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O MENINO AZUL - UMA HISTÓRIA DE AMOR, CORAGEM E SOFRIMENTO

Conhecido como o “menino azul” Emanuel Silva, hoje com 11 anos de idade, fez na vida um percurso de enorme sofrimento. Tem-lhe valido, a par da sua força anímica, o facto de ser filho de uma MULHER que nunca desarma e que nunca cede um milímetro quando se trata de o salvar ou de melhorar a sua qualidade de vida.
Portador de uma doença rara, conhecida por síndrome de Alagille e Tetratologia de Fallot, doenças hepáticas que lhe provocam hematomas e borbulhas na pele e lhe dão um tom azulado, Emanuel apresentava, aos nove anos, marcas progressivas e inquietantes do avanço da doença. Os hematomas que se espalhavam pelo corpo davam origem a feridas e, na rua, as pessoas afastavam-se. A mãe sofria mas não baixava os braços.
Helena Silva pede aos médicos que lhe passem um declaração em como a doença não é contagiosa e evitar assim, que as pessoas fujam do seu filho. Mas nada é suficiente perante um quadro clínico cada vez mais complicado. Após uma viagem aos EUA que não trouxe melhoras, Emanuel iniciou, no Porto, um novo tratamento para ajudar a curar as mazelas provocadas na pele pelas doenças. Desde então registou francas melhoras e, segundo a mãe, os hematomas e as borbulhas desapareceram. Agora foi submetido a uma cirurgia de remoção que lhe permitirá alimentar-se normalmente sem ter que utilizar um tubo para o fazer. Apesar do estado de saúde do Emanuel ser considerado estável, ele irá permanecer nos cuidados intensivos até apresentar melhoras consistentes. Porém, para quem não é rico e se vê a braços com um caso tão complicado quanto este, tem um mundo de escolhos pela frente e necessitará de redobrada coragem para o vencer.
Para Helena, que deixou de trabalhar para cuidar do filho, não existem impossíveis. A sua fé remove montanhas e a sua capacidade de luta é inesgotável. Pinta quadros e realiza exposições incansavelmente. É que, só para medicamentos, precisa de 600 euros mensais e os 460 euros que recebe da segurança social (350 do rendimento mínimo+110 do abono do Emanuel) são absorvidos entre a renda mensal de 300 euros da casa de Famalicão onde vive sozinha com o filho, e as despesas com água, luz, telefone e comida.
Através de apelo no Portugal Diário Helena Silva conseguiu recolher 600 euros, que dá para um mês de tratamentos, e foi-lhe concedido pelo governador civil de Vila Real e pelo presidente da Câmara de Alijó, um espaço numa feira de Alijó onde poderá vender os seus quadros.
Em declarações ao Portugal Diário Helena Silva afirma que, se tudo correr bem, poderá assim assegurar o pagamento dos tratamentos até Dezembro. O valor dos quadros oscila entre os 20 e os 100 euros consoante o tamanho.
Helena Silva que sonha também em adquirir fundos que lhe permitam pagar a um professor particular para o seu filho, luta por ver consagrado na lei o direito à comparticipação a 100 por cento da medicação e tratamentos de doentes crónicos, assim como mais apoio económico para crianças com doenças raras. Esta reivindicação já deu origem a um abaixo-assinado que decorreu o ano passado no mercado do Bulhão no Porto e junto dos taxistas do aeroporto de Lisboa a quem foi solicitada colaboração para a recolha de assinaturas.

Para quem quiser fazer um donativo o NIB é: 003500990004146020074.
Morada de Helena e Emanuel Silva: Rua de D. Sancho I, nº 28, 3º Dto 4760-325 Vila Nova de Famalicão
Fontes: Correio dos Açores e Portugal Diário
Em tempo:
A divulgação deste caso nomeadamente no Portugal Diário está a gerar vários apoios a esta situação. Os donativos na conta de Emanuel ascenderam a 4600 euros, valor suficiente para garantir o pagamento de seis meses dos dispendiosos tratamentos clínicos de Emanuel. Helena Silva foi convidada a ir a uma feira em Alijó, onde conseguiu vender vários quadros e, após ter participado nesta feira, foi-lhe comunicado que iria receber uma habitação, por parte dos serviços de acção social, da Câmara Municipal de Famalicão.
Helena, diz que se quer mudar com Emanuel quando conseguir comprar o equipamento essencial (mesas, cadeiras, etc).
O próximo destino da família do menino azul é a Feira da Sardinha de Portimão. Helena Silva conta estar lá dez dias, depois descansar um e, seguidamente, ir para a feira Tatacil, em Lagoa, que começa a 17. À venda estará ainda o livro "Meu menino azul. Querer é poder".
Fonte: Portugal Diário

4 comentários:

SEMPRE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
SEMPRE disse...

Não posso deixar de me interrogar sobre o País que temos e os apoios, ou a falta deles, quando seria da mais elementar justiça que existissem. Exorto todos os leitores a abraçar esta causa e todas aquelas que, por heroísmo e dignidade, sirvam de bandeira à construção de uma sociedade melhor.

NÓMADA disse...

Realmente há pessoas com muita coragem e abnegação. Mas devia também haver uam resposta mais eficaz e adequada da nossa segurança social para casos tão específicos quanto este.

Unknown disse...

Alguém me sabe dizer onde moram agora.