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AMAR OS ANIMAIS E RESPEITAR OS MAIS FRACOS

Há quem defenda que, o estádio de evolução duma sociedade, se mede pelo seu respeito para com os animais.

E não só pelos animais como pelos seres mais fracos sejam eles crianças, velhos, doentes ou quaisquer outros grupos fragilizados. O abuso da força, para com quem não se pode defender, revela uma baixeza de sentimentos que avilta quem aasim procede ainda que, nem sempre, a lei puna de acordo com o crime praticado.


Em altura de balanço de fim de ano, o Silêncio Culpado falará dos seus cães como símbolos da luta pela defesa dos animais.

Vou revelar mais um pouco do Boby antes de vos apresentar os meus outros dois cães.


Boby é muito atento quer a palavras quer a comportamentos dos donos. Assim sabe quando vou sair mal pego nas chaves do carro e na mala. Ladra e atira-se a mim para reivindicar uma saída também para ele ou, simplesmente, para não me deixar sair. Porém, só se eu estiver vestida de forma adequada. Se, por exemplo, estiver de roupão e for ao carro buscar algo que me tenha esquecido, Boby sabe que não vou longe. Já experimentei em agarrar na mala juntamente com as chaves mas, nem mesmo assim Boby fica convencido.

Se tenho uma guloseima para dar, vêm os três cães reivindicá-la. Então eu ensinei: primeiro as senhoras, e dou à minha cadelinha Lara, depois ao outro cão que é pequeno e, finalmente, ao Boby. Por vezes o Boby baba-se enquanto vê os outros comerem mas respeita a regra.

Se conjugo o verbo dar, seja a que propósito for, Boby dirige-se imediatamente ao saco onde costumo guardar as guloseimas.

Boby adora deitar-se numa cama à maneira. Vai ao quarto do meu filho, abre a cama com o focinho, põe a cabeça na almofada e puxa os cobertores com os dentes.

Quem não gostaria de ter um Boby? E há tantos famintos calcorreando as ruas. Não deixem que sejam abatidos caso possam tê-los convosco.

36 comentários:

avelaneiraflorida disse...

Um EXCELENTE motivo para reflectir ... e passar á prática!!!!

Quantos animais são abandonados depois de uma vida inteira de dedicação aos seus donos...porque estão fracos ou doentes!!!!
O mesmo fazemos aos humanos...deixando esquecidos os nossos mais idosos,como se não tivessem mais préstimo!!!!
Já vi cães sofrerem com a morte dos donos...indo ao ponto de recusar comida!!!!
No entanto, já vi filhos abandonarem pais nos lares...e eles morrerem de desgosto!!!!
Enquanto viver não esquecerei o que vi!E isso tenho obrigação de transmitir aos que diariamente estão junto de mim!
Porque, afinal, nós temos obrigação de dar "voz" aos que a baixam e sofrem em silêncio!

carlos filipe disse...

São palavras muito bonitas e que revelam muito boas intenções mas a realidade é bem diferente. Os mais fracos, nestas sociedades capitalistas, é que levam com todos os ónus em cima.Podia levar aqui horas a dar-te exemplos.
Temos que exigir a mudança e esta não se faz com paninhos quentes.

GR disse...

Um dos maiores tormentos para os animais, antes do verão e no fim de Janeiro (em menor número) é o abandono de animais. No verão porque querem ir de férias, no princípio do ano porque o cão ou gato dado no natal, cresceu ou suja a casa ou…ingratidão humana.
Todos os meus animais são de grande porte e tirados da rua. Rapidamente passam de proletas assustados para burgueses exigentes e mimados.
O teu belo texto quase me dava dor de cotovelo, não fosse ter um aqui em casa. Haverá companhia melhor que a de um animal? De uma lealdade que não se encontra nos humanos e quando estão bem dispostos, o que nos fazem sorrir!
Se cada um de nós alimentar o cão vadio da rua, escovar-lhe o pelo, se possível ser visto por um veterinário, depois de estar muito bonito é só tentar oferecer a alguém que goste de animais e não tenha nenhum.
Tantos que dei (impingi) assim!

“Não deixem que sejam abatidos caso possam tê-los convosco.”

Parabéns, adorei o texto.

GR

ARTUR MATEUS disse...

Silêncio
Que grande exemplo esse que nos falas dum animal recolhido da rua.O teu Boby teve muita sorte mas, pelos vistos, ele merece.
Recolher animais da rua é uma grande e nobre missão.

Å®t Øf £övë disse...

Os animais muitas vezes dão verdadeiras lições a nós humanos.
Bjs.

C.Coelho disse...

Lídia/Silêncio
Concordo que as pessoas se revelem no seu comportamento para com os animais.Pessoas que são capazes de maltratar e abandonar fieis amigos, não são boas pessoas de certeza e farão coisas idênticas aos humanos assim tenham oportunidade.
Tocou-me o teu apelo de recolher animais da rua e em não deixá-los levar para abate.

Menina do Rio disse...

Agradeço o carinho e peço desculpas pela ausencia, mas meu PC queimou a placa; acho que não fui uma boa Menina este ano, rs... Vou ficar uns dias sem pc e queria desejar um Ano Novo cheio de amor, saude e felicidades. Tão logo possa eu volto!
Beijinhos

Isamar disse...

As histórias dos animais abandonados deixam-me profundamente triste. Eles dão-nos tanto. Que tipo de pessoa será a que abandona um animal?
Um ser de uma desumanidade sem limites!!!

Beijinhos

M.MENDES disse...

"E há tantos animais famintos calcorreando as ruas. Não deixem que sejam abatidos caso possam tê-los convosco."
Que bom que era se as pessoas se condoessem e respondessem ao teu apelo. Mas quando nós sabemos que se atiram para a rua animais só porque estão doentes, ou porque vão de férias...
Silêncio, as pessoas são más e, por isso,não evoluímos. Há pessoas boas mas estão em minoria. A maioria tem alma negra.
Não é, como é óbvio, o teu caso sempre humanista e sempre a apelar para os direitos humanos e agora para os dos animais.
Que Deus te proteja, minha querida amiga.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Este vai ser, de certo modo, o tema do meu próximo post.
Ainda há quem nunca tenha dado a oportunidade a um cão de manifestar toda a amizade de que só eles são capazes. A minha cadelinha é uma filha da rua que decidi adoptar há sete anos. Desde então muita coisa mudou na minha maneira de encarar os animais. É certo que sempre gostei deles mas nunca pensei que um animal pudesse ser tão inteligente e, sobretudo, tão dedicado. Hoje acho que mais depressa me atirava ao mar para salvar a minha Nina do que para alguns objectos que se intitulam pessoas. Ali não existe maldade nem ganância e todos os sentimentos que eles manifestam são sinceros. Cada vez mais aposto nos cães como os seres mais maravilhosos ao cimo da terra. Eles sabem tudo a nosso respeito e, ao contrário do que costumamos dizer, nem sequer lhes falta falar. Assim nós estejamos dispostos a aprender um pouco da sua linguagem.
Eu sei que toda esta dedicação um dia vai ter um preço muito alto. Um dia um de nós vai partir e não sei qual vai primeiro. Mas de uma coisa estou certo: o que ficar vai ter imensas saudades.

amigona avó e a neta princesa disse...

Depois de ler o teu texto senti que vale a pena! Vale a pena acreditar! Vale apena porque há se res humanos que valem apena! Tu és um deles!

Como sabes nessa área estou em casa e dou cartas a quem quiser! Já várias vezes falei nos meus abandonados e um dia destes vou falar novamente neles...tenho 7gatos e 4 cadelas (agora, já tive mais!)...noutra casa tenho 5 gatos e mais 2 cadelas...tudo apanhado da rua...tudo a tomar conta da minha vida...mas em nenhum momento sou capaz de me arrepender...beijo amiga e um abraço apertado...

René disse...

Silêncio
É tocante a história do teu cão bem como a forma como o ensinaste e o integraste na família.
As pessoas que maltratam animais, e que os abandonam, são pessoas com uma alma muito negra porque quem é capaz de fazer sofrer um ser vivente já não tem nada de bom dentro de si.
Qualquer dia vou adoptar um animal. O teu texto incentivou-me a ir buscar um à rua, só ainda não o fiz porque ainda estou a sofrer com a morte dum fiel companheiro que tive que mandar abater por ter uma doença ruim e estar a sofrer muito.
Não podes imaginar quanto me custou.

quintarantino disse...

Quem não sabe estimar e bem tratar os animais é porque é, ele sim, um animal!

Rosa dos Ventos disse...

Não tenho cães mas tenho gatos e também têm reações semelhantes aos teus cães...só que são mais independentes.

Abraço

O Árabe disse...

Tenho um também, amiga... e de jeito muito parecido ao teu Bobby! :) Feliz Ano Novo, amiga!

António de Almeida disse...

-Parabéns pelo Boby! Subscrevo a frase do Quintarantino, sem alterar uma vírgula!

Tiago R Cardoso disse...

Respeito aquilo que se devia cultivar, qualquer que seja o tipo de respeito, não respeitar um ser vivo racional ou irracional acaba por ser a imagem de quem pratica tais acções.

Teu mais que tudo disse...

Infelizmente são muitas as pessoas que maltratam os animais e fazem-no de diferentes formas e com requintes de malvadez. Há lutas de cães clandestinas, em que ensinam os animais a lutarem até à morte para gáudio de uma meia dúzia de assistentes mórbidos que se comprazem com semelhantes espectáculos de malvadez. E quem sente prazer em ver um animal a retalhar outro e faça apostas sobre eles, são pessoas que para além de criminosas apresentam patologias graves que as tornam também elas perigosas na sua vida em sociedade.
Infelizmente não são punidas à altura.

Eternamente disse...

Há muita violência sobre os animais e muitos animais utilizados para fins inconfessáveis.
Não há cães perigosos mas sim donos perigosos que treinam os cães para atacarem e defenderem armazéns de droga, contrabando e outras actividades afins. Quando há cães que atacam pessoas pouco ou nada se sabe sobre as punições, se é que as houve, sobre os respectivos donos. De uma forma geral o que se sabe é que os animais que atacaram foram abatidos e isto é profundamente injusto.

errando por aí disse...

Há muita forma de maltratar os animais. Por exemplo os canis municipais nem sempre são um bom exemplo. Tenho ouvido rumores de que no canil de Lisboa muitos animais têm sido abatidos além de terem condições pouco dignas.
Outro aspecto que deveria merecer mais atenção é a assistência sanitária aos animais. Veterinários que cobram balúrdios e não passam recibos fugindo aos impostos. Por sua vez os donos dos animais deveriam poder abater no IRS as facturas de veterinário.Ganhavam os donos e ganhava o Estado.

NÓMADA disse...

É preciso perceber a razão porque muitas pessoas abandonam os animais. Muitas destas razões prendem-se com o facto de não terem como os alimentar. Às vezes deixam-nos em sítios onde podem ser recolhidos e sabe-se lá com quanta dor o fazem.

SEMPRE disse...

Há pessoas que têm animais para desancar neles as suas frustrações. E outras t~em-nos por vaidade. Animais de raça com pedegree. O amor era uma vez...

Dalaila disse...

Eu, infelizmente não posso ter um cão, mas tenho um gato, apoio as campanhas de adopção de animais da minha terra.
A minha mãe, essa sim, com espaço tem cães.

não os abandonem,
não os maltratem....

beijinho

sol poente disse...

São muitos os problemas relacionados com os animais. E também muitos os poderes e os interesses. Nunca é demais denunciar.

Lúcia Laborda disse...

Belo post! Todo aquele que comete violência contra um indefeso, para mim, é covarde!
Que 2008 seja de muita luz, muita paz, saúde e prosperidade! Que Deus abençoe seu lar e família!
Beijos

C Valente disse...

Saudações amigas com votos de
Bom Ano Novo

S. disse...

Querida Silêncio,
eu ADORO animais, em especial cães! Infelizmente, os meus horários que não são certos e o meu pequeno apartamento sem um mísero terraço, não me permitem ter um cão com as condições que toda a gente deve ter para poder ter um cão. Como tal, acho mais humano deixá-los estar com pessoas com condições para os criar, embora tenha muita pena, e às vezes até traga uma lagrimita no olho, quando vejo algum ao abandono.
Óptimo post sobre os animais. A melhor forma de chamar a atenção para eles é mesmo dar a conhecer os seus, que soam a adoráveis!
Beijinhos

AJB - martelo disse...

quem não gosta dos animais bem pouco olha para os humanos...

a propósito gastei hoje 15 euros com o meu Tobias que me custou 10euros...negócio que o Jardim Gonçalves nunca aceitaria.

o Tobias é o meu porco da Índia.
um abç

Íris Gea disse...

Gostei de a ler... tem toda a razão, todos deviamos respeitar os nossos animais, e sobretudo... amá-los!
Há animais que têm mais valor do que muitos seres humanos!

Um beijinho para si...

Peter disse...

Quando era rapaz e vivia numa pequena vila alentejana, sempre tive um cão.
Mas aqui, nesta "cela" de cimento, manter um cão poderia ser agradável para mim, mas não era para ele.
Coartava-lhe a liberdade.

G.BRITO disse...

Silêncio
A forma como tratamos os animais espelha o que de bom e meu temos dentro de nós.

Teu mais que tudo disse...

Os maus tratos sobre os animais têm muitas vertentes que deverão ser exploradas. Veja-se por exemplo os animais que são torturados para experiências com cosméticos e outras experiências de laboratório, de forma desnecessária.

José Lopes disse...

Por vezes não há possibilidades para ter um animal em condições condignas, pelo menos nas grandes cidades. Eu cá pelo interior tenho, e são dois canitos novinhos, um achado e por ninguém reivindicado apesar dos avisos que coloquei pelos café, e o outro dado por um amigo que já tinha bastantes a seu cargo. São uma prisão, que dois vizinhos meus aliviam gostosamente, mas são uma alegria para os netos, quando me visitam.
Cumps

SILÊNCIO CULPADO disse...

René
É exactamente o que penso fazer: explorar as diferentes vertentes da violência sobre os animais nestes posts de fim de ano. Porque em Janeiro vou dar início a postagens que farão parte de ciclos temáticos. A igualdade de oportunidades, nas suas diferentes vertentes, será o tema de abertura e terá todo o conjunto de postagens que justificar.

7 disse...

Também tenho uma cadela e não é de raça, foi-me oferecida por um casal que tem uma grande casa e já lá viviam 10!! Sempre adorei animais especialmente os cães. Já tive um que me morreu atropelado e chorei como uma criança. E continuo a dizer e podem-me contestar, eles são inteligentes!!