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ESCOLA VERSUS IGUALDADE DE OPORTUNIDADES (X)

Após estes excelentes contributos, que agradeço quer a quem contribuiu com textos quer quem comentou com envolvimento e paixão dando o melhor de si nos seus comentários bem como a todos aqueles que, de uma forma ou doutra, foram acompanhando o tema, vou passar à apresentação de opiniões de alunos, e pais de alunos, sobre a escola actual.

E vou começar por dois casos de excelência que farão nascer a esperança aos mais pessimistas, dar alento aos professores descrentes e provar que, mesmo nos campos mais inóspitos, pode haver Primavera.

O caso que abordarei no próximo post diz respeito a um jovem que completa 15 anos no próximo dia 1 de Abril. Frequenta o nono ano duma escola oficial do agrupamento Ferreira de Castro do Concelho de Sintra.

Este jovem frequentou um bom colégio privado nos 6 primeiros anos de escola após uma infância algo atribulada. Filho de toxicodependentes, ele nasceu em condições precárias e foi retirado aos pais pela Segurança Social. Os primeiros anos de vida fazem-se entre uma família destruturada e acontecimentos pouco edificantes.

Presentemente vive com a mãe.

Até que ponto a escola conseguiu articular-se com esta família e salvar o jovem Alex? Até que ponto o Alex teve dificuldades de integração quer pelos traumas quer pela discriminação dos colegas, quer pela incompreensão dos professores?

Poderá uma criança fazer um percurso em igualdade de oportunidades tendo às costas todo o peso de circunstâncias tão adversas?

Pois, até pode.

Com uma força extraordinária e uma boa disposição sempre presente, Alex é uma lição de vida que pretendo apresentar no post que se seguirá.

27 comentários:

Silvia Madureira disse...

Lídia:

Fico expectante...estes casos fazem com que a vontade de trabalhar todos os dias seja cada vez maior.

beijo

R.Almeida disse...

Vim aqui agradecer a visita feita ao "Sidadania" bem como as palavras deixadas no seu comentário.
A surpresa apareceu quando me deparo com o excelente post sobre esta criança.Crianças institucionalizadas,filhas de familias problemáticas quer devido à droga ou a outros factores de exclusão social. Qual o seu futuro?
É uma das áreas sobre a qual o sidadania se vai debruçar,mas dando mais relevo ás crianças infectadas pelo HIV,focando também a adopção destas crianças.O seu blog vai passar a estar nos meus favoritos e virei visitá-lo mais vezes.Obrigado por estar solidária com a causa da SIDA,vou gostar imenso de trocar ideias consigo se me der esse previlégio. bjs.

SILÊNCIO CULPADO disse...

ru2x
Conta comigo incondicionalmente. E tenho um blogue solidário em parceria, O SOL POENTE, vocacionado para temas como os que abordas.
Podemos pensar, por isso, numa frente de trabalho conjunta.
lnsoares@aeiou.pt

contradicoes disse...

Pois venha lá então esse post que a curiosidade já está aguçada. Grato pela seu comentário. Julgo que se nos impõe revela a verdade sobre questões das quais temos conhecimento e que a comunicação social conscientemente oculta.

António de Almeida disse...

-Acompanho a história narrada noutro espaço, pelo que aguardo.

Luiz Santilli Jr disse...

OPINIÃO
Permitam-me fazer algumas considerações preliminares, para que se possa ordenar as soluções dos problemas educacionais, dentro dos limites estabelecidos por este fórum: A escola como promotora da igualdade de oportunidades.
Há um fator de ordem natural: a natureza não dotou todos os humanos com o mesmo nível de Inteligência. Isto é uma constatação, não uma hipótese. Em todos os lugares do mundo em que se fez um levantamento do nível de inteligência das pessoas o resultado foi uma distribuição Gaussiana ou normal da inteligência: poucos com baixo nível de inteligência e também poucos com uma super inteligência e uma imensa maioria com níveis normais.
Eu costumo dizer que a natureza não foi democrática na distribuição nem da inteligência e nem da beleza.
A escola, em todos os níveis de ensino vai topar com esse diferencial. Então o ensino deve ser balizado por qual grupo? Pela média, pelos mais fracos, pelos mais inteligentes?
A experiência de separar os alunos por grupos de mesmo potencial foi catastrófica, contrariando a tese.
Nós professores encontramos esse dilema em nossas salas. Resolvê-lo é o diferencial entre um professor e um dador de aula.
Então, vamos dosando o ensino, ora puxando mais, ora freando um pouco, pois depois de um mês já fizemos nossa classificação Gaussiana na sala. E temos a nítida consciência dos alunos destinados ao sucesso e os que irão lutar a vida toda, pela suas dificuldades naturais de entender!
Não se trata de metodologia inadequada, mas sim de impossibilidade orgânica de assimilar certos conhecimentos.
Trabalhando em escolas públicas, em São Paulo, verifiquei outro diferencial que nasce das origens dos alunos: níveis sócio-econômicos, cultura dos pais, ambiente familiar, hábitos de leitura, forma de alfabetização, que somados provocam uma heterogeneidade nas classes, cuja solução a direção nem se envolve, até por não ter como resolver esses disparates.
Como professor de escolas de engenharia este fator é extremamente impositivo, pois os exames seletivos não filtram apenas os melhores. Muitos adentram as escolas, mas não conseguem aprender matemática superior, pois o próprio nome, Curso Superior, advém da necessidade de se ter um nível superior de inteligência, que não é desenvolvido pelo adestramento mas está ligado a fator estrutural cerebral de redes neurais. E isso não tem escola que resolva ou mude.
Então as escolas dão os fundamentos necessários à formação dos indivíduos, mas o diferencial da inteligência promove uma minoria aos escalões superiores da sociedade, relega outra minoria às condições de profissionais semi qualificados e uma grande porção de elementos medianos vão se adaptando às profissões que se encaixam em seus limites mentais de raciocínio, tudo dentro da Lei de Gauss.
Vejam uma prova disso em São Paulo: face ao desemprego que afeta principalmente os maiores salários, ao invés de correr atrás do emprego, uma grande geração de pessoas altamente qualificadas está encontrando em novos negócios, em pequenas empresas e no mercado de capitais, a forma de vencer e ganhar mais do que em seus antigos empregos. Isso não se aprende na escola, é uma decisão racional da inteligência e da visão individual.
A partir dessas premissas , considerar a escola como promotora da igualdade de oportunidades deve ser colocado com um certo cuidado.
Eu diria que esses problemas que afligem os humanos tem um culpado: o Criador, que nos fez diferentes!

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querida Lídia, grata pelo teu regresso ao meu cantinho.
Já vi muita gente sofrer, por não saber controlar a paixão ou amor, seja qual for o nome que lhe queiram dar.
Eu própria tenho a certeza, de que á vinte anos não escreveria assim!
Mas, hoje com maturidade é assim que eu sinto o que escrevo.
Lídia, tudo o que eu escrevo não é desenvolvido pela minha mente, mas sim pelo meu coração.
Beijinhos de muito carinho e amizade.
Fernandinha

Anónimo disse...

Felizmente há casos bem sucedidos. Conheço um. Mas lá que é difícil isso ninguém duvida. Um beijo

7 disse...

Advinha-se mais bons temas e bons debates. Excelente o exemplo que se adivinha...Abraços pecadores.

errando por aí disse...

Estou a aguardar com toda a expectativa esta nova fase depois do manancial de informação e troca de opiniões que constituiu a primeira fase.

Nilson Barcelli disse...

Eu não sei nada de especial acerca do ensino em Portugal.

Mas sei que alguém responsável do Ministério da Educação deveria estar a acompanhar este excelente conjunto de posts sobre o tema.

Bom resto de semana, beijinhos.

Eternamente disse...

Estes posts não deviam perder-se. Deveria ser compilado um documento e enviado a quem de direito.Há um grande trabalho de qualidade que está a ser feito e há comentários que faz favor, são do melhor que tenho lido.

Menina do Rio disse...

Visto que já opinei sobre o tema e; sendo brasileira, fica impossível falar sem expor os problemas de meu país. Não sendo professara e tendo que optar pelo ensino pago de qualidade para os minhas filhas que felizmente a mais nova já está na faculdade, acabo me sentindo fora da realidade escolar.

Deixo meu beijo sincero

fotógrafa disse...

Obrigada pela visita...
Abraço

Laurentina disse...

Fico a aguardar expectante.
Beijão grande

Isabel Filipe disse...

Olá Silêncio,

Fico a aguardar com grande expectativa a história do Alex ...

beijinhos para ti e obrigada pela tua solidariedade

bom fim de semana

São disse...

O meu caro amigo Luiz Santilli tem razão : somos todos diferentes, Penso, porém, que a Escola deve tentar esbater o mais possivel essa diferença na socialização pelo menos, já que intelectualmente é bem mais complicado.
É nesta perspectiva que me bato por uma rede nacional de Pré-escolar!!
Espero com curiosidade a hist+oria de Alex!!
Felicidades!

Teu mais que tudo disse...

Acho conveniente um post a abordar a análise feita por Santilli e que entra num ângulo diferente de tudo o que tem sido dito até aqui.

José Lopes disse...

Há honrosas excepções, felizmente, mas o que todos gostaríamos era que os casos de excelência fossem mais comuns do que infelizmente são.
Aguardo para dizer algo mais, se for o caso.
Cumps

René disse...

Percebo o que diz o Guardião. Podem aparecer esporadicamente casos de sucesso mas um sistema escolar injusto não gera, por norma, casos de sucesso.

Luiz Santilli Jr disse...

Só mais uma colherada!
O sucesso profissional nunca será uma norma e a excelência será sempre uma raridade.
O que temos que batalhar é por uma escola que cumpra a formação adequada ao indivíduo, que lhe proprcione condições de formação intectual minima e capacidade de militar, com chaces, no mercado de trabalho (detesto esta terminologia para emprego).
Por outro lado, raramente o sucesso individual está ligado àpenas à excelência da escola! Tive, na escola pública, em cursos de Tecnologia (3 anos de duração), alunos que hoje são doutores em engenharia, quando as universidades nem queriam admití-los, por não virem de formação acadêmica tradicional (leia-se conservadorismo). Era um absurdo, para os doutores, um tecnólogo, com um curso de três anos, ter a pretenção de ser doutor! Porém conseguiram, e não foram poucos.
Mas não tem fim isso...

amigona avó e a neta princesa disse...

Aguardamos todos com carinho o Alex! Eu também, amiga...beijo...

JOY disse...

Lidia ,

Minha amiga mais uma vez tenho que te dar os parabéns por esta tua iniciativa ,com os resultados que aqui estão á vista ,como aqui alguém disse todos os posts e alguns comentários mereceriam uma compilação para serem alvo de debate para uma plateia maior se possivel com a presença da Ministra da Educação ; eu sei que estou a sonhar mas merecerias tu e quem participou de alguma forma para isto acontece-se .Achei interesantissimas as considerações do Luis Santilli.

JOY

O Sibarita disse...

OI menina!

É isso, o preconceito, a falta de bondade, a falta de compreensão para com esse jovem!

bjs
O Sibarita

Eternamente disse...

Excelentes estas abordagens que lemos com interesse e expectativa e que encaramos segundo os diferentes ângulos dos comentadores.

C Valente disse...

Saudações amigas e bom fim de semana

Adriana disse...

Isto faz com tenhamos esperança que um dia a igualdade, pelo esforço,como o seu será conseguido.