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TERRA DO NÃO *



Oiço falar, neste País vendido, que houve uma manhã de Abril e que os direitos humanos foram grandes conquistas. Olho em meu redor e vejo cada vez mais desigualdades, pessoas mais sisudas pelas pressões dos dias onde a incerteza do emprego casa com a insegurança dos espaços onde as pessoas morrem mais vazias e solitárias.

Dizem-me que Portugal é o País de origem e de destino do tráfico de seres humanos e que Portugal não usa todos os instrumentos legais para combater os traficantes. Segundo dados da PJ parece que foram instaurados apenas 129 processos que deram origem a 49 condenações número modesto para um exército tão largo.

Segundo dados disponíveis no IML (Instituto de Medicina Legal), só no ano de 2007, foram efectuados 1108 exames a crianças vítimas de violação (metade delas estupradas pelos próprios pais biológicos) a uma média de 3 crianças por dia.

Também a APAV registou, em 2008, o maior número de crimes por violência doméstica: 18 669 crimes (mais 2200 face ao ano anterior). Também, segundo os dados desta Associação, 87,1 por cento das vítimas eram mulheres e 85 por cento dos agressores homens.

Todos os anos aumenta o número de idosos doentes, acamados e dependentes que são deixados nos hospitais. Entre a população idosa e de fracos recursos grassa a angústia e o medo. São cada vez mais frequentes os assaltos, alguns acompanhados de violentas agressões, e os contos do vigário que visam levar-lhes as suas exíguas pensões de sobrevivência.

Aumenta a criminalidade violenta neste País a crescer de insegurança e a diminuir de recursos. E são cada vez mais os que se encheram à custa dos cargos que ocuparam e do empobrecimento cada vez mais visível e indecoroso pelas afrontosas desigualdades e pelos mecanismos que o provocam. A criação de riqueza pelo trabalho e pela assumpção de riscos, deu lugar ao dinheiro fácil dos peculatos, das influências e dos tráficos da destruição.

Também o tráfico da droga tem neste País, à beira-mar plantado, um corredor de passagem para a destruição e para morte que acompanha o branqueamento de capitais que potenciam fortunas cujas origens se desconhecem.

Aumenta o desemprego e muitos jovens permanecem depois dos 30 anos em casa dos pais. Também são muitos os regressam depois desta idade à família de origem por não conseguirem sustentar uma nova vida nem criar os filhos quando os têm.

Aumenta a população idosa e decresce a população jovem. Nas ruas da solidão e do medo perde-se o que resta da qualidade de vida.

Segundo dados do INFARMED o consumo de medicamentos antidepressivos aumentou 45 por cento nos últimos cinco anos. Ainda segundo dados daquele Instituto em 2000 foram comprados em Portugal cerca de quatro milhões de embalagens e, no ano transacto, qualquer coisa como seis milhões. Também os ansíoliticos e tranquilizantes têm seguido a mesma tendência de subida.

Ouve-se falar em muita coisa positiva que não se encontra e os chavões cansam. Fecham-se as janelas da esperança mesmo quando se teima em as abrir.

Nesta TERRA DO NÃO vai-se perdendo a harmonia do sentido.


"Terra do Não"
título dum poema do meu amigo REI DOS LEITTÕES

37 comentários:

Paula Raposo disse...

Aqui retratas o que se vive neste país à beira mar plantado. Eu nem tenho palavras...isto é assombroso!! Beijos para ti.

Pata Negra disse...

Feito o diagnóstico à "moda Silêncio" fiquei de olhos na foto: tocou-me pela simplicidade, por parecer um lugar que todos conhecemos, por não deixar dúvidas que é em Portugal, por parecer ser aqui mesmo à minha porta e claro, pelo gato que se coçoa no caminho.
Um abraço da Terra do Não

Manuel Veiga disse...

abraço. abraço...

dói, não é?

Agulheta disse...

Olà Lídia!O diagonóstico foi bem traçado e tudo uma grande verdade,não era este o País desejado pela maioria de uma certa classe,outras querem que assim seja porque fica tudo da forma de eles acionarem os sistemas,muita falta de dignidade.
Beijinho e ainda bem que alertas.

Arnaldo Reis Trindade disse...

Amiga, é triste ver isso e principalmente por saber que herdamos, nós aqui do Brasil, tanto as coisas boas quanto as uirns de Portugal, inclusive a questão do descaso que há com o ser humano em ambos os países, me orgulho de ser descendente de portugueses, mas ao mesmo tempo tenho vergonha de ter tanto na minha terra natal, quanto na terra de meus antepassados, coisas como essas acontecendo..
leia o post novo meu, acho que vai gostar, ou no minimo será prazeroso..

abraços amiga.

Arnaldo Reis Trindade disse...

Bem rápida a senhora amiga Lídia,

creio que sempre devemos estar atentos a tudo e a todos ao nosso redor, se não por querer ver as pequenas coisas que deixariamos de ver ou pelo menos pra ter mais cuidado com o que fazemos,
um amigo meu disse que eu não prestava muita atenção nas coisas pequenas da vida, aí fiz este post com algumas fotos que tirei com meu pai, duas tiradas por ele inclusive e perguntei ao amigo se alguém que não presta atenção nas coisas conseguiria fazer fotos como essas??.. estou aqui a esperar a resposta.


abraços

Vanuza Pantaleão disse...

Lídia, minha querida, grata pelo carinho da visita!
Olha, se você tirar o nome de Portugal e colocar Brasil, lhe afianço que ninguém vai desconfiar da troca.
Os hospitais e pessoal da saúde completamente desaparelhados e até mal preparados, os chamados matadouros com filas enormes. Escolas públicas decadentes, aos pedaços. Velhice e infância nas calçadas, ao relento. Justiça...que justiça? Caríssima e lenta.
Já é tarde, amiga, só quero dormir e sonhar.
Beijos

Elvira Carvalho disse...

E é neste país que temos que continuar a "viver".
Um abraço

Lúcia Laborda disse...

Linda amiga, esse é um problema que infelizmente, está tomando conta do mundo e não se sabe como controlar. Não sei a realidade de vocês, mas aqui não é diferente.
Boa semana, bom carnaval!
Beijos

António de Almeida disse...

Traça um cenário algo negro, mas real da sociedade portuguesa. As causas são múltiplas, entre as quais certamente 10 anos sem crescimento económico. Temo que o panorama não se altere nos próximos tempos.

Anónimo disse...

Gostei muito deste texto. Deixo aqui uma reflexão que fiz esta noite:

TRIVIALIDADES...
O país vive uma crise que cada vez se nota mais. A riqueza versus pobreza é inversamente proporcional. Ou seja, a diferença entre a fatia dos ricos e a fatia dos pobres é cada vez maior. No meio, a fatia da classe média cai nos seus rendimentos, perde o seu emprego e tende a engrossar a fatia dos pobres.
As instituições públicas vêem-se a braços para conseguirem funcionar com o racionamento dos investimentos e dos capitais aplicados. O pessoal é escasso para diversas missões. A sua formação é mínima, quando não é inexistente. O material, em muitas destas instituições, começa a primar pelo obsoleto. A moral é baixa.

O capital mal-parado aumenta, levando ao asfixiamento das pequenas e médias empresas. As grandes empresas sentem o choque. Olham-se fusões e os consequentes despedimentos de milhares de pessoas da fatia da classe média e média-baixa.
Os cheques sem cobertura são aos magotes. Expandem-se por todo o lado, tornando-se uma praga nacional. Passar cheques sem cobertura deixou de ser crime, sendo considerado uma dívida. E, como aqueles que os assinam, alegam em tribunal que até querem pagar, a coisa prolonga-se até... à penhora dos bens dos que ainda têm coisas em seu nome. Sim, nisto há que ser precavido e matreiro...
A fatia da criminalidade engrossa. A criminalidade organizada tira partido da crise. As carências de primeira necessidade já fazem pessoas cometerem pequenos delitos e até crimes mais atrevidos. As leis não se adequam a esta realidade.
Enquanto isso, discute-se, a todo o vapor, o direito ao casamento homossexual/lésbico, bem como o direito à adopção. Pois bem, a crise é deveras importante. E, penso que afecta todas as sexualidades. A minha livre consciência faz-me pensar que a palavra casamento não é apropriada, tendo em vista a instituição família como nos habituámos a ver, desde sempre. Algo que está no sangue ancestral. Mas, penso eu com os meus botões: então se há duas pessoas do mesmo sexo a fazerem vida em conjunto, vivendo em "união de facto," pagando impostos em conjunto, será justo que quando um deles morra, o outro não tenha direito àquilo que construíram em conjunto? E, com a quantidade de crianças e jovens em instituições, à espera de adopção, será justo que se recuse a sua felicidade por causa da sexualidade -assumida- dos futuros papás ou mamâs? Penso que não.
Arranjem lá os denominações que quiserem. Resolvam lá essa questão rapidamente e vamos mas é olhar a pobreza que alastra sem controlo. Vamos olhar os cidadãos doentes, os deficientes, os mais idosos, os desempregados, todos os que sofrem com a indiferença de muita gente responsável, independentemente da sua sexualidade.
Com esta crise, confesso que me faz alguma aflição ver "meros funcionários públicos" com patrimónios tão elevados. Isso terá alguma coisa a ver com a sexualidade? Com a palavra casamento? Penso que não. Dizem que é preciso ter olho para o negócio. Braga, a par de outras cidades de Portugal, parece que tem gente com esse dom. Deverei ficar feliz ou triste?
Fico feliz, porque os autistas não têm jeito nenhum para tais negócios. Nem eu! E, para já, a minha motivação é clamar justiça e tentar promover o bem-estar dos autistas e suas famílias. O resto são trivialidades...

"Se não deres nada de ti mesmo aos outros, muito pouco de ti acabará por valer alguma coisa."
George H. Allen

Saudações e um sorriso

Compadre Alentejano disse...

Se fosse mais novo, ainda me aventurava pela emigração.
Na verdade, com o país assim, fruto da desgovernação do sr. Sócrates, não dá gosto viver em Portugal...
Um abraço
Compadre Alentejano

Anónimo disse...

não acredito, apesar de tudo, que seja o destino... acredito sim na fraca vontade e incompetência dos condutores...
abraço

Mª João C.Martins disse...

Para além de ter sido presentiada com a sua visita, tenho o prazer de ler mais um dos seus excelentes textos. Bem Haja!
Sinto diáriamente esse desanimo e essa tristeza nos rostos e nos olhares com que me cruzo.
Sentimo-nos todos defraudados, pilhados e injustiçados, é verdade.
Amo o meu país, apesar de tudo... esta terra tão linda, que empobrecida nos valores ainda mantem dentro de alguns de nós ( felizmente ), as raízes de um povo forte e lutador que ainda marca a diferença pela dignidade e pela indignação.
Um abraço

alex disse...

Lídia:
è muito duro,e triste este texto,mas acho que também é muito realista é assim mesmo que os portugueses vivem.Era míuda mas nunca me vou esquecer daquela manhã de Abril,quando a esperança nasceu...
Voltámos ao Portugal pobrezinho triste e enfadonho, onde a esperança morre cedo nos olhos dos jovens. Onde a solidariedade é uma utopia e a igualdade de oportunidades não existe.
Respondendo à pergunta do amigo heretico, sim dói e muito.
beijo

Rafeiro Perfumado disse...

Talvez se comece a aproximar o tempo de dar um passo atrás para depois poder voltar a caminhar em segurança.

Beijo.

Mare Liberum disse...

Deixo-te mil beijinhos e a minha amizade.

Bem-Hajas, amiga!

Fatyly disse...

Um retrato actual do país que tão bem descreves e que se dermos ouvidos aos telejornais ainda se torna mais dantesco, assustador e agonizante.

Estou velha e já faço parte do ramalhete dos reformados, mas mesmo assim nego-me a baixar os braços e debatar-me contra tudo o que acho de errado.

Uma péssima orientação dos sucessivos governos e este não fugiu à regra.

Sentei-me no degrau de 1981 com o meu barrigão e pensei, nova crise e a filha nasceu em plena crise, de falências, insolvências, despedimentos em massa, casas perdidas - os juros da habitação de 10/12% subiram até aos 38%, subida de impostos e "aperta o cinto oh Zé"! Começou a demanda de portugueses a procurarem uma vida melhor noutros países. Estagnámos e andámos à deriva até 1986. Curiosamente o piloto era Mário Soares.
Arrebitámos e caimos de novo em 2000, ano de entrada na CEE, hoje UE.
Até hoje e agora com as portas escancaradas levámos com a onda gigante que há muito ameaçava ser um tsunami, porque os mais atentos como eu, que nunca vi com bons olhos "investimentos desalmados na bolsa", olhava o enorme casino em que os poderosos nos encafuavam.
Crimes e assaltos sempre houve. Abandono dos idosos nos hospitais sempre houve e recordo quando andava nos hospitais com a minha filha uma tabuleta que dizia: Não abandone os seus animais e muito menos os seus pais.
Com as portas abertas tudo nos entra pela casa a dentro, mas os criminosos, traficantes aproveitam esta onda para em nome da "crise" praticarem o que praticam. Não é pela fome, não é pela falta de dinheiro é para manterem os meandros de corredores tenebrosos, mas sempre com os "pregões governamentais" que a criminalidade tinha baixado.

Lídia, eu sou velha e quero lá saber se ficarei abandonada num hospital, valeta ou maleta! Adianta pensar nisso? Mais vale deixarem-nos nos hospitais do que em casa em completo abandono ou sem meios para cuidarem deles.
Quanto às crianças violadas, garanto-te que eu MATAVA ESSES PULHAS!!!! que deus me guarde!
Se os filhos regressam, oh amiga, acrescenta-se água no feijão e dá para todos. Não há feijão? vamos pedir porque hoje há mais solidariedade e vejo que as famílias estão-se a unir mais. Não? está atenta porque isso já não é motivo de noticia, o que interessa é alarmar e assustar para sermos dominados.
Quem tem a sua terra, que plante nos meio das rosas umas couves, umas cenouras, umas batatas e basta isso para não se morrer à fome. Lavrar a terra para consumo próprio, dá trabalho mas ninguém deixa de ser quem é.
Eu sou uma sem-terra e como sempre vivi em crise, havia meses que ia pedir ás quintarolas vizinhas umas hortaliças e fruta para que o dinheiro chegasse até ao fim do mês.

Acomodados no Fundo de Desemprego dizem não aos cursos de formação e o que me assusta é ver os jovens refastelados e os mais velhos a procurarem "algo" para colmatar o que perderam.
Eu também perdi tudo e sei bem o que é esse estado de alma e fisico, mas não me acomodei, vivendo um dia de cada vez.

Pior crise é àquela que silenciosamente entra pela cabeça e mais vale ser tratado cedo e atempadamente com anti-depressivos e ansióliticos do que irem ao fundo de vez. Nunca os tomei, mas tenho familiares que foram socorridos a tempo e ainda os tomam.
Pior crise é sermos surpreendidos por uma doença incurável e até esses, pelo incrível que pareça não desanimam.

Não podemos esperar apenas pelas medidas governamentais. É hora de novamente arregaçarmos as mangas. É hora de respirarmos fundo e não nos deixarmos dominar pelo medo de sermos assaltados, de isto e mais aquilo. Se tiver que acontecer ninguém foge ao destino e adianta anteciparmos os acontecimentos?
Esta crise irá passar como todas passaram e enquanto não passa, desanimar e perder a esperança é um péssimo caminho.
Se sabemos que com a antiga 4ª classe - escolaridade da maioria dos trabalhadores despedidos por fecho de fábricas - com 40/50 anos de idade ainda podemos aprender e aceitemos os cursos de formação remunerados, embora saibamos que não servirão para nada, mas enquanto lá estamos aprendemos e estamos ocupados.
Num trabalho, não se ganha 2.000€, ganha-se 500€ e corta-se no que pudermos.
Eu sózinha e velha, optimista por natureza, reboco os meus e sabes de uma coisa? nada acontece por acaso e a história repete-se. 28 anos depois da crise que referi o meu neto ou neta irá nascer em plena crise mundial.
A minha filha mais velha nasceu nas piores das crises: no caos de uma guerra.

Também não interessa falar que em Outubro, Novembro e Dezembro foram para Angola (alguns retornaram outros pela 1ª. vez) 169.000 portugueses e estão a lutar. É caso para perguntar...criticaram quem procurou cá trabalho e até nasceu cá - mas que a cor da pele é motivo para se ouvir: vai p'ra tua terra...e agora? que dirão eles? sei de fonte limpa...que têm sido bem recebidos e que estão bem.
Inclusivé a vacina obrigatória (raiva) esgotou em Portugal.

Se eu fosse mais nova garanto que já tinha ido mas ainda vou aceitar um trabalho que me andam a desfiar:)

Força PORTUGAL e aguentemos a BARCA BELA (embora eu vá a nado).

Beijocas e desculpa o relatório:)

Cotovia disse...

Entre o luar e o crepúsculo, o sono e a lucidez, o silêncio do mundo e o barulho de ti, há uma voz muda que percorre a aridez do teu pensamento... Sentes?... É o Pio da Cotovia!

Mar Arável disse...

Desmantelaram o 25 de Abril

aDesenhar disse...

"Nesta TERRA DO NÃO vai-se perdendo a harmonia do sentido."

infelizmente.

Esta máquina devoradora já fez TILT
há muito tempo.

bjs

aDesenhar disse...

pelo texto...
faço-te uma vénia literária.
:-)
bjs

Anónimo disse...

Contradizendo os optimistas (des)governantes a realidade é outra e bem palpável para quem vive de e para o seu trabalho. Qualquer comum cidadão pode entender o quanto de verdade existe neste post, pois diariamente sofre na pele as agruras. Só os políticos burocratas fechados nos seus gabinetes teimam em negar as evidências, pois é precisamente dessa negação que eles subsistem, iludindo o Povo e angariando o seu voto a cada 4 anos.

Saudações do Marreta.

Valsa Lenta disse...

Demasiado demente a situação actual do país. Discute-se sem nada se resolver. Os verdadeiros problemas da sociedade não se resolvem! Preocupa-me deveras a violência doméstica, pais que não pagam a pensão de alimentos, maus-tratos infantis e à terceira idade. Até quando se vai continuar a fechar os olhos a estas situações? Porque não fazem leis para punir veementemente estas situações?
Como homossexual confesso que me assusta o futuro. Que será feito dos bens que adquirimos em conjunto? Não peço que a uma união homossexual se chame casamento, só desejo justiça pois sou uma cidadã que cumpro com os meus deveres, tal como outro cidadão. Será que posso sonhar com direitos iguais?

Não me vou alongar

Felicidades

mfc disse...

A frase final é perfeita!
É pena que as esperanças se tenham desmoronado uma a uma!

José Lopes disse...

Um país com muitos problemas, uma sociedade à deriva e nem tudo é devido à crise económica, porque a crise de consciências é infinitamente maior.
Cumps

F Nando disse...

"Nesta TERRA DO NÃO vai-se perdendo a harmonia do sentido" - Esta frase diz tudo

Anónimo disse...

Esta semana mesmo foi noticiado sobre as brasileiras que são mantidas como escravas brancas em Portugal. Sei lá, viu? Não é somente em Portugal, a violência cresce no mundo assustadoramente, assim como a pobreza e desigualdade social. O que fazermos? Se as autoridades não se importam, vamos consertar o mundo a nossa volta; a nossa casa, nossos familiares, amigos, vizinhos e conhecidos. Vamos ajudar naquilo que podemos. Solidariedade, é disso que o mundo precisa! Beijus

vieira calado disse...

Parece que muita gente sabe...
e mesmo assim caminha alegremente para a completa destruição da DIGNIDADE HUMANA.


BEIJINHOS

Peter disse...

Continuamos a pensar que as coisas só acontecem aos outros.
Continuamos a pensar que as contas congeladas durante meses, seguidas da disponibilidade de 50 dólares mensais, só aconteceu na Argentina.
Continuamos a pensar que as pessoas com depósitos no BPP são todas ricas, ou que são especuladores que iam procurar um juro maior e não criaturas que entregaram ao banco as economias duma vida de trabalho.

Ontem ouvi na TV dois depositantes que ficaram sem nada e que aguardam que un dos directores se digne recebê-los. Quando receberão o seu dinheiro de volta?
Depois de estarem debaixo da terra?

Se me saísse o Euro-milhões, mesmo repartido, metia-me no primeiro avião para qualquer sítio.

É um (des)prazer viver hoje em dia em Portugal.

Jorge P. Guedes disse...

Portugal é tudo isso e não só... está ficando território de eleição para abandidagem internacional de todos os tipos e tamanhos.
Mas nada me admira, quan do de cima vêm os exemplos a que assistimos. Agora, é a casa comprada com uma declaração de verba muito inferior ao custo real.
Simplex, espertex, assim se enriquex!

UM ABRAÇO.

contradicoes disse...

Efectivamente o quadro aqui traçado revela uma realidade mas apenas de algumas pessoas, pois muitas outras há quem estão bem na vida e esses sinais são bem visíveis. Ne esquecer cara amiga que o mercado imobiliário só está em recessão em relação à habitação mais económica porque continuam-se a construir condomínios de luxo e sem qualquer dificuldade para os respectivos promotores fazerem os seus negócios. Como tenho necessidade de me deslocar ao hospital de S. Francisco Xavier para fazer tratamentos de quimioterapia, acabei por solicitar que me marcassem os mesmos para de tarde porque de manhã ou tinha de sair de magrugada para fugir às longas filas de transito Cascais-Lisboa e depois estar mais duma hora no hospital à espera que o pessoal de enfermagem iniciasse o período laboral ou se porventura já saísse um pouco mais tarde ou seja para além das 8 horas já dificilmente conseguia chegar à hora marcada. E olhe minha cara não são centenas de automóveis são uns largos milhares e repetir este percurso diariamente. Um abraço

Menina do Rio disse...

Lidia, só passando pra te deixar um beijo e desejar que tenhas um ótimo final de semana, querida.

Fica bem

C Valente disse...

Saudações amigas

C Valente disse...

Saudações amigas

amigona avó e a neta princesa disse...

O teu texto é muito forte minha querida Lídia e apresenta uma realidade bem dolorosa. Só não concordo com a sensação de desesperança que o mesmo contém. Não tem que ser assim Lídia e o que eu estou a dizer não são chavões! É possível uma vida melhor! Beijos querida amiga...

amigona avó e a neta princesa disse...

Tentei comentar na Alex mas não consegui!...beijos...