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SÓCRATES NA ONU - APELO À ABOLIÇÃO DA PENA DE MORTE

José Sócrates, vai pedir, em Nova Iorque, na ONU, urgência na adopção de uma convenção contra o terrorismo, a abolição da pena de morte, criticando a situação no Iraque
Estas posições do presidente em exercício da União Europeia (UE) constam do discurso, a que a agência Lusa teve acesso, que Sócrates fará hoje na sessão de abertura da 62ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Na sua intervenção, José Sócrates vai ainda congratular-se com a escolha do ex-Presidente da República Jorge Sampaio para alto representante das Nações Unidas para o Diálogo de Civilizações e defender a criação de uma Organização das Nações Unidas para o Ambiente (UNEO).
Num discurso em que abordará os conflitos internacionais no Afeganistão, Iraque, Darfur, Líbano e a situação no Kosovo - e em que também apela à continuação da ajuda da comunidade internacional a Timor-Leste -, Sócrates fará, no plano político, uma defesa vigorosa do multilateralismo.
Na questão do Iraque, Sócrates assumirá uma perspectiva diferente face à administração de Washington, dizendo que a situação é «precária» em termos de segurança e humanitários.
Na qualidade de presidente em exercício da UE, Sócrates frisará que a Europa defende «o primado das Nações Unidas na manutenção da paz e segurança, enquanto alicerce e ponto de convergência de vontades comuns e dos esforços conjuntos».
Fonte: Agência Lusa

6 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

esta notícia da Lusa é saída, naturalmente, do gabinete do presidente em exercício.
Nada há no seu discurso que me pareça verdadeiramente saído da sua lavra. É um texto redondo, enumerando uma série de factos e projectos que foram congeminados e aprovados no seio dos parceiros europeus, de que o Senhor Presidente é mais cabeça de cartaz do que protagonista.
a alusão ao auxílio a Timor é aquela pequena nota de rodapé que fica sempre bem, a pontinha do apelo à caridadezinha tão politicamente correcto que até me enjoa.

Um abraço.

quintarantino disse...

Acho que se lembrou, à última da hora, de pedir aos militantes de Myanmar (Birmânia) que não dêem muita porrada nos civis. Temos homem. Já fala um bocadito grosso. Mas é com os de Rangum. Em Beijing, pia baixinho.

António de Almeida disse...

-Vou passar ao lado do discurso de Sócrates e aflorar a "pena de morte", tema abordado apenas por birra para com a Polónia, considerações à parte sou contra a pena de morte apenas por única razão, a irreversibilidade da medida, basta-me o facto de após introdução do ADN na ciência forense, inocentes foram libertados, criminosos foram presos. A prisão perpétua poderá ser revogada caso venha a apurar-se à posteriori ter existido erro judicial, a morte é sempre irreversível, por essa e apenas por essa razão, sem outras considerações sou contra.

SEMPRE disse...

Sou contra a pena de morte em todas as circunstâncias. Para além de não ser dissuasora do crime, é brutal, cruel e imprópria do mundo civilizado. E depois há sempre a possibilidade de um erro judicial e é irreversível. Quanto às restantes questões, nomeadamente a guerra do Iraque e o combate ao terrorismo, Sócrates foi muito bem preparado mas eu não acredito nele.

Tiago R Cardoso disse...

Se for assim é um bom discurso, tenho pena é que com uma sala cheia, muito poucos o vão escutar.

Anónimo disse...

Eu se fosse o Bush, tinha-lhe respondido que era contra a libertação de assassinos passados 10 anos, ou de estarem na chamada prisão preventiva.

Tinha vergonha de estar à frente de um pais que tem um sistema judicial como o nosso e ainda ir mandar bocas aos outros.