Texto de António Almeida - Direito de Opinião
A questão da igualdade de oportunidades em ambiente escolar, e suas consequências, pode ser analisada sob diversos ângulos, conhecendo eu diversas opiniões sobre a matéria.
Não sendo propriamente um especialista, também não me é totalmente desconhecida esta problemática, devo afirmar que a escola reflecte apenas e só, todos os fenómenos, defeitos e virtudes existentes na sociedade, não os cria, nem os extingue, é atravessada por eles. Podemos discutir modelos curriculares de ensino, optar por financiamento público ou privado, nada disto tem que ver com igualdade de oportunidades, e misturar questões nestas discussões, é tapar o sol com a peneira.
Admitamos por hipótese, que o ensino funcionava apenas num modelo privado, caso fosse emitido um cheque ensino a alunos carenciados, de que forma seria legítimo afirmar, que a escola excluía alunos com menores possibilidades económicas? Agora façamos um raciocínio oposto, admitamos que a escola seja apenas pública? De que forma, conseguirá um aluno residente no subúrbio duma grande cidade, cujos pais saem de casa cedo, chegando tarde, cansados, com um baixo nível de instrução, obter os mesmos resultados, que um colega de turma, mesma escola, mesmos professores, cujos pais, mais instruídos, acompanham de perto a educação do filho, levando o filho confortavelmente á escola no seu automóvel, para além de possuir em casa, todo um equipamento capaz de possibilitar um melhor desenvolvimento intelectual? Agora pergunto? Não será a escola, como afirmei atrás, um mero espelho da sociedade? E daí? Desde que exista uma tentativa de inclusão dos menos favorecidos, todos conhecemos, ou no mínimo já ouvimos falar, de pessoas que tendo dificuldades á partida, superaram-nas e superaram-se a si próprias, sendo apontadas como exemplo, assim como existem mentecaptos, que levados ao colo, não passaram de imbecis, gastando dinheiro e desfazendo por vezes até fortunas, alguns até acabando falidos.
Só conheço uma ideologia, que tentou acabar com as desigualdades, mas estas sempre existiram, e sempre existirão enquanto existirem 2 seres humanos no planeta, pois não há 2 pessoas iguais, mesmo naquela ditadura abjecta, dentro de muitos funcionários, residia a esperança de serem promovidos a camarada líder funcionário, ou como escreveu Orwell, “todos os animais nascem iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. E os professores? Será possível substitui-los por computadores ou robots? Só assim as condições seriam verdadeiramente iguais, pois 2 professores diferentes, mesmo na melhor escola, com alunos do mais elevado nível social, produzem resultados obrigatoriamente diferentes, porque cada professor tem uma forma única de transmitir a matéria. Mas face ao que afirmei, quer dizer que nos deveremos conformar com as desigualdades? Também não!
O combate ás desigualdades, é algo que deveremos perseguir, sabendo á partida que cada vitória, é uma vitória, mas nunca iremos obter o sucesso completo. Só que a escola desempenha um papel nuclear nesse combate, pois nela reside a única esperança realista, de alterar o estado das coisas, um aluno oriundo duma família carenciada, habitando numa zona problemática, apenas na escola encontra a oportunidade de fintar o destino, sendo papel da escola, procurar incluí-lo, motivá-lo, ajudá-lo a conseguir progredir, pois salvo se nascer com um raro dote futebolístico ou num golpe de sorte ganhar um qualquer jogo, não irá ter outra hipótese.
38 comentários:
O combate contra as desigualdades neste país é uma utopia, infelismente !
bfs
Este texto que, não sendo dum professor, apresenta uma visão de fora para dentro sobre o que é a escola, dá-nos uma panorâmica precisa sobre as desigualdades que o aluno comporta da família de origem até à escola. Desigualdades que o acompanham de raíz e que só os muito excepcionais conseguirão inverter. Porém, e segundo o autor, para quem nasce e cresce em situação de desvantagem a escola é uma oportunidade.Assim se consigam vencer os handicaps que essa oportunidade comporta.
Gostei do texto.
Diz-se aqui que:
"...Só conheço uma ideologia, que tentou acabar com as desigualdades..."
e depois que:
"...mesmo naquela ditadura abjecta, dentro de muitos funcionários, residia a esperança de serem promovidos a camarada líder funcionário..."
Há aqui qualquer coisa que não bate certo, para mim. Acredita que com este sistema liberal que temos (adaptado sempre à medida e gosto dos possidentes) não existe também uma abjecta ditadura (por disfarçada de democracia) para enganar os incautos?
Quantos dos desfavorecidos (quantos são?) têm a possibilidade de verem defendidos dignamente os seus direitos nos tribunais, nos hospitais, nas empresas, etc?
Quantos dos desfavorecidos têm liberdade de se exprimir consequentemente, se a sua grande maioria sofre de iliteracia?
Liberdade e democracia são para os donos do capital, e os sobejos da mesa para a maioria da população.
A má redistribuição da riqueza gerada em Portugal, é um escândalo. Estamos no topo do ranking da Zona Euro como o País onde se registam as maiores assimetrias, apesar dos defeitos do sistema que a todos estamos sujeitos.
Como mero exemplo, que talvez não seja tão isolado quanto isso, repare-se neste caso (ver link abaixo).
Por muito boa vontade que haja para defender este sistema que nos governa, não se poderá negar que, com ele, nunca poderão existir as condições que livrem os filhos dos pobres da possibilidade de se tornarem marginais, de não gostarem de estudar, de desrespeitarem os professores, de desistirem da escola...de se tornarem, na melhor das hipóteses, em mão de obra barata.
Por muito voluntarismo que haja da parte de todos nós, que estamos noutra zona da pirâmide social, não é credível vermos sanadas as condições das crianças desfavorecidas se não houver da parte do Estado e do professorado uma verdadeira "paixão pelo ensino".
Obviamente que respeito o ponto de vista aqui trazido.
Mais, reconheço e admiro a frontalidade com que o fez.
Apenas me permiti discordar de algumas imagens laterais utilizadas, quiçá, tão somente para não desagradar a uma parte dos leitores.
Para terminar e descansar os que têm medo do retornar dos verdadeiros ideais marxistas, digo: Hoje sabe-se que foram cometidos muitíssimos erros nos países ditos socialistas de Leste e não só. E essa prática eu combateria também na medida das minhas forças.
Como agora ataco o sistema que me rege (que comparativamente com o outro, fica muito aquém em termos de política de ensino).
Um abraço e bom fim-de-semana
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=309072)
Repito o Link:
http://www.jornaldenegocios.pt/
default.asp?Session=&CpContentId=309072
Tudo está pervertido à partida: já tive alunos com fome de pão e já tive alunos, filhos de Doutores da Faculdade, com fome de afectos: a não ser o meio familiar, mais erudito ou menos erudito, a preparação inicial, que determina toda a diferença, e as diferenças atitudinais são exactamente as mesmas de um tipo para outro tipo de alunos.
Passa-se que, na hora H das avaliações, as diferenças se manifestam, sendo que os primeiros soçobram e os segundos escapam ou triunfam.
Lembro-me de duas alunas, completamente à parte na turma, naturalmente ostracizadas: tinham piolhos, pulgas e cheiravam mal, diziam os colegas.
Sempre estátuas tristes na sala, comportavam-se muito bem, de olhar triste, executando, esforçadas, as tarefas de que eu lhes incumbia.
Meu Deus, como me apaixonei e me desvelei por elas, pelo seu sucesso, pela sua integração e por roubar-lhes dos rostos aquela apatia de derrotadas.
Ao fim de dois anos lectivos, foi na Trofa, logrei coisas boas delas, sobretudo o hábito de escrever imenso, influenciadas por mim e pelo estilo das minhas aulas, tão físicas, tão cheias de Texto acabadinho de sair do Forno, como Pão Quente, o Pão Quente da Palavra Inusitada. Eram muito pobres, mas davam muitíssimo menos erros que o suposto melhor aluno da turma que, ainda hoje, sendo um jovem de 18 anos, dá erros ortográficos assustadores que nunca compreendi e nunca pude obviar. Naturalmente que é um jovem muitíssimo capaz e inteligente. Mas adiante.
Como professor, evitei fazer o que me fizeram desde o princípio: classificaram-me, na Primária, no 2.º Ciclo e depois por aí adiante, de acordo com parâmetros estereotipados de rendimento cognitivo, ignorando a minha natureza de escritor já então manifesta e a que me dedicava, quando estimulado, devotadamente. Tenho memórias bem vivas do que me foi a Escola Primária e de como me marcou os ciúmes pela aluna melhor da Turma, a mais favorecida socialmente, a mais mimada, certamente a mais inteligente e trabalhadora e cumpridora e obediente... e privilegiada, a mocinha! Chamava-se Joana.
De um modo geral, os professores que tive, a não ser uma muito sensível e dócil professora de inglês no 2.º Ciclo, guiaram-se por classificações de carácter expectativacional e quase histórico e genético: o que rendera no ano anterior renderia naturalmente neste ano e por isso, se anteriormente medianas, as notas só poderiam continuar medianas, mesmo que o não fossem algumas vezes.
Esse escândalo manteve-se até à Faculdade e notou-se nas duas disciplinas que mais amei: Latim e Teoria da Literatura. Tendo inicialmente fracas bases, estudei como um camelo para um último exame e, posso jurar!, sabia Tudo de Latim II, mas a doutora Ana Paula Quintela não quis saber de milagres: atribuiu-me uma nota mediana às cegas, incapaz de ver, de acreditar, de querer ver, não apenas a minha paixão pelo Latim, como o meu último teste prodigiosamente exacto. Deu-me dez, juro!, num teste que valia talvez 18 ou mesmo a nota máxima. E porquê? Porque, como disse, por falta de bases, eu tivera anteriormente notas confrangedoras.
Isto é péssimo. A sensação de injustiça é do Pior. Já na outra disciplina, outra paixão minha ainda hoje, Teoria da Literatura, tive 18, tive sempre a melhor nota da infinita turma lá, na Faculdade de Letras do Porto, naquele ano lectivo onde me sentia tão apaixonado por tudo o que à Literatura e a cada disciplina dizia respeito. Tudo.
Fui, portanto, subestimado e subavaliado muitas vezes e os meus mecanismos de reacção não existiam. Pouco competitivo, eu espiritualizava tudo, até as injustiças. Talvez mesmo elas me conduzissem por um caminho mais tortuoso, mas rumo à devida e merecida felicidade.
Se calhar o meu modo de vestir monótono e pobre não ajudava e o facto de eu não ser filho do sótôr X também não.
Há uma diferenciação que começa nas escolas e na natureza social cujos acertos sociais de que os seus agentes se apercebem se tornam automáticos. Há um comportamento selectivo que muitos docentes adoptam em função da previsível luta que pais conhecedores da lei, com estudos superiores, podem aramadilhar contra um professor.
Também não esqueço a crassa estupidez de um pai, logo no meu primeiro ano lectivo após o Estágio, que se comportou comigo (tentou!) da forma mais filha-da-puta arrogante que imaginar se possa. O filhinho dele, um entre sete ou outro filhos, valha-lhe isso!, estava com algumas dificuldades inicialmente e, como director de turma, quando fortuitamente interrogado pelo Sr., sem grandes informações no momento, logo no primeiro e tão incipiente período, lhe disse que o seu Pedro tinha boas condições para ter sucesso. Pois o homem queixou-se por escrito ao Conselhor, na altura, Directivo, por, depois da avaliação, ter afinal verificado dois ou três níveis negativos. Claro que levou com uma vexatória e bem urdida contra-argumentação minha que o remeteu ao mais profundo silêncio até ao final do ano lectivo.
Procurei elevar todos os meus alunos às tais paixões estruturais que marcam pelo resto da vida: Ler com Tesão, com Paixão, com Sabor. Escrever como quem desenrola a meada de si mesmo, organizando e construindo Mundos Novos - e é isso que esta Reforma do Ensino impede, já que obriga os professores, chantageia-os, força-os a resultados positivos mas ocos, pois os resultados negativos lhes mancharão a avaliação que se está a gizar, maquiavélica e putesca, para eles.
Dar a Matéria é, por isso mesmo, uma corrida inglória, estupidificante, cheia de consumíveis e sem que se consolidem aquisições e instrumentos de sentido crítico e autonomia ou criatividade. É simplesmente uma corrida em que os mais inteligentes triunfam e os menos são levados ao colo ou quem paga são os docentes.
Já me alonguei de mais e mais me alongaria, porque doze anos é muita vivência e um coração nem sempre resiste ou deixa de vacilar quando se faz tábua rasa de Vidas.
Vi colegas com Mérito e Currículo Extraordinários a serem Comidos Vivos de Injustiça Classificatória, no Primeiro Concurso a Professor Titular. Vi-os chorar por isso e sentir a respectiva amargura.
Enfim, quem estiver por fora que fale e perore sobre o que quiser: há um estilo SS que esmaga Vidas por aí. Há quem prefira calar e seguir. Há quem não se fique, mesmo que, por vias travessas, punido e bem punido.
A Pior Punição é o Roubo do Trabalho. O Esbulho de ele, como me parece ser o meu caso.
Há bocado, em conversa com clientes do Pub em que trabalho, um funcionário da ANA dizia-me: «Como é possível um país com Economia do mais pobre e mais mal remunerado na base e com salários de topo que rivalizam com os Países mais ricos da Europa: que não ficam atrás duma Alemanha, da França, da Inglaterra?». E acrescentava: «Como pode haver justiça em Portugal, se os Directores Gerais de muitos organismos do Estado ganham em relação ao que a Lei estipula, 7 ou 14 vezes mais?»
E esse prodigioso e desabafante cliente, que muito admirei, concluíu: «A culpa é também ou sobretudo nossa. Calamos. Consentimos. Não denunciamos.»
Pois é, e essa vergonhosa assimetria cresce despudorada e criminosa num Portugal Desigual, vergonhosamente Desigual! E ainda se queixam da Blogosfera? Ainda a apoucam?
Falta que a Blogosfera cresça e se afirme ainda mais. Há imenso a ser feito para evitar o amplificar das estupidezes de esta PutrePartidocracia que, decadente e viciada, AINDA nos rege.
PALAVROSSAVRVS REX
António, já tive ocasião de lhe dizer - e repito- que não existe nenhuma "mão invísivel" que, por milagre não sei de que espécie arranje tudo!!
Não defendendo o comunismo ( sofri na pele os seus efeitos), não concordo que seja ele a única ditadura abjecta: como designa este domínio da política pelos interesses económicos, acabando com , por exemplo, o estado social?!
O discurso sobre o privado é muito lindo, o pior é o resto...
Claro que não há duas pessoas iguais, mas as oportunidades terão que o ser!!
Bom fim de semana.
LÍDIA, passa , por favor, em minha casa assim que puderes.
Tenho uma prenda para ti!
Bom fim de semana!
A escola não é milagrosa e no meu caso concreto, nunca exigi materiais caros aos meus alunos, nunca exigi compra de manuais...no entanto eles não querem...não conseguem ver que só estudando e esforçando-se é que conseguem ter sucesso. Tenho travado uma batalha árdua este ano...tentando fazer ver que têm que cumprir horários na escola porque se forem trabalhar também têm que os cumprir. Tenho dito para se esforçarem para passarem as aulas...tenho explicado que os obrigo a trabalhar mas...que é para o bem deles e só no fim reconhecerão isso...enfim...tento incentivar...
Mas...tem sido difícil...tem sido uma verdadeira batalha...nesta questão de estudar penso que a vontade é meio caminho andado. Eu tenho "feito das tripas coração" para lhes fazer entender que é para o bem deles estudarem e ...portarem-se como pessoas da idade deles...mas...continuo a dizer...milagres não se fazem.
Também existe a situação oposta...professores que estão apenas importados com o seu salário e nem se incomodam em os obrigar a trabalhar.
Cada colega que lecciona à turma tem a sua atitude. Ora...eles próprios ficam baralhados e dizem...mas a professora x deixa-nos estar assim, mas a professora x não obriga a isto...
Penso que deveria existir mais companheirismo e vontade de trabalhar entre colegas. Se todos se esforçarem em vez de um só...os alunos compreenderão mais facilmente que os estudos é para o bem deles.
beijo
Olá. Eu só agora vi que queriam que eu dissesse porque a escola pode ser chata.
Por causa das disciplinas, eu ando no 9º ano e tenho muitas coisas. Português, Francês, Inglês, Matemática, Geografia, Educação Tecnológica, Educação Física, História, Físico-Química, Estudo Acompanhado, Ciencias, Formação Cívica, Informática e Área Projecto.
E às vezes os professores ainda querem que a gente entre em clubes. Eu andei no Clube da Floresta.
O meu horário é três dias das 8.20 e sair às 16,45 e noutros dias saio às 13.20.
O problema é que às vezes os professores marcam t.p.c muito grandes. Muitos exercícios.
E temos de andar com as mochilas carregadas de livros porque estão sempre a dizer que temos de os levar a todos.
E os testes também são todos seguidos e acho que está mal. Numa semana tive 6 testes.
Depois há coisas que acho que podiam dar sem ser estar só a falar. Ir para a sala de multimédia ou para a biblioteca.
E há professores que querem as coisas assim, depois vem outro e já não está bem.
Quando disse que era chata era por causa disto. Algumas aulas é só o professor a falar e se calhar podia ser melhor se nós pudessemos fazer doutra maneira. E depois há disciplinas que eu não sei para que tenho.
Subscrevo inteiramente as palavras de Zé Lérias bem acompanhadas pelo texto do Joshua. "...para quem nasce e cresce em situação de desvantagem a escola é uma oportunidade." Estou de acordo, soluções? - vamos privatizar também?? Há quem continua a defender a privatização por tudo e por nada...haja paciência!!
Toda a gente leia com atenção a opinião de miss vader.
De facto este é o pensamento dos meus alunos...
Por um lado fiquei feliz...em nada me senti focada e gostei de ver escrita a opinião que os alunos me dizem quase todos os dias.
Talvez isto seja um tema posterior.
Mas...quero já acrescentar...que este relato me colocou a dúvida: terá o aluno razão ou deverá trabalhar mais?
Se um aluno for trabalhar em vez de estudar terá que trabalhar as mesmas horas ou mais...infelizmente.
Relativamente às aulas que os professores leccionam ...as minhas englobam lápis e cabeça...eu só falo em algumas aulas. Na Matemática o aluno tem que estar lá a fazer...
Agora questiono: serão os programas muito extensos?
Bem...agora fiquei confusa. Deve ser por ouvir tantas vezes este comentário...que não condeno porque se é geral é porque falha realmente muita coisa.
beijo
Gosto destes debates assim, sempre a aquecer e nada de águas mornas.
Temos aqui contributos que deverão ser bem trabalhados e meditados.
Zé Lérias fala que nem um livro aberto. Impossível dizer melhor.
Joshua faz um comentário digno dum post. Homem apaixonado, franco, vertical que ama o ensino e que se sente desperdiçado.
O que diz Miss Vader tem que ser bem ponderado. Miss Vader é uma boa aluna e tem 14 anos.
Tenho estado a seguir, a par e passo, este apresentar de textos e de opiniões sobre os mesmos e quero fazer uma referência especial e sentida ao professor Joaquim Santos/Joshua pelo homem apaixonado e frontal que se expõe sem medo e sem medo apresenta as suas opiniões.
Apesarem dos comentários serem, de uma forma geral completos e aprofundados, subscrevo o que diz Zé Lérias na totalidade.
Resta-me acrescentar a minha discordância sobre um liberalismo que possa ser justo ou uma mão invisível que possa regular de forma adequada os nossos direitos.
O mal da desigualadde de oportunidades está no próprio sistema que permite que, à partida, haja quem parta do luxo e haja quem parta do lixo.
E mais não digo.
Compreendo que não será fácil que se verifique uma verdadeira igualdade de oportunidades. Agora quando se mistura alhos com bugalhos dificilmente se chegará a alguma conclusão acertada.
Não podemos perseguir um combate às desigualdades de oportunidades e defender, simultaneamente, que exista um mundo para pobres e outro para ricos.
Para além de muitos comentários que são referidos por outros comentadores por extravasarem a sua dissertação sobre as vicissitudes do nosso ensino e das oportunidades que a escola não oferece, revejo-me nas interrogações da Sílvia Madureira e nas observações feitas pela São e pela Carol.
Que este espaço de debate sirva para clarificar e aproximar pessoas e dar início a um processo de vivência virtual que permita vencer certas fronteiras e ser uma alternativa a políticos medíocres e pouco éticos.
Um abraço a todos
É sua menina, o texto e algo que nos leva a reflexão, faça fé!
bjs
O Sibarita
Li todos os comentários e de uma forma geral todos tocam pontos importantes que nos levam a pensar que o combate ás desigualdades no que toca á escola é uma luta bem dificil,gostaria de acrescentar um ponto que acho importante ,como é possivel um professor conseguir distribuir a sua atenção de forma igual quando se metem dentro de uma sala de aulas 30 alunos como acontece em muitas escolas,torna-se nesta situação muito dificil um professor querer dedicar um pouco mais de atenção a alunos mais necessitados,ficando muitas vezes estes alunos sujeitos á desmotivação e muitas vezes ao consequente abandono escolar , esta situação não é responsabilidade dos professores mas de uma politica de educação errada que fecha escolas e manda professores para casa .
JOY
Ora aqui está um texto que é escorreito e entendo bem.
Parabéns ao autor|!
Bem visto por alguém que vê as coisas do lado de fora.
A luta têm de ser para que quem nasce em ambientes desfavoráveis mas que são grandes valores, não se percam no meio das dificuldades.
Fazendo novamente o meu ponto de situação: julgo que para que se fomente a igualdade de oportunidades deverá existir uma trabalho mais coordenado entre professores ou seja mais companheirismo.
Vou citar um exemplo: se digo ao aluno para desligar o telemóvel mas se existe uma outra professora dele que deixa o aluno acaba por não obedecer à primeira, ficando baralhado e confuso. Se quando um aluno não passa a aula e não faz nada eu faço uma participação disciplinar e outra professora dele não...eu começo a ser a má e não a que quer que ele trabalhe e que apesar de muita conversa ainda não conseguiu tentando desta forma outra via.
- Companheirismo e trabalho coordenado entre professores
O Joy tem toda a razão e eu vou dar um exemplo...tenho 90 minutos com uma turma de 7ºano que tem cerca de 24 alunos com muitas dificuldades. Naquela escola e nem é das melhores criaram-se acessorias ou seja nos segundos 45m de aula entra uma colega da mesma área que eu para andar pelos lugares a tirar dúvidas. Eu dou a aula e ela simplesmente acompanha pelos lugares. Posso dizer que é uma diferença da água para o vinho dos primeiro para os 45 minutos. Quando a minha colega chega vem o paraíso. Nos primeiros 45 minutos entro em stress porque não consigo ir a todos. Mas isto só se verifica numa aula, num dia da semana.
Porque não implementam mais estas medidas?
Mais...tendo em conta o discurso de miss vader (penso que é assim) penso que deveria haver mais cuidado com os horários dos alunos isto é...disciplinas como Matemática que exigem muito raciocínio nunca deveriam ser colocadas aos últimos tempos que é quando os miúdos estão cansados. Falo pela minha disciplina, os outros professores poderão falar da sua...a minha exige muita cabeça e no final do dia...acho complicado.
Julgo também que as turmas deveriam ser cuidadosamente constituídas: porque juntam os maus para um lado e os bons para o outro? Os bons deveriam incentivar os maus mas assim não dá...
Na minha escola a filha da senhora da secretaria e o filho da senhora do bar e os meninos do centro estão numa turma: silêncio total.
Os repetentes, mal comportados, com pouca educação estão noutra turma...porque é que tem que ser assim? Os mal comportados são-no porque infelizmente foram sempre marginalizados...penso que se convivessem com os outros se tornariam melhores...
Aqui ficam algumas ideias
António Almeida
Gostaria que me explicasse como pensa que se poderá perseguir no combate às desigualdades quando reconhece que quem é rico tem todas as condições de sucesso que os pobres não têm?
E que teoria económica é que foi posta em prática para criar as desigualdades à partida, frequentemente com uma assimetria brutal entre os que podem e os que nada têm?
Este post, que difere em tudo dos anteriores, deve ser lido e entendido na sua substância.
Aqui temos as desigualdades em toda a sua punjança e nenhum caminho para combatê-las. Uma perseguição vaga e infrutífera no meio de tanta dificuldade.
E diga-me lá, senhor António Almeida, como pensa dar oportunidades através da escola se quem tira cursos, das classes mais desfavorecidas, fica no desemprego ou vai para caixas do supermercado?
Este post é o post de quem não sentiu na pele nenhuma das dificuldades que aponta.Quem como eu teve que comer o pão que o diabo amassou conhece bem o preço dum percurso e das desigualdades que impelem a que seja sempre atirado borda fora do barco dos privilegiados.
Ao passar aqui li mais um comentário, o da carol, que me provou, que quem está de fora, por vezes fala muito, mas acerta pouco. As pressões que a Carol recebeu de certeza que foram de pessoas que defendem a privatização e não de pessoas que vivem num estado social com direitos e deveres, quer para o Estado, quer para o cidadão. Caro António de Almeida, estas são as verdades do dia-a-dia e não um país cor de rosa como descreve ou quer fazer parecer. Veja o que diz o joshua, também! Veja todos os comentários e os anteriores posts. Continuo com a sensação que há só uma pessoa a dar o passo certo... Não queria ser indelicado, mas por vezes até penso que o senhor é o José Socrátes.
Como estive sem PC desde antes do Natal; hoje eu só passo pra dizer que aos pouco vou colocando minhas visitas em dia e, na medida do possivel irei lendo e comentando.
Deixo o meu beijo e desejos de um ótimo domingo, além dos votos de um Ano Feliz!
Com carinho,
Menina
Lídia, como dona deste blogue é a ti que eu agradeço...agradeço e peço desculpa porque não consigo dizer mais nada depois de ler coisas como:
"
aulas, tão físicas, tão cheias de Texto acabadinho de sair do Forno, como Pão Quente, o Pão Quente da Palavra Inusitada!!!"
E ainda:
"...paixões estruturais que marcam pelo resto da vida: Ler com Tesão, com Paixão, com Sabor."
Obrigada por me teres proporcinado ler pessoas que escrevem assim: RENDO-ME!!!
Começo por agradecer a Miss Vader a resposta que deu!
è importante este sentir...MUITO!
Mais importante do que TEORIAS, PRECONCEITOS,PRÁTICAS!
Porque é com e para estas pessas que os professores trabalham!
Para os alunos, pessoas, não estatísticas!!!! Para os alunos, que têm ritmos diferentes, que provêm de espaços, culturas, ambientes diversos...
Mas isso não se respeita quando temos de leccionar, POR IGUAL, os mesmos assuntos a TODOS os alunos!!!!
Podemos fazer experiências, diversificar, mas no final onde fica a verdadeira aprendizagem????
O que lhes damos de útil para o seu futuro quotidiano???? Que "ferramentas" os ensinamos a manejar? Que aptidões encorajamos????
Mais uma vez, Miss Vader, agradeço o teu testemunho! Força para enfrentar o dia a dia e acreditar que vale a pena!
Para ti, amiga Lídia, a continuação deste esforço...que VALE A PENA!!!!
Bjkas, amiga!!!!
A busca que nós professores temos é de ver nossos alunos crescendo dignamente.Independente de sua origem familiar.A escola deveria ser o PORTO SEGURO de todas as pessoas.A oportunidade de mudança interna e externa.Como sempre a esperança com lutas, assim como a sua,continua viva!
um beijinho para a Lídia
-Caro amigo 7 pecados, não sou naturalmente o engº(?) José Socrates, aliás se visitasse regularmente o Direito de Opinião ou O Andarilho, verificaria que não morro de amores por tal personagem, nem tão pouco por Menezes ou Paulo Portas. Mas também não tenho de pedir desculpa a quem quer que seja por ser liberal, é um defeito meu, acreditar no ser Humano, na sua iniciativa, na sua Liberdade, e não gostar lá muito de partidos políticos, governos, nem tão pouco subscrever compromissos, ou vincular-me a quem quer que seja. Prefiro mesmo ser independente, quando estou de acordo com a esquerda, o que em mim é raro, assumo-o, por ser de direita, não aceito subscrever tudo o que vem do PSD ou do CDS/PP. Sou mesmo independente, e assim pretendo continuar. Neste texto em concreto, não defendi qualquer modelo para o funcionamento da escola, apenas a escola em si mesmo, procurando conferir importância ao papel de inclusão que a mesma pode proporcionar, indepentemente do modelo de funcionamento da mesma. Não desenvolvi, mas subscrevo sem hesitações, o reforço do papel dos professores, da autoridade dos mesmos, e porque não, responsabilizando-os também, penso que eles aceitariam o repto, pelos resultados, desde que pudessem ter uma palavra na definição dos modelos de funcionamento pedagógico, financeiro, logístico e social da própria escola. Estarei errado? Talvez! Mas criticar por criticar, é insuficiente, apresentem alternativas, para democraticamente debatermos, agora apontar defeitos ou insuficiências, sem apresentar alternativas, parece-me manifestamente insuficiente e intelectualmente desonesto. Se é para dizer que está tudo mal, a culpa é do governo, e todos somos uns coitadinhos, se alguém me vier propôr baixar impostos, estado social para todos, saúde, educação e justiça grátis, e já agora, 5000 Euros de ordenado mínimo, não, não tem um zero a mais, cinco mil Euros de ordenado mínimo, assino já!!! Expliquem-me é, onde vão buscar o dinheiro!!! Porque também eu quero o melhor para todos!
Julgo que a escola como qualquer grande instituição na qual existem inúmeras pessoas com pensamentos divergentes, atitudes divergentes...desde funcionários a professores se não tiver uma boa organização não funciona bem...
1º as turmas e os horários têm que ser elaborados atendendo a determinadas características dos alunos e das disciplinas. Isso parte da própria secretaria da escola que por sua vez tem um Conselho Executivo que comanda. O Conselho Executivo é o grande propulsor do bom ou mau funcionamento de Escola. Penso que deveria haver muito rigor na escolha do mesmo e na forma de selecção...
2ºTodos os professores deveriam diversificar as estratégias de ensino, principalmente nas disciplinas que para o aluno possam parecer mais monótonas. Isto tem que partir dos professores...que têm que ser consciencializados nas faculdades deste facto.
3ºMais rigor na selecção dos alunos que compõe a turma, sou contra a turma onde figuram os bons alunos normalmente a A e as que figuram os maus alunos normalmente a B e a C. Isto parte da secretaria e novamente o Conselho Executivo tem um papel preponderante.
4º Embora o professor possa pensar que consegue tudo...não consegue. Penso que precisaria de especialistas para o apoiar. Muitos professores têm pudor em consultar psicólogo da escola...assim como os alunos...mas um acompanhamento evitaria bofetadas, depressões...Deveríamos mudar esta atitude dos professores de não reconhecerem que não conseguem ser professores exemplares, pais exemplares, amigos exemplares, educadores exemplares...Eu reconheço e penso que seria muito melhor tendo apoio...há certas turmas que precisam da "mão" de mais alguém...
5ºAs aulas deveriam ter dois professores (tal como eu tenho uma vez por semana), isto é em turmas numerosas, deveria existir um professor para ajudar o outro de modo a tornar o ensino mais individualizado...principalmente Matemática (falo por mim) onde as dúvidas são tão diversas.
6ºAlgumas disciplinas deveriam rever os programas pois são demasiadamente extensos, não conseguindo o professor leccionar com qualidade e o aluno aprender devidamente. É melhor isto do que criar um facilitismo e passar um aluno que não aprendeu nem pouco nem muito. Devagar se vai ao longe.
7ºCompanheiros e espírito de equipa entre professores...todos agirem em conformidade, com as mesmas regras para os mesmos alunos, para que não exista o professor bom e o mau. Isto tem que ser fomentado no estágio pedagógico devendo ser penalizado quem não conseguir trabalhar eficazmente em equipa.
8ºOs programas devem ser feitos para os alunos e não para o que der jeito. Os programas devem ir encontro às necessidades de mercado mas também ter em larga consideração a motivação do aluno. Existem programas cujos conteúdos não conseguem atrair os alunos em larga escala...fazer adaptações de modo a captá-los...
9º Os manuais deverão ser concebidos com qualidade havendo alguém que faça uma revisão cuidadosa de cada um.
Estas são algumas das soluções que retirei de tudo o que li e tendo cuidado com a opinião da aluna, a minha vivência...não percebo muito de política e não sei se estas medidas permitiriam que a escola fosse melhor mas esta seriam medidas a ter em conta...
Conclusão: as faculdades precisão de revisão,os manuais, os estágios pedagógicos valorizarem em grande escala outras vertentes, o Conselho Executivo ser seleccionado com rigor e os horários obedecerem a determinados critérios.
continuação
Caro António de Almeida. Caso não saiba, costumo visitar o seus espaços, assim como já deixei lá os meus comentários, não tão assiduamente, devido a alguns problemas. Vi, como diz, que não morre de Amores pelo PM. Contudo, o facto de tal "personagem" não lhe agradar, não faz com que o amigo, não tenha pensamentos muitos idênticos ao dele. Como sabe, gosto de "debater" consigo e trocar as nossas ideias divergentes. Sempre lhe fui frontal e disse-lhe o que penso e nunca o chamei de "Rico", como já o mencionou, noutros comentários. Esses comentários foram proferidos por outros comentadores. Também nunca o fiz passar por um comentador com ideias "intelectualmente desonestas". Não gosta de políticos? Eu então....O facto de não gostar deles não me faz assentar em ideias de privatizações, para estes mais tarde ocuparem os lugares de cima, como já acontece. Ideias todos temos e debatemos-as aqui. Apresentar soluções? Não me cabe a mim e a si, julgo eu, enquanto cidadãos normais. Podemos apresentar as nossas soluções, na mesa de voto ou criando um Partido...por isso mesmo a liberdade de expressão e de contrariar quem nos governa é um acto autónomo e de liberdade, como o amigo refere e tanto gosta. Também eu quero um país diferente e com igualdade de oportunidades. Penso eu, é que não podemos matar um sistema, em liberdade do privado, pois nem todos (portugueses) podem viver através desses recursos. Não podemos desumanizar o homem, o respeito e a sua liberdade e o que eu vejo dia-a-dia é a eliminação de alguns sectores da sociedade em prol de outros. Isso não pode acontecer e caro amigo, também eu defendo a liberdade e a igualdade de oportunidades para todos, mas não é, sem dúvida nenhuma, "matando" o sistema que protege os mais desfavorecidos. Espero não o ter "insultado", pois sempre disse, que essa, não era a minha intenção. Fique bem claro que discordamos nas ideias, mas nunca nos insultamos, ao contrário de outros comentadores, que por aqui passaram e que já o fizeram à sua pessoa. Como tal, só lhe peço para não insultar a minha inteligência. Abraços.
obrigado pelas palavas. Saudações amigas
Se me é permitido, penso que o mais que discutir as opções de fundo entre sistemas de ensino mais crucial seria, neste momento, discutir métodos de ensino. No público e no privado.
Vi aqui muita coisa que podia ser tema de urgente reflexão no Ministério da Educação.
A questão dos horários, a sobrecarga de disciplinas (talvez algumas com pouca utilidade), a relativa imensidão dos programas e, aqui e ali, incoerência dos seus conteúdos, a gestão escolar e os modelos que se pretendem para a mesma, a segregação que é efectuada e admitida nalgumas escolas públicas que convenientemente separam os bons alunos dos maus alunos, entregando normalmente as turmas dos bons alunos aos melhores professores.
Mas que não se pense, a partir do que aqui escrevo, que sou um acérrimo defensor da privatização do Ensino.
Sou, isso sim, defensor da coexistência dos dois modelos e permitindo-se aos cidadãos a possibilidade de escolha. E a haver cheque-ensino que seja o mesmo entregue ao aluno e não à escola.
LÍDIA:
A Luz da Manhã espera por ti lá em casa!
Agradeço que a aceites!
Semana iluminada, querida!
Carissimo 7 pecados, debato consigo, porque considero que vale a pena fazê-lo, claro que defender as nossas posições, seja eu ou o meu amigo a fazê-lo, por vezes até com veemência, não poderá de forma alguma ser considerado insulto. Aliás, a insultos e anónimos não respondo, esta não é para si obviamente, entendo estes espaços como trocas de ideias, partilha de propostas, não julgo que irei converter alguém, como tão pouco me conseguirão converter a mim, mas surgiram neste texto, pontos de vista bem interessantes, sem desprimor para ninguém, quero destacar a Silvia Madureira. Mas já agora, não defendi neste texto concretamente, a privatização do ensino, o meu pensamento é conhecido, tê-lo-ei feito noutros, aqui procurei sobretudo valorizar o papel de oportunidade que a escola representa, independetemente do seu modelo de funcionamento. Não valorizei, mas outros o fizeram de forma brilhante, o papel dos professores, que também nada tem que ver com o financiamento público ou privado, isso é outra questão, antes de tudo, são professores, e conheci alguns enquanto aluno, que partilharei com todos, logo que me surja oportunidade.
Penso que muito já se disse neste post e só me resta destacar além do joshua, do zé lérias a intervenção da Sílvia Madureira...subscrevo tudo quanto disse...boa semana...
Neste momento, e antes de entrar o post seguinte, algumas reflexões deverão ser feitas.
Este tema tem sido debatido com algum calor, e bastante profundidade, em parte devido ao facto de ter a participação de muitos profissionais do ensino que sentem na pele os efeitos da reforma do ensino e a as dificuldades em lidar com uma nova geração de alunos que espelham uma sociedade que se destruturou familiarmente, que se tornou multicultural e que se vê a braços com o desemprego e as desigualdades de forma particularmente marcante.
E não encontrou ainda respostas para estas situações.
Outros visitantes, não estando propriamente ligados ao ensino, estão também em situação de derrapagem pelas condições adversas que estamos a atravessar. Umas por culpa do governo e outras não.
Em qualquer dos casos, a visão de António Almeida é uma visão tão legítima como qualquer outra, António Almeida expô-la, com toda a clareza, enriquecendo o debate com uma perspectiva diferente do que tem sido a norma. António Almeida, tal como qualquer um de nós, quer combater as desigualdades de oportunidades. Ele acredita que o liberalismo económico contribuirá para criar emprego e oportunidades para todos, eu acredito que o liberalismo trará mais mais desigualdades contribuindo para uma maior concentração da riqueza nas mãos duma minoria.
São opiniões, vivemos num País livre e democrático e há que respeitar a visão de cada um.
Obrigada a todos
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