sonia a. mascaro disse...

Olá Lidia, como sempre seus posts são sempre importantes. Vou voltar mais tarde para lê-lo com mais calma.

Aqui vai uma informação sobre o Ecological Day. A querida amiga Elma, do Caliandra do Cerrado vai hospedar o Ecological Day no próximo dia 2 de fevereiro e nos outros meses também. Estou muito contente por esta parceria. Seus posts sobre ecologia foram sempre excelentes! Aqui o link para o Caliandra do Cerrado
Esperamos por sua participação!
Beijos.

Fatyly disse...

Li o texto todo que está muito bem escrito e descreves com precisão os vários patamares da toxicodependência.

Depois ao longo da minha vida acompanhei o calvário de famílias por terem um filho, um sobrinho, um neto metido nas drogas e sempre, mas sempre numa escalada assustadora. Mil tratamentos-zero! Algumas ficaram sem nada, por venderam tudo o que tinham para, através de clínicas famosas, poderem sair, mas - zero!
Anos e anos - consumo, tráfico-consumo-tratamento-criminalidade-tráfico-presos-soltos-presos- tráfico-consumo e hoje já homens e mulheres feitas e abandonados pelas famílias completamente desfeitas e sem qualquer acompanhamento psiquiatrico e ou psicológico, puseram-nos na rua, ou melhor...eles próprios foram-se embora.
Conheço uma mãe - criticada pela vizinhança, mas apoiada pelos outros filhos, noras, genros e netos, que optou por dar ao filho - hoje com 40 anos - um X por dia para ele comprar e consumir. Certo ou errado, eu não sei, só sei que nunca esteve preso, não anda em grupos, nunca roubou nada a ninguém e ela diz-me muitas vezes: é meu filho e foi a melhor opção que tomei já lá vão vinte e tal anos, para além de cama-mesa-e roupa lavada, pelo menos durmo descansada porque o tenho em casa (isto depois de inúmeros tratamentos)e ajuda o pai nos seus biscates.
Até que ponto os governos têm interesses nisso eu não sei. Até que ponto as autoridades são colaborantes, coniventes e beneficiadas, eu não sei...

Só sei que se não houvesse procura, não haveria oferta, porque se há quem consiga se afastar das drogas, quantos não são sovados, injectados e até mortos pelos traficantes? ou por ajustes de contas ou porque perderam clientes.

As salas de chuto para mim serviam apenas como um "abrigo adequado" para que consumissem sem usarem o material dos outros e até para uma eventual terapia, porque só o próprio é que querendo poderá sair.
Informação? existe e muita
Prevenção? existe e muita

e em casa há diálogo? na maioria sim e então porque enveredam pelas drogas em qualquer idade?
Porque existem adultos, bem casados e posisionados na vida dão festas onde a "droga" é a convidada nº.1? É só nas cadeias?, na rua?
Um monstro com várias faces e 80% da criminalidade actual que assola o nosso país é pela e para a droga, porque na ausência desta, fazem tudo o que lhes mandam.

Acabar com tráfego? nunca, mas nunca acabaria porque já vem de há milhares e milhares de anos.

Se se vende na farmácia tantas drogas para nos curar as maleitas, porque não vender ou dar uma dose para além do limite já despenalizado a quem depende dessa maleita para não sofrer?

Em todo este mundo da droga, ao qual infelizmente se junta o HIV por relações desprotegidas, por troca de seringas, por...por... há inúmeros "interesses obscuros" que descaradamente e torneada por soluções hipócritas os governantes taparão o sol com a peneira, ou melhor dizendo: dão uma no cravo e outra na ferradura.

Falas de Amsterdão onde estive há 11 anos e não vi nada, até nos bairros circundantes, do que se vê na minha rua, porque só era proibida não sei se a heróina ou cocaína e com o avançar das drogas esse tal Perfeito, deveria ser mais perfeito na actualização versus autorização das drogas.

Para haver soluções deveria existir mão dura para quem trafica, porque as autoridades sabem quem são, mas são intocáveis e que se pavoneiam por aí como grandes senhores, com contas abismais...alguém dos sucessivos governos se interessou pelo caso? e já agora pela verificação da má actuação da maioria dos centros privados e públicos????
A meu ver salvam-se alguns médicos...

Já agora...quer na guerra colonial, quer nas actuais guerras o que administram aos soldados para cometerem atrocidades? Se isso já é permitido e mais que usado...então que despenalizem a droga, porque a meu ver não aumentaria o nº....porque o fruto proibido é o mais desejado.

Um negócio dantesco mas que rende triliões e mal de quem entre no seu consumismo.

Uma beijoca

Anónimo disse...

Lídia,
Voltei! Depois de apagar as fotografias que "punham em risco os jovens e funcionárias do Novais e Sousa. Apaguei os slide-shows das festinhas de natal, e outros. Alguns já lá estavam há mais de dois anos...
As pessoas passam e as instituições ficam... Esperemos!
Em relação ao assunto pertinente que mais uma vez nos trazes, sou céptico em relação à liberalização das drogas. Como bem focas na tua postagem, a Holanda atravessa um aumento de criminalidade derivado à droga. A liberalização até aí concedida não diminuiu o consumo, nem o "legalizou". O tráfico continua e (in)devidamente organizado. Sabe-se que o consumo de uma droga chamada de "leve" mais tarde ou mais cedo leva ao consumo de uma droga "dura". É um ciclo viciosos em que as autoridades são como o camaleão.Hoje prende-se, amanhão damos-lhe seringas. É o voto. sâo os interesses. Existem países que o seu principal índice de exportação é a droga. Como bem referes, esta associa-se ao tráfico de armas e de pessoas.
É uma guerra perdida, principalmente quando as leis são condescendentes e até impulsionadoras.
Devia haver um verdadeiro combate aos tráficos, e tratamentos -verdadeiros- que libertassem as PESSOAS da droga e as inserissem na sociedade. Não dar-lhes outra droga paga por todos nós.Assim mantemos um toxicodependente "agarrado" para a vida toda, até se destruir totalmente, com os problemas sociais que daí advêem, cpontribuindo para o aumento da criminalidade. O vício custa muito dinheiro. Não o tendo vai tudo á frente. Família também.
Com o dinheiro que os estado gasta em seringas, em drogas de substituição, podia consolidar um verdadeiro contexto de abordagem ao problema da toxicodependência.

Saudações e um sorriso
PS: Boa ausência!

Dalaila disse...

eu tive tantos coelgas de escola, que agora arrumam carros, outros que já morreram, outros que sobreviveram, outros que não tocaram, e esses de facto são os que estão melhores.

garnde abraço

Anónimo disse...

Boa leitura por aqui.



Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

Visite www.arteautismo.com disse...

Lídia, passei para te desejar boas férias , já que voltas em fevereiro.
Sobre o post , deixo-te esta frase:
***********************************
"Drogas...
a certeza da ida, a incerteza da volta!!!"
Um beijo minha querida!
Ray

Fábio Savelha disse...

http://karmeting.blogspot.com

Parabéns pelo blog!

Nilson Barcelli disse...

Gostei do teu post, o assunto está muito bem tratado.
Como tocas em muitas vertentes (e bem) vou apenas falar de 2 aspectos.
No centro de Amesterdão (red zone, etc.) quase não moram holandeses. O ambiente é pesado, principalmente à noite.
É muito fácil acabar com o tráfico de droga. Basta acabar com as offshores. Mas ninguém está interessado. E a realidade é atroz, pois se não fosse o dinheiro sujo que passa nas offshores esta crise teria começado muito antes...
Beijo.

Anónimo disse...

Virei com mais tempo para ler este post com atenção. É um tema sensível e muito...muito importante...e obscuro como dizes..

Anónimo disse...

aquilo que se constata até mesmo directamente ao vivo... representa um dos maiores caos da sociedade e das relações humanas; é chocante ver tanta vida desperdiçada nas mãos de grandes poderes...
abraço

fotógrafa disse...

Enquanto houver cartéis da droga, este flagelo irá pervalecer...
não tenho grandes esperanças que este flagelo acabe rápido,pois andam muitos ineteresses á frente de tudo isto...infelizmente!
Por mais boas vontades e desejos de pôr cobro a este negácio, acho muito dificil conseguir achar a ponta da meada...
abraço e boas férias, se fôr o caso

O Árabe disse...

Belo post, amiga! Confesso que se de mim dependese, teríamos pena de morte sumária, para os traficantes.

Carol Bonando disse...

Ola, anda desaparecido(a) do meu blog, resolvi entrar aqui para ver se tinha falecido... que bom que nao!
estou feliz por estar lendo seus posts novamente e espero que leia os meus contos...
abraço
e até breve!

Elvira Carvalho disse...

Confesso que só li metade do texto. Vou tentar ler o resto mais tarde. O tempo é muito curto e os posts longosdevem ser lidos com o mesmo cuidado que os curtos. Especialmente quando se trata de um tema tão abrangente e doloroso como este.
Um abraço e bom fim de semana

Anónimo disse...

Mãe compra a pronto casa a offshore
Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).

Leia mais pormenores sobre este caso, em exclusivo, na edição do CM deste sábado.

calamity jane disse...

Bom dia! Venho aqui chamar a atenção dos autores do blog e dos seus visitantes para ESTE CASO
Porque a discriminação deve ser denunciada

Lúcia Laborda disse...

Querida amiga, passando para lhe desejar um bom fim de semana!
Beijos

mfc disse...

Um mundo complexo onde as soluções terão que ser sempre adaptadas!

Peter disse...

"E se sou tolerante e solidária para aqueles que entram no mundo das drogas e que sofrem horrores por elas e em prol delas, o mesmo já não acontece em relação a quem vive do sangue alheio e se redime criando clínicas que complementam o seu negócio."

Concordo inteiramente, até porque essa é a minha posição. Quanto desse dinheiro não alimenta Partidos políticos?

Sem intuito de propaganda, comprei um livro já publicado este mês e que é do interesse de todos nós:

- Loretta Napolleoni, "O lado obscuro da economia", Ed. Presença

C Valente disse...

Que a ausencia seja boa
saudações amigas

Manuel Veiga disse...

assustador o mundo da droga. que tão bem analisas. colocando o dedo na ferida...

abraços

Anónimo disse...

Amiga Lídia

deixo-te um desafio...
bj

amigona avó e a neta princesa disse...

Minha querida quando tu escreves assim, não sei muito bem que te diga! A importância do tema, a realidade que é preciso encarar e tudo o mais que ru sabes tão bem dizer...fica bem, amiga...bom domingo...

Pata Negra disse...

Gaita, ia jurar que já comentei este post. Está-me a acontecer muita vez. Ando a dar uma volta pelos blogs amigos e já é a terceira que me acontece. Cá para mim existe um complot organizado para "silenciar" a minha opinião.
De qualquer forma, como sempre, pouco há a acrescentar aquilo que escreves e já sabes muito bem o que eu penso acerca do assunto em questão.
Silêncio, sinto que andas um pouco retirada, espero que seja por boas razões!
Um abraço de respeitoso reconhecimento pela postura que te conheço

Odele Souza disse...

Penso que não deve existir flagelo maior para uma familia do que ter um de seus membros envolvidos com drogas.

Sabemos que se houvesse um esforço maior dos governos no ataque aos traficantes e nos cuidados com os dependentes, o problema não teria as dimensões que tem.

Bom descanso.

ManDrag disse...

Salve! Lídia

Estarrecido... Mais um excelente post, com o qual concordo em todas as apreciações.
Seria de felicitar não fosse a infelicidade do tema que trata.
Embora a tarefa seja medonha, não devemos esmorecer e baixar os braços na defesa da verdadeira justiça e da dignidade humana.

Abraço.

Salutas!

JOY disse...

Olá Lidia,

Esta luta, custe o que custar tem de ser feita. Não podemos continuar a assistir á destruição de familias, pessoas,bens para alimentar os barões da droga. E este teu post é sem dúvida nenhuma uma forma de luta contra este terrivel adversário.

Abraço Forte
Joy

Cöllybry disse...

Um tema vasto e complexo, flagelo do século, digo eu...Cresce a cada momento, e com as ajudas que sempre aparecem, mais aumenta...

Beijo terno, estou de volta


ölhår_Îñðîscrëtö...Å ¢µ®¡ö§¡dädë

zé lérias (?) disse...

Como o "ópio do povo" está (há muito) em crise, os homens dos poderes inventaram outras drogas. Para entreterem a nossa passividade.

regis-pereira.óleo/tela disse...

Olaa! tdo bemm , gostei do seu blogs, esse tema traz uma série de interrogações. Tenho um sobrinho que se destruiu por drogas. Acredito que se existe um produto,e que esse mesmo não é bom, eu vejo que faltou algo que o ser humano, isso meu irmão e minha cunhada deixaram faltar pra esse filho. foi bom te conhecer aqui ,tenha uma boa semana , fica com DEUS !!!

alex disse...

Querida lídia
li e reli os teus textos vezes sem conta. E comecei a escrever um comentário, que se tornou num texto. Muito grande para ser publicado aqui.
Quero só dizer que faço parte dos bem intencionados que anseiam pelo fim do tráfico e do consumo.
Solucões: não vejo luz ao fundo do túnel.
Melhorar é sempre possível e acredito nisso.
Falar é importantissímo.
O primeiro passo educar as crianças fazendo com que elas tenham uma auto-estima elevada ensiná-las a dizer não ao grupo de amigos e conhecidos, prevenção não com campanhas publicitárias, mas com actos visiveis onde as crianças se sintam realizadas amadas e aceites como seres humanos que são, com defeitos e qualidades.
Noutro tempo voltaremos a falar disto porque sabes que é um assunto que sempre me interessa
bjx
Até breve

São disse...

Excelente, aliás , como sempre!
Mais uma vez nos trazes um tema actual e cuja violência nos toca diariamente.

Francamente, não sei se seria bom ou mau legalizar a droga.Como também o não sei em relação à prostituição.

Sei que em Amesterdão, já há mais de vinte e cinco anos, me desgostou ver a praça frontal ao Palácio a transbordar de jovens desalinhados, sujos e completamente alucinados.

Sei também que muitos e vis interesses de todo o género tecem à volta de quem lhes cai nas garras
uma malha tão apertada que a fuga é muito complicada.

Um abraço apertado, minha querida Lídia.

Zé do Cão disse...

minha amiga.

Um polvo? Um mar cheio deles.
e o dinheiro a voar livremente para os paraísos fiscais?
Creio que estamos perdidos.

jocas

Lúcia Laborda disse...

Oie linda, passei para saber de você e desejar um bom fim de semana!
Beijos

lua prateada disse...

Passei correndo
Com xuva,vento e frio
Passei voando
Arrastada por um fio.

Não passei por nada
Apenas ,porque de mim emana
Grande amor por meus amigos
Passei desejando bm fim d semana.

Beijinho prateado com carinho

SOL

Manuel Veiga disse...

abraços

São disse...

No meu abraço, o desejo de feliz domingo, querida!

amigona avó e a neta princesa disse...

Minha querida, como sempre aqui deixas temas importantes para debate que não podem ser encarados levianamente! Estou um pouco como tu: se compreendo quem se deixa enrolar nesses caminhos sou intransigente para quem vive desse comércio e à custa da desgraça dos outros.
Voltarei para continuar a ler...saudades...

O Árabe disse...

Desejando boa semana, enquanto aguardo o novo post! :)

Valsa Lenta disse...

Estimada Lídia

Apesar do meu silêncio - devido a problemas informáticos - hoje, resolvi vir a um espaço internet e visitar o seu blog.

Os seus artigos são sempre acutilantes e actuais. Recordo um amigo que faleceu devido a este flagelo. O Ângelo contraiu sida depois alguns anos na toxicodependência. Um bom amigo e um excelente ser humano.

Não me vou alongar até porque vim aqui de fugida.

Um beijo