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A DEMAGOGIA E A MORAL




Não sou dos que defendem o ataque, nem que seja pela demagogia, com o intuito de exacerbar o que consideram os vícios da governação.



Não sou dos que acha que os Ministros estão muito bem pagos nem que determinadas poupanças, mais miserabolistas que outra coisa, irão equilibrar o OGE.



Porém há questões morais que têm que ser ressalvadas.



Quando me dizem que há 2.000 professores doentes, a quem foi recusada a redução de horário de trabalho, e quando me falam em situações de professores cancerosos e outros com elevado grau de incapacitação, a quem é recusada a reforma antecipada, só me ocorre um racíocinio simples: Dois milhares de pessoas não têm qualquer efeito no OGE.
Não é sequer uma questão economicista. É antes algo de imoral que revela incompetência e crueldade.



O que vou dizer a seguir, também não representa a sustentabilidade da segurança social, mas choca em clima de aperto e de dificuldades. Em 2007, o número de reformados com mais de 4.000 € subiu 7,4% o que representa qualquer coisa como mais 256 pensões milionárias.



Desde 1997, segundo dados da CGA, o número de indivíduos com pensões naquela ordem de grandeza, cresceu 596 por cento, uma média de 317 novos reformados milionários por ano.



Estas pensões douradas que totalizam já 3710 pensionistas, representam um encargo anual para o estado de 14,8 milhões de euros.



Alguns destes senhores exercem cargos públicos, que lhes conferirão, uma vez terminados, complementos vitalícios, também de luxo, que associarão a estas pensões. E não são precisas Juntas Médicas para auferirem destas pensões douradas nem tão pouco a obrigatoriedade de 40 anos de descontos para a Segurança Social.

31 comentários:

Oliver Pickwick disse...

Muito interessante! E eu que pensava que filmes desse tipo só passavam aqui no Brasil. Acabe com eles, Silêncio. Sem culpas!
Beijos!

7 disse...

Pois....
Eu também não sou contra alguns vencimentos, mas as grandes reformas, as mais escandalosas são precisamente as de quem cumpriu cargos políticos. Estranho... Depois não se dão reformas mais que justificadas e as pessoas vão morrendo...
Tristeza...

amigona avó e a neta princesa disse...

Ai, mas tu lembras-te de cada uma!!!Coitados dos senhores!!! Aliás querida amiga deixa-me lembrar-te que estamos no Natal e não no Carnaval (Eh! Eh!Eh!)...o mal (digo eu) nem é tanto as reformas com que eles ficam é mais o MAL que fazem à gente quando lá estão!!! Costumo dizer que alguns poderiam só chegar ao Governo, sair e ficar LOGO com a choruda reforma!!! Nós ficaríamos MUITO melhor!!!

Beijos...

Maria da Luz disse...

Caro amigo, também defendo a dignidade humana e acho que casos em que as pessoas com incapacidades físicas, e doenças do foro "cancro" de longa duração,
Estados terminais, sida e outros que provocam essas mesmas incapacidades devem ser apoiadas pelo Sistema Nacional de Saúde, claro que há casos e casos.
Eu posso ser operada dum cancro e estar em estado de trabalhar. E até ser isso benéfico para a minha saúde.
Pode até acontecer o caso contrário em que essa capacidade me possa faltar e ter um cansaço tão grande que não o possa fazer, cansaço físico ou psicológico. Pouco importa

Que fazem as juntas médicas?
Elas são responsáveis e muito pela efectividade e a credibilidade destes casos.
Há que haver consciência e acho que é o que fazem
Tudo isto devia ter um seguimento de doença e também decisões tomadas depois de avaliações periódicas
Cada caso é um caso verdade?
Opinião meramente pessoal
Utilia

Tiago R Cardoso disse...

nada a estranhar, por cá perfeitamente normal.

Que país este...

Laurentina disse...

Cada caso é um caso verdade?
Opinião meramente pessoal
Utilia


Pois é cada caso é um caso tem razão...
Só que há uns casos que são mais casos do que outros, e os que têem vindo a publico são Valentes Casos convenhamos Dona Utilia!!!


Beijão grande

G.BRITO disse...

Então quem desconta mais depois não pode usufruir desses descontos?

AJB - martelo disse...

no entanto, têm protelado a entrada a muitos que por direito da lei já deviam usufruir... deram uma reviravolta a essa lei e tramaram os mais pobres; pela parte que me toca vão comer pela medida grossa!sem apelo nem agravo.

Afonso Faria disse...

olá! Até há pouco tempo as reformas eram calculadas pelos anos de desconto e média dos dez melhores nos últimos quinze. Depois surgiram as excepções dos políticos, com os suas valorizações ao serviço da causa pública, e encurtamento de tempo!
Quando estive na Guiné, todo o território era a 100%, compensação de risco! Podia contar para a reforma em dois anos, quatro, atendendo às condições de colocação. Angola e Moçambique tb tinham zonas a 100%. Não usufruo dessa classificação de serviço, actualmente. Entretando, estar numa autarquia em qualque parte de Portugal conta a dobrar o tempo para a reforma.IMORAL, com todas as letras afirmo.
Vingo-me, estou tranquilo, giro o que tenho com honestidade!Estou sereno, um privilégio assumidamente dos BONS!

São disse...

Acho miserável é a frieza com que a maior parte destas pessoas vêm a público defender a necessidade de sacrífícios!!
Claro que aceito o teu honroso convite, minha querida!
Vou embora já, porque estou mesmo sem tempo!
Abraço apertado!

S. disse...

É isso que é tão triste... não me chocaria nada que houvesse muitas mais pessoas com salários e pensões douradas, até acho muito bem que as pessoas sejam bem pagas pelo seu trabalho, o que parece mal é uns terem tanto e outros tão pouco ou mesmo nada, como é o caso dos que se deviam reformar e não podem. Agora veja-se, no caso dos trabalhadores a recibos verdes, que a cada ano que passa aumentam vertiginosamente, ainda é pior: doentes não podem ficar, reformas?! essa então é para rir!; dar o contributo para o aumento da taxa de natalidade?! essa só dá mesmo vontade de chorar, porque as pessoas até queriam, mas se amanhã ficarem doentes ou lhes for diagnosticado uma doença como cancro, depois de amanhã ficaram em casa para o resto da vida sem ganhar um tostão e com mais uma boca para alimentar. Muitos poderão pensar que estou a fugir ao tema do post, mas se reflectirem verão que falo do mesmo.

S. disse...

depois de amanhã ficarão em casa para o resto da vida sem ganhar um tostão e com mais uma boca para alimentar - era o que queria dizer; desculpem o engano!

Zé Povinho disse...

Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada.

Quem canta, seus males espanta.
Vou sair de mansinho antes que diga um palavrão sobre o assunto.
Abraço do Zé

António de Almeida disse...

-Nâo sou contra o vencimento dos políticos, acho até que estão mal pagos, também não sou contra os valores de qualquer pensão de reforma, por mais elevada que seja, sou sim, contra a forma de cálculo das mesmas, podem dizer-me, mas vai dar ao mesmo, sim, mas alguém que toda a carreira contributiva, auferiu, e fez descontos sobre rendimentos elevados, deve ter uma pensão elevada, agora para apoiar reformas ao fim de 2 legislaturas, ou a possibilidade de pensões a titulares de cargos políticos, pessoas com 40 ou 50 anos, então sou frontalmente contra.

Manuel Veiga disse...

é o que se chama falar claro. que nunca a tua voz se cale...

avelaneiraflorida disse...

Silêncio Culpado,

muito oportuna a questão das Reformas!!!
Recebida a contagem de tempo de serviço, solicitada à Caixa Geral de Aposentações, verifica-se que passadas dezenas de anos...DEVE-SE cerca de 2mil e tal € àquela entidade!!!!
Ora, verificando o registo biográfico, olha-se, com espanto, as datas: 1977/78/79!!!!!
E ...relembra-se a época!!!
Nessa altura, um professor "eventual" nunca, ou raramente, era colocado no início do ano escolar...o que evitava que esse ano lhe fosse pago por inteiro!!!!!
Agora, passados todos esses anos, para que aquele período seja considerado...DEVE PAGAR-SE a tal quantia!!!!!

MAIS PALAVRAS...PARA QUÊ??????????

Cati disse...

É sempre mais fácil atingir os que menos podem em nome de uma alegada tentativa de estabilizar a economia... Os ricos, os que auferem grandes ordenados e auferirão igualmente grandes reformas, ninguém lhes toca. E ainda não vi nenhum deles abdicar de um euro por essa alegada tentativa de estabilização. O exemplo deve vir de cima - não será?

Quem diz isto é uma trabalhadora a recibos verdes... para minha tristeza, e sendo que PAGO mensalmente à segurança social, não tenho perspectivas de reforma alguma, seja ela grande, pequena ou assim assim. Quando adoeço não tenho direito a baixa, por isso as juntas médicas não podem ser injustas comigo.

A maior injustiça é esta que vivo, diariamente...

Uma beijoca!

G.BRITO disse...

A minha opinião é muito semelhante à do António Almeida. Se um indivíduo descontou em tempo e em dinheiro pois deve receber seja qual for o montante. Agora não me parece que isso tenha acontecido na generalidade dos casos.

Fátima disse...

Silêncio Culpado,

Muito pertinente este assunto "Reformas", parece-me a mim que os vencimentos não estão bem adequados a cada um, seja em que cateroria for, e as reformas muito mais mal... não sei onde vamos parar! O barco vai afundar...

:- ) beijinhos

quintarantino disse...

A cada um uma aposentação condigna: princípio basilar.
Depois, que a mesma fosse em função da carreira contributiva ao longo da vida e sem regalias de tempos a contar a dobrar, participações em teatro de guerra e afins.

JOY disse...

Estou totalmente de acordo que quem durante a sua vida profissional fez os respectivos descontos baseados no valor do seu ordenado deva ter uma pensão compativel, o problema aqui é as acumulações de pensões nomeadamente entre gestores publicos e politicos que com meia duzia de anos no activo ficam com reformas milionárias a juntar muitas vezes a indemenizações já recebidas por terem sido exonorados dos cargos .Lamentavelmente continua a pouca vergonha de quererem por a trabalhar pessoas inequivocamente sem condições para o fazer,do governo nem uma palavra.

JOY

Dalaila disse...

é uma escandaleira as reformas.... as avultadas dos políticas, e as miseraveis do povo.

Dalaila disse...

é uma escandaleira as reformas.... as avultadas dos políticas, e as miseraveis do povo.

Teresa Durães disse...

sou sincera, também queria esse ordenadão e a tal reforma. Não são esses, talvez, que estão errados. São os dois milhões de pessoas em Portugal que vivem na pobreza ou no limiar da pobreza

osbandalhos disse...

A moral dos políticos está ao nível da dos pedófilos - Alvy Singer

carlos filipe disse...

E são estes que comem tudo até ficarem de barriga ao lado que vêm exigir ao povo que se sacrifique. Que se sacrifique por eles, leia-se.

M.MENDES disse...

É preciso ter muito pouca vergonha na cara para pedirem contenção nas reformas pequenas enquanto para eles tudo é pouco.

SEMPRE disse...

Também defendo que quem descontou deve receber de acordo com o valor dos descontos que fez e tendo em conta os anos de desconto. Mas não é disso que se trata, pois não?

Espaços abertos.. disse...

Bem a fardilha assenta-lhes que nem uma luva ihihihih

Cada um tem o que merece lol
Bjs Zita

Silvia Madureira disse...

Convido à visita do post intitulado "Carolina" no meu blog.

beijo

Olá!! disse...

Sempre que se levanta o tema "pensões" fico a pensar... quando chegar a essa altura será que vou usufruir do que andei a descontar???? Duvido...
Excelente post, talvez quando os portugueses deixarem de ser comodistas as coisas se alterem... talvez...
Bj