O divórcio poderá não ser a solução mais desejável mas é, sem dúvida, a solução mais digna quando uma relação chega ao fim. Sobre o ambiente de violência física e psicológica, entre cônjuges, chegam-nos relatos todos os dias. São os crimes passionais, a violência doméstica, as agressões verbais, as depressões e o medo que imperam em muitas famílias no seu dia a dia.
Quando se fala que o divórcio é indesejável quando existem filhos caberia perguntar que felicidade têm esses filhos em ambientes agrestes, onde o desamor e as ofensas campeiam, onde as autoridades se dividem na sua educação, onde a incerteza e o medo tiram, frequentemente, lugar à razão e ao bom-senso.
Segundo dados da Eurostat, Portugal foi o país da Europa dos 15 que registou um maior aumento do número de divórcios entre 1995 e 2004 tendo passado de 12.322 para 23.348, o que representa um crescimento de 89%. Todavia, este crescimento acentuado, não significa que os portugueses se divorciem mais que os restantes europeus.
A maior percentagem de divórcios continua a verificar-se nos países do Norte da Europa que, e ainda segundo a Eurostat, em 2003 tiveram taxas que rondavam os 0,6% enquanto, em Portugal, se quedavam nos 0,3%.
O Instituto de Política da Família apresentou ainda recentemente em Bruxelas, um Estudo que aponta para um casamento dissolvido em cada 30 segundos, na União Europeia, o que equivale a cerca dum milhão de divórcios por ano com um rácio de um em cada dois casamentos.
São os países do Sul da Europa - Portugal, Itália e Espanha -, de tendência mais conservadora e com maior influência da igreja católica no seu passado, que apresentam uma maior subida nas taxas de divórcio e isto porque os Países do Norte sempre tiveram taxas bastantes elevadas e que continuam a manter.
As novas reconfigurações familiares, do mundo presente, exigem uma nova forma de olhar a família que não deverá continuar a ser cativa de estereótipos que vão perdendo o sentido com o desenrolar do tempo. Aceitar a realidade é uma prova de inteligência pois só assim se poderá intervir com as necessárias correcções, que o progresso e a cidadania requerem, criando condições de estabilidade para as gerações hodiernas.
A liberdade religiosa deverá ser uma condição de escolha individual e de independência face ao Estado e aos cidadãos, mantendo-se em aberto as opções que cada um entende como satisfatórias desde que estas não colidam com os valores da sociedade em que se insere. Valores estes que deverão ter em conta o respeito pelo outro nas suas opções de vida e orientação sexual. Não faz sentido, que em sociedades evoluídas, se discriminem pessoas que pagam os seus impostos e contribuem para o bem-estar comum, só porque a sua forma de felicidade não se enquadra no conceito de família tradicional.
Os casamentos não podem continuar a ser um jogo do faz de conta, destruidor da interioridade e do equilíbrio, só porque se entendeu, num passado de diferentes realidades, que essa seria a fórmula correcta de manter a sociedade estruturada.
Se um casamento pelo civil se realiza com relativa facilidade, em escassos minutos, porque deverá o divórcio ser um processo algo moroso e penalizante?
Será legítimo manter um casamento quando uma das partes deixou de o desejar?
Luís Zapatero conseguiu já em Espanha o dito divórcio na hora porém, em Portugal, essa solução ainda está distante.
Continuamos pois a insistir no desgaste emocional e no arrastamento das situações burocráticas que acentuam as sequelas e que impedem uma sã convivência entre os cônjuges, nos pós divórcio. Relegamos assim para segundo plano a dignidade humana e o são desenvolvimento dos filhos que devem ser acompanhados por ambos os pais no seu processo de crescimento independentemente destes estarem, ou não, unidos pelo vínculo do casamento.
126 comentários:
quando as pessoas já não se querem para quê prolongar um "martírio" fingido? e no casamento religioso ainda é mais aberrante... como sabem "eles" que foi Deus que os uniu... para impedir que se unam depois com quem realmente gostam?
Subscrevo. Mas em Portugal não pode ser assim tão fácil as pessoas divorciarem-se, que depois deixa de haver porrada entre cônjuges, perdendo-se assim uma das poucas atracções turísticas que esse país ainda tem.
Lua cheia
Me lembra você:
Uma luz no meio da escuridão
Não que você reflita a luz de outros
(Você tem sua própria chama:
Aquela de quem ama)
É algo raro hoje em dia:
Alguém em quem confiar
quem respeitar
quem amar
Muito oportuno este post.
Tanto mais que a Igreja Católica - pela voz de "D." Jorge Ortiga e na esteira da sua congénere espanhola - afirma este dislate inaudito: Um Estado democrático não pode ser ateu" !!!!
A instituição que apoiou estreitamente as abomináveis ditaduras de Salazar e Franco continua a pretender reger a vida de todas as pessoas pelos seus dogmas!!!
E o cinismo é de tal ordem que se manifestam contra o divórcio de quem não segue o catolicismo e, portanto, não é obrigado a respeitar-lhe as regras, mas a própria Igreja procede a anulações de casamentos entre católicos e realizados segundo os seus preceitos!!!
E Judas é que traiu Cristo?!
Abraço-te, amiga.
"Continuamos pois a insistir no desgaste emocional e no arrastamento das situações burocráticas que acentuam as sequelas e que impedem uma sã convivência entre os cônjuges, nos pós divórcio. Relegamos assim para segundo plano a dignidade humana e o são desenvolvimento dos filhos que devem ser acompanhados por ambos os pais no seu processo de crescimento independentemente destes estarem, ou não, unidos pelo vínculo do casamento."
Isto diz tudo. Lamentável, amiga!
Beijinhosssss
Sou divorciada e este é um assunto que ainda dói. Não sei o que é pior. Mesmo porque meu casamento ia bem até ele voltar de uma viagem de trabalho de 2 anos e dizer que havia se envolvido com outra em função da solidão pela qual viveu longe de casa. Como se a solidão só tivesse afectado a ele...
Por isso não vou comentar.
Beijinhos
Um casamento, uma união onde o amor deu lugar à agressões e violência, obviamente é danoso para a criação e formação da personalidade dos filhos e sua dissolução deveria ser simplificada.
Um abraço Lídia.
Subscrevo totalmente tudo o que dizes amiga...o que me incomoda, também, é a facilidade e a ligeireza com que as relações se destroem...não há empenho no amor, na amizade, na compreensão...mas isto não tem a ver com o facilitismo dos divórcios mas sim com os valores que se vão defendendo (ou não)...beijinhos...
Achei um piadão ao mac adriano.
Realmente ahahaha... é capaz de ter razão.
Em Braga, uma esposa depois de apanhar um "fardamento" , ter o saco bem cheio e a cara feita num pão de milho, vai ao médico e diz assim.
Ai, Sr, Dr. o meu marido é um santo, aquela coisa do vinho é que é o diabo.
A Sério:- O Divorcio é muito complicado e só para irresponsáveis
é que é fácil.
Achei um piadão ao mac adriano.
Realmente ahahaha... é capaz de ter razão.
Em Braga, uma esposa depois de apanhar um "fardamento" , ter o saco bem cheio e a cara feita num pão de milho, vai ao médico e diz assim.
Ai, Sr, Dr. o meu marido é um santo, aquela coisa do vinho é que é o diabo.
A Sério:- O Divorcio é muito complicado e só para irresponsáveis
é que é fácil.
Quando as pessoas se casam sonham uma vida a dois e acreditam que podem viver felizes para sempre. Não será sempre assim mas a maior parte das vezes é o que acontece.
A vida a dois apresenta-se depois como um desafio em que o casal vai conhecer um outro lado do outro que o tempo de namoro e a novidade da paixão fisica não deixaram ver.
E há características insuportáveis. Imagine-se alguém muito sério com as suas contas casado com alguém que rouba, faz dívidas e não cumpre os seus compromissos.
Situações de droga, jogo, toxicodependência e infidelidade, não podem ser menosprezadas.
Também entendo que podemos encontrar alguém e apaixonarmo-nos por esse alguém. Se se trata duma pessoa com quem privamos no dia a dia é difícil suster a situação.
Temos que aceitar os factos conforme são e arranjar saídas dignas quando as situações ficam insustentáveis.
Por isso defendo que se deve descomplicar o acto de divorciar e evitar o achincalhamento mútuo nos processos de separação.
Abraço
Se um casamento pelo civil se realiza com relativa facilidade, em escassos minutos, porque deverá o divórcio ser um processo algo moroso e penalizante?
-Escassos minutos, como quem diz, mais o tempo, cerca de um mês, que tem de estar afixada publicamente tal intenção. Também sou contra o prolongar de situações que não interessam a ninguém, e que atentam a dignidade, para além de significarem vidas adiadas, mas também não defendo o divórcio na hora, tipo simplex, caramba, isto também não será assim tão urgente, que não possa esperar uns meses, eu disse meses e não anos, mas nunca permitir que após uma discussão, por vezes rotineira, se permita tomar tal decisão sem ponderação, como de resto no casamento também é assim. Custas judiciais pagas pelos próprios é claro, isso nem se discute, e salvaguardados os direitos patrimoniais dos intervenientes, mediante acesso aos tribunais em caso de litígio, como até aqui, o que deve desaparecer é o tempo de espera, reduzido a um mínimo, que salvaguarde intenções de facto, de pequenas brigas momentaneas, com arrependimentos subsequentes.
que bom que foi passar por aqui e ler este texto cheio de verdades
obrigada
bom fim de semana
Boa Tarde Lídia,
Sem dúvida que é preferivel o divórcio "quando as coisas já não funcionam" ... e os filhos nunca deverão ser metidos na balança como desculpa para se manter algo que já está mal... pois serão eles que mais irão sofrer ...
quanto ao divórcio na hora ... cá em Portugal, embora ainda não funcione em todo o Portugal (pois é necessário o tal cartão de Cidadão, que ainda não está disponível em todos os concelhos ... mas que estará em 2009) ... tal já é possível e não está assim tão longe como dizes ... já é possível fazê-lo pela Internet ...
vê aqui
Divórcio na Hora:
http://www.divorcionahora.com/
beijinhos e um bom fim de semana para ti
Pára e admira calmamente
tudo aquilo que te rodeia.
Sem contemplação,
a vida é uma mera existência.
Bom fim de semana
abraço
O que tenho observado, de há um tempo para cá, é que grande parte de casais vivem na mesma casa...mas na realidade separados!
só que nenhum dos dois tem a coragem de dar um passo em frente e pedir o divórcio com a desculpa que é penoso e dificil...mas na verdade,se duas pessoas já nada têm na parte sentimental nada que as ligue uma á outra, ficar presas só pela parte material...é muito triste.
Tomara que essa lei do divórcio rápido chegue deveras até cá.Pode ser que assim as pessoas começem a andar mais felizes, depois de resolvido esse problema...
abraço
"O fim da ilusão" é um bom título para descrever um casamento que chega ao fim. E chega ao fim quando as pessoas já não se suportam, quando tudo o que uma faz irrita a outra, quando já não se aguenta o bater duma porta ou o apagar duma luz no espaço que se partilha.
Não acredito que o divórcio na hora icentive a divorciar-se quem não o queira. Se houve apenas uma discussão ou um arrufo isto acabará sempre num fazer as pazes. Só não acaba quando existem razões de fundo.
O divórcio é, na maior parte das vezes, a única forma de se sair da vida a dois de cabeça levantada.
Abraço
Há vários dados que é preciso reter antes de começarmos a tecer considerações sobre o divórcio. Anualmente só na APAV dão entrada cerca de 21.000 casos de violência doméstica e os crimes que culminam em morte são superiores às duas dezenas anuais.
Há casais que se odeiam de tal forma que desejam que o outro morra para poderem ser livres.
Quando as pessoas se casam quem os casa nunca pergunta no acto do casamento se pensaram bem no passo que vão dar. Porque razão quando se divorciam têm que fazer tanta questão de mandar pensar e repensar? Uma família só existe enquanto perduram os laços de amor. Ambientes degradados nunca serão salutares para os filhos. E há filhos que assistiram a actos de violência que os marcaram para toda a vida.
Defendo o divórcio simplex, sim senhor.
Bjs
Inteligentes e sempre oportunos estes posts.
Determinado parágrafo tocou-me saudávelmente o íntimo.
Obrigada pela patilha que me fez parar e reflectir.
Felicidades
É preciso que todos meditemos que o casamento não é um vínculo que acorrenta pela obrigação, a todo o preço e a todo o custo, duas pessoas a ficarem juntas para o resto da vida.
As pressões e tensões do meio são de tal forma violentas que gays e lésbicas casam com parceiros hetero e iniciam relações aceites pela sociedade mas que os destroem por serem contra-natura.
É sempre sucedido de escândalo o rompimento destas relações e, o mais comum, é os filhos ficarem entregues ao pai ou à mãe hetero por os tribunais considerarem que os outros são um mau exemplo, ainda que reunam todas as condições e vantagens para ficarem com os filhos.
Acabar com os preconceitos e dar mais agilidade aos processos de divórcio é importante para os adultos e para as crianças que devem ver nos pais dois adultos com bom relacionamento ainda que separados.
Abraço
"As pressões e tensões do meio são de tal forma violentas que gays e lésbicas casam com parceiros hetero e iniciam relações aceites pela sociedade mas que os destroem por serem contra-natura."
Sinto-o de bem perto...
Fantástico, tenho assistido aos defensores desse divórcio, que ao longo da vida têm estado com 1, 2, 3, 4 mulheres e todas passaram um mau bocado.E também há o inverso.
Curioso é que quase todos os defensores do divórcio na hora são infelizes na vida e ou nunca foram casados, ou efectivamente pensaram que tinham feito um mero contrato escrito, assinado num rolo de papel higiénico.Haverá situações que são alarmantes, mas no geral... divórcio na hora?E depois o que acontece oas bens comuns?Aos filhos?
Tá certo, vou ali e venho já...
Estava à espera de um post com o qual eu não concardasse e aqui não sou silêncio Culpado.Como sempre sou pela família e contra o aborto e aceito o divórcio, claro, mas não na hora e no momento de raiva...
Fiquem bem, mas...
Olá querida Lídia, plenamente de acordo, com este esplêndido texto...
É infelismente uma realidade do nosso dia a dia...
Bom fim de semana,
Muitos beijinhos de carinho,
Fernandinha
As pessoas são curiosas. São capazes de se insurgirem contra o divórcio mas já acham normal ter arranjinhos por fora, especialmente se for o homem.
Há pessoas que se casam mais do que uma vez mas são leais às pessoas que amam. Sou um conservador que teve um único casamento durante toda a vida mas isso não me impede de ver o outro lado da questão.
Abraço
Martelo
É isso, prolongar um martírio fingido é aberrante.Temos que humanizar a nossa visão sobre a família.
Abraço
MAC ADRIANO
Não posso aceitar que em nome seja lá de quê, se mantenham casamentos assentes na violência e na morte da nossa identidade.
Abraço
Marta Ribeiro
belo poema. Obrigada pela sua presença.
Abraço
Lídia,
Li, ao acaso o comentário da Menina do Rio.
Também passo, sei que entenderás.
Um abraço e um bom fim de semana
SÃO
Já me fazes lembrar a Concordata em que um casal casado pela igreja não podia divorciar-se nem voltar a casar nem que fosse só pelo civil.
Pior, também não podia reconhecer os filhos que tivesse doutra ligação sem autorização do conjuge respectivo.
Conheci há muitos anos uma rapariga, chamada Libânia, que era filha de pai conhecido e mãe incógnita. Imagina só o absurdo. É que a mulher do pai autorizou que ele a perfilhasse e o marido da mãe não. Isto apesar dos pais da Libânia, serem felizes e viverem juntos durante largos anos vindo depois a casar no pós 25 de Abril.
Beijinhos
SOPHIAMAR
Estamos em sintonia como sempre.
Beijinhos, amiga
Menina do Rio
Eu entendo-te e por isso o meu comentário é um abraço muito apertdo e solidário.
Odele
Pois é disso mesmo que se trata. Dos casos em que a coexistência pacífica se revela impossível.
Abraço
Amigona
Concordo contigo na parte em que referes que nós devemos ter uma pre-disposição para aceitar o outro e para amar para além daquelas pequenas desilusões da convivência em comum.
Abraço
Zé do Cão
Situações como a que relatas são inadmissíveis e se a mulher se cansou de ser saco de porrada e decide pedir o divórcio deverá ter condições de agilidade burocrática que lhe permitam libertar-se com o mínimo de traumas e incomodidades.
Abraço
O divórcio é por si só penalizante e angustiante, porquê prolongar o processo...
Mas os portugueses gostam de complicar tudo... enfim
Bom fim de semana e beijo grande
Louise
Concordo contigo mas sem prejuízo de procurar harmonizar a vida em comum sem se chegar ao divórcio.
Abraço
António Almeida
Concordo que deva haver ponderação e chamada à razão quando começam a surgir no casal situações fracturantes. Gabinetes de apoio e aconselhamento matrimonial talvez não fossem descabidos no sentido de procurar a harmonia da família e a difícil linguagem da convivência.
Não estou a pensar num divórcio que surge por um atrito qualquer mas por situações que criam forma ao longo do tempo. E essas, em meu entender, deviam ser facilitadas.
Um abraço
Carla
Bem-vinda ao Silêncio Culpado. Um abraço.
Lídia
Isabel-f
Fico contente por saber.
Vou ver o site.
Abraço
FOTÓGRAFA
Há situações e situações. Não estou aqui a fazer a apologia do divórcio. Bem, antes pelo contrário, sou uma defensora acérrima da família. E é por ser uma defensora acérrima que entendo que não devemos deixar chegar a srelações a certos níveis de degradação e preservar a nossa dignidade.
Abraço
Mário Relvas
Ainda bem que discordamos porque o tal direito à diferença também deve ser praticado na opinião.
Porém convém esclarecer alguns pontos que me parece fundamental relevar.
Não estou aqui a fazer a apologia do divórcio. Sou uma defensora da família e das raízes que nos prendem. E tanto que o sou é que, apesar de divorciada e por minha iniciativa, continuo a visitar a minha ex-sogra no lar onde se encontra, a dar-me com os meus ex-cunhados e a ser uma boa amiga do meu ex, mesmo de pois dele voltar a casar. Actualmente vive longe mas temos uma relação cordial e até com a mulher dele eu me dou bem.
Porém, e apesar de ter estado casada 17 anos, sei que odiaria o meu marido se continuasse com ele.Não vou descrever os motivos mas nunca me arrependi da separação. E para o nosso filho, que ficou comigo, também foi melhor.
Agora, e como disse em resposta anterior ao António Almeida, as pessoas devem ser educadas para o amor e para a tolerância e para os valores da família.
Quando de todo isso é impossível penso que os processos devem ser agilizados para não somar traumas sobre traumas ou criar desistências em situações que já não têm concerto.
Relativamente aos bens materiais isso, em meu entender, é de somenos importância a menos que ponha em causa a sobrevivência de um dos conjuges ou dos filhos.
Um abraço e um sorriso
Robin Hood
A grosso modo é isso que penso. Dificilmente alguém se divorciará por dá cá aquela palha. É a casa que arranjaram em conjunto, são os objectos a que estamos ligados, são os amigos comuns, são hábitos entretanto adquiridos. E é isto que pesa e não o papel que se assina.
E o que estamos a falar é do papel que se assina.
Um abraço
MARY
Tocaste com o dedo na ferida e é exactamente aí que quero chegar.
É legítimo que se defenda que, por exemplo, as 21.000 pessoas objecto de violência doméstica, e que foram pedir socorro à APAV, deverão passar por um período de reflexão sobre se devem ou não divorciar-se?
E haverá concerto possível numa situação dessas?
Em meu entender o divórcio está a montante do papel que se assina e não é o papel que determina a situação.
Abraço
Valsa Lenta
Obrigada pela visita.
Abraço
SHEILA
Pois, isso de casamentos feitos pela pressão familiar nunca deram em nada.As pessoas só deviam casar quando sentissem que queriam mesmo dar esse passo.
Abraço
M.M.MENDONÇA
Tocaste num ponto crucial: os arranjinhos por fora. Isso sim que eu condeno.
Abraço
MEG
Entendo.
Um abraço
FERNANDA
Não sei se a realidade aparece agora ou se os efeitos dessa realidade é que se tornaram agora mais visíveis.
Mas atenção: não estou a dizer qualquer coisa parecido com isto: "Casados de todo o mundo divorciem-se!" Nada disso.
Estou a dizer que há feridas que só se curam quando não estão em contacto com aquilo que as provoca.
Um abraço
Querida Lídia/Silêncio...
em toda a História humana o que mais lentamente muda é a mentalidade...
Bjkas!!!
OLÁ
Ora nem mais. É essa a mensagem que pretendo passar e que tu dizes assim:
"O divórcio é por si só penalizante e angustiante, porquê prolongar o processo...
Mas os portugueses gostam de complicar tudo... enfim"
Abraço
Avelaneiraflorida
Ai a mentalidade, a mentalidade....
Abraço, amiga
Fico espantado quando se reclama o casamento entre homosexuais! Nisto tudo o que está errado é o próprio conceito de casamento! Admito o casamento religioso, um acto público perante uma comunidade, uma festança de compromisso assumido perante os mais chegados. Não consigo compreender é o que é que o Estado tem a ver com isso, com quem vivo, em que termos ou porque carga de água. Compromisso entre dois, sim, estado, não!
Um abraço bem casado
Estando actualmente casado acho que o divórcio é triste!
Ñunca contra...mas também é uma ideia que me desagrada.
bfs
O divórcio pode ser triste mas ser-se casado sem se saber respeitar e ser respeitado ainda o é mais.
Sou filho dum casal desavindo que discutia por tudo e por nada. Eu e o meu irmão adormeciamos muitas vezes ao som de discussões. Sabiamos que o meu pai andava com outras, que jogava e que bebebia. Falta o dinheiro em casa quantas vezes. Era com os trabalhos de costura da minha mãe, feitos e pagos sem que o meu pai soubesse, que nós iamos sobrevivendo.
Os meus pais nunca se divorciaram. O meu pai morreu há 6 meses atrás.Se me perguntarem se eu e o meu irmão preferiamos vê-los juntos ou separados, ambos optariamos pela última hipótese.
Ainda hoje tenho pesadelos em relação a certas situações.
Abraço
O divórcio não é o fim do mundo e acontece até mesmo em sociedades pouco desenvolvidas como as dos países árabes em que um homem pode casar com mais do que uma mulher.
É aberrante que se mantenha um casamento por razões religiosas e até mesmo materiais. Estas últimas até acabam por funcionar como uma forma de prostituição socialmente aceite. Há quem tenha outros parceiros e há quem ame outras pessoas mas mantenha o casamento para beneficiar de determinadas regalias financeiras.
"Silêncio Culpado",
não te estou a julgar.Quem sou eu?!...
Apenas sinto que é mais uma medida de desagração da família:o divórcio na hora. Mercê da possibilidade de qualquer membro do casal poder denunciar o casamento unilateralmente, por vezes de má fé, com possível aproveitamento sócio-económico, ou em momentos de dificuldade familiar.
Sou contra toda a violência sem sentido.A violência doméstica não é excepção, bem pelo contrário:repugna-me.Todos poderemos ter momentos infelizes mas não a aceito na prática, muito menos quando continuada.
A violência doméstica afecta ambos os sexos.Giro, não é?Porque quando se fala nisto pende-se para o homem mau, bêbado e inculto.Nada mais errado.Há homens que são violentados domesticamente e têm vergonha que se saiba...Acontece em todos os escalões sociais e, como em tudo na vida,existem os "bons" casais que praticam o "silêncio culpado".
Repugna-me colocar rótulos às coisas que não podem ter rotulação social, política e religiosa.
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA é um crime previsto na Lei e que as polícias, em evolução, criaram gabinetes (alguns não estão activados) específicos para colocarem a vítima à vontade, em sigilo, para procederem à denúncia e se comprovado, à protecção e ao consequente divórcio.É razão actualmente para, ao abrigo da Lei, se denunciar o casamento e conseguir o divórcio.
Em relação ao divórcio na hora, pensem no que acontecerá com imigrantes que queiram obter nacionalidade portuguesa e separação qd a tiverem.Aconteceu nos states...Não há como estudar os processos tendo visões globais e não pessoais ou políticas.Precisa de uma ampla reflexão e digo que não se concluirá um divórcio na hora, em que existam bens e filhos , quando os intervenientes sejam simultaniamente litigantes.
Terá que ir à justiça, e demorará o tempo habitual.Sou a favor da acelaração da justiça.Da rápida observância da lei que determina qd existe crime e seja justa causa para efectivar o divórcio.
Ainda hoje li na 1ª página do JN que o crime de pedofilia aumentou X.Curioso, mas não são esses os dados que tenho.A pedofilia existe desde sempre, até ser considerada crime.Começou a ser mais participada como crime, devido ao interminável caso do processo Casa Pia e outros casos mediáticos.Aqui também podia fazer outros considerandos, mas deixo para qd abordares este tema, que "penso saber" estar para breve.
A família é o alicerce de cada Nação. Temo que se esteja a perder o fio à meada!
Saudações e um sorriso
Oi dona moça retada! Belo texto seu, assino em baixo, faça fé!
Você é a tal e é mesmo! kkkk
É essa meu Deus a mulher! kkk
Obrigado pela poesia da Eugenia, genial!
bjs
O Sibarita
Caro M. Mendonça,
arranjinhos por fora...
O ser humano é um animal com necessidades sexuais,em permanente ebulição.É preciso algum controle, de facto, mas aí, também não há distinção de sexos...
saudações e um sorriso
São,
aceito o Budismo, aceito todas as religiões que se expressem na boa vontade dos homens perante um ser criador.
Nunca ouvi D. Jorge Ortiga, ou a igreja católica defender a violência familiar. Ou ser contra o divórcio se ela existir realmente.
Quero crer que as pessoas não reflectem na frase que dizem perante o altar, em que se comprometem para o bem, ou para o mal, a ser companheiros de uma vida.
Quantos casais passaram maus momentos, mas ultrapassaram-nos e vivem em sossego familiar, em amizade solidária, em companheirismo.
Quantos se divorciaram e choram não ter tido, ou dado, nova oportunidade?
O casamento não pode ser uma paixão que se gasta, e assopra-se a lampada mágica e aparece outra paixão.Quem, por vezes,não olha para uma pessoa estranha e não sente atração?
Não haveria nenhum casamento vivo.
São factos da vida real.
O importante é conseguir manter viva a chama imensa entre o casal.Fazer uma instrospecção de quando em vez, em conjunto e ver o que poderá melhorar.
Não sou utópico:não é fácil...
Saudações e um sorriso
quanto mais rapidamente feito, menores os traumas.
Divórcio, sim, quando não há nem amor nem respeito.
mas antes, as pessoas devem ter um peíodo de profunda reflexão, não partindo de imediato pa essa solução se existirem filhos, sobretudo.
Equilíbrio é o necessário, como em tudo na vida, aliás.
Um abraço.
Jorge P.G.
Pata Negra
Eu tenho uma noção do mal que resumo numa ideia simples: mal é tudo o que prejudica outras pessoas. As opções de vida de cada um, são as opções de vida de cada um. Desde que não prejudiquem ninguém...
Abraço
LEI DA ROLHA
O divórcio é triste e dói muito quando acontece. Mesmo para quem o deseja.
Abraço
René
A minha vizinha que mora em frente à minha casa é alcoolatra. Tem 36 anos, é professora universitária e escreve para jornais de renome.Ou seja não é propriamente uma ignorante que não saiba o que faz. Porém anda sempre perdida de bêbeda e na companhia doutros homens. É o marido que toma conta dos filhos e da casa. Ontem a policia veio buscá-la.E já não é a primeira vez.
O marido quer o divórcio e a custódia dos filhos. Filhos que nunca vi em companhia da mãe apesar da rapariga ter 12 anos e o rapaz 10.
Será que se justifica um processo de divórcio moroso e que ainda irá traumatizar mais as crianças e o próprio marido que é um desgraçado no meio daquilo tudo? Não seria mais digno um simplex que, de forma desburocratizada, resolva rápido e de vez a situação?
Isto é para te dizer que casos como o dos teus pais há muitos. Acima de tudo, entendo eu, há que preservar a dignidade.
abraço
Silêncio,
deixa-me dar-te os parabéns pelo tema que aqui colocaste.
Uma tribuna onde se espelham várias opiniões, mas onde ressalta uma coisa comum:ninguém deseja o divórcio, por dá cá aquela palha.
Saudações e um sorriso
ABEL MARQUES
As situações de vida dupla são muito pouco dignificantes. Mas não só estas situações como muitas outras para as quais nunca se está preparado.
Abraço
René, não sou o moderador do debate que á a Lídia, mas deixa-me dar-te os parabéns pela tua partilha pessoal.Ninguém pode ignorar que os casamentos, os pais, no bem e no mal, marcam futuramente os filhos.
Espero que tenhas conseguido vencer essa questão, o que não deve ser ou sido fácil.
São questões traumatizantes.
Lídia, essa tua vizinha alcoólotra já foi hopsitalizada para tratamento? O marido em caso de agressão, maus tratos aos filhos, onde se inclui o abandono, deverá chamar as autoridades, fazer um auto de notícia e recorrer ao tribunal pedindo o divórcio.
Será que é isso que ele quer?
Saudações e um sorriso
MÁRIO RELVAS
O divórcio é um tema que merece ser discutido pelas implicações que tem. Dei uma opinião que é apenas isso. O assunto é melindroso e as análises não são lineares. O divórcio na hora tem sido largamente contestado com base em muitos dos argumentos que apresentas. Porém, e sem querer impor o meu ponto de vista, continuo a defender que o simplex não é descabido se forem acauteladas certas permissas. Por exemplo só os casais com mais de um x tempo de casados e vida em comum (5-10 anos por exemplo) o poderem fazer. Isso afastaria os tais casamentos com estrangeiros para efeitos de legalização e tornaria mais responsável a decisão do divórcio. Dificilmente alguém desfará um casamento de 10 anos só por impulso. Alguns comentadores apontam para um período de reflexão. Mas será que ir 3 vezes a tribunal em 6 meses para dizer sempre a mesma coisa não será arranhar as feridas da separação? E ter que arranjar um advogado para processos que nem sequer são litigiosos, será que tem utilidade a não ser para pagar honorários por um serviço dispensável?
Mas nada disto contraria a ideia de que se deverá incutir nas crianças e nos jovens valores estruturantes e que a família deverá ser uma base de fixação desses valores.
Porém o conceito de família também é relativo. Hoje tenho, no meu núcleo familiar, mais um jovem de 15 anos que me foi entregue pelo tribunal quando tinha 10anos.
Não são só os laços de sangue ou do matrimónio que fazem a familia.
Abraço
Lídia
Pois gostei do texto bem explicado,mas eu acho que quando um casal depois de esgotar,aquilo que tinha que era o amor e amizade,mesmo tendo filhos,devem se separar,pois senão passam a vida num longo dilema,os filhos continuam a ser filhos e devem preservar o carinho por eles principalmente,esta é a minha ideia.
Beijinho Lisa
Mário Relvas
Mais uma questão para animar o debate.
Não vou tratar o tema da pedofilia.Não me sinto preparada para tratar esse tema. Posso fazer um post sobre alguma noticia vinda a lume mas não mais que isso.
A pedofilia deve merecer o nosso repúdio e, embora tenha raízes seculares, tem proliferado nas sociedades modernas e entre grupos com poder económico e social. Estarei disponível para fazer eco de situações mas fico-me por aí.
As causas que tenho agarrado, são causas protagonizadas por outros bloggers (Sidadania, Flávia, Autismo)e que eu procuro dar a pouca força de que disponho para que tenham maior visibilidade.
Se por acaso fizer amizade com alguém que tenha sido abusado sexualmente em criança e queira desenvolver esse tema, aí eu alinho. De resto não.
Outro tema que eu gostaria de abordar será o das pessoas bipolares. Mas, entretanto, há outros posts que dão para trocarmos opiniões salutares e que são menos densos.
Abraço
Mário relvas
Relativamente ao caso que citei dos meus vizinhos eu só sei o que observo por eles morarem na minha frente ou alguns comentários que oiço. Sei que a senhora já esteve internada e que o comportamento que exibe não é nada edificante.
De resto bom dia e boa tarde e fico-me por aí.
Abraço
SIBARITA
Obrigada pela visita. Há que falar sobre temas que, sendo melindrosos, não deixam por isso de valer a pena discutir.
Abraço
Mocho-real
Concordo em absoluto.
Abraço
Silêncio, minha Silêncio
aqui estou eu regressado
e o que encontro mal chego?
Um debate mal casado.
Essa coisa do divórcio
faz-me tremer um bocado:
tanto filho ao abandono
e tanto velho rejeitado.
O amor familiar
não pode ser esquecido
é ele que nos torna fortes
e faz estar o povo unido.
Mas para andar à estalada
sempre é melhor separar
mas não tem que ser na hora
para a cabeça esfriar.
Olá Lídia,
Como sempre, grande e muito informativo o teu post. É óbvio que tudo devia ser menos penalizante para as pessoas que desejam divorciar-se, mas neste país estes processos continuam a emperrar e nada se faz para facilitar a vida às pessoas. É lamentável que por vezes os intervenientes tenham que passar por um enorme processo de desgaste a acrescer às tensões que já trazem detrás, para se poderem reorganizar e encontrar a sua individualidade.
Um beijinho para ti.
Bom Domingo.
Quanto mais difícil é o divórcio, mais ressentimentos causa nas partes intervenientes, é inevitável. Quando os relacionamentos terminam, mais vale que as pessoas se entendam, muito em especial quando há descendência.
Bom domingo
Abraço do Zé
Minha linda, para ti o meu voto do mais belo dos fins de semana!
Fraterno abraço!
Lídia
Em Fator J desenvolvi esse assunto, na linha que você apresentou!
Suas palavras reforçam minha convicção de que uma das maiores violências que sofremos é a pressão das religiões!
Elas sempre tiraram o sossego da humanidade e continuam a toturar o homem com a mania irracional do pecado, cuja lista foi aumentado pelo atual lider católico Bento XVI!
Haja penitência para tanto pecado!!
Beijo
Luiz
Lídia,
o que será melhor para os filhos?
Viverem num ambiente pesado, por vezes agressivo,verem e ouvirem os pais insultarem-se ou ignorarem-se, ou viverem apenas com um deles podendo continuar a conviver com o outro.
Eu sou casada já lá vão muitos anos, tenho 3 filhos mas, concordo que o divócio seja facilitado para que a dor de todos seja menor.
Beijos
Ai ai ai amiga que fui eu ler...nem vou comentar só para não entrar em parafuso pois sei e como sei o que tudo isso é...
Amiga passei para te desejar um belo fim de semana e dizer-te...
Não caminhes á minha frente,posso não saber seguir-te, mas também não caminhes atráz de mim, posso não saber guiar-te.
Mas caminha a meu lado e, sê apenas minha amiga.
Beijinho prateado com carinho
SOL
Passei para ler os últimos comentários e fiquei em "pulgas" com a bipolaridade!!! Gostava muito Lídia...beijinhos querida e tem um bom domigo...
Mais uma achega à discussão, com um artigo de hoje.
Pobre homem..."obcessão de contaminação e limpeza" e foi limpo!!
Prisão para mulher que matou marido
O Tribunal de Braga condenou anteontem a uma pena de nove anos, Maria Manuela Silva, de 40 anos, confirmando a acusação de homicídio, por ter morto o marido com seis tiros, num momento de descontrolo.
Com ânimos alterados à porta do tribunal, protagonizados sobretudo por familiares da vítima, Maria Manuela viu ser-lhe aplicada a pesada pena pelo crime que ocorreu n o ano passado.
Lembre-se que os factos remontam a 3 de Agosto, quando Maria Manuela Silva, de 40 anos, assassinou o marido, Teófilo Brito, de 47 anos, com seis tiros, na residência do casal, em Montélios, freguesia de Real.
Durante o julgamento, a defesa da acusada alegou "descontrolo como resultado de anos de sofrimento ao lado do marido", pelo que diversos testes foram feitos para atestar o desvio psiquiátrico.
Uma psiquiatra sustentou em tribunal que a acusada sofre de "obsessão de contaminação e limpeza, e acto depressivo grave com ansiedade". A defesa da arguida coloca a hipótese de recorrer.
In JN
Eu vivi um a situação difícil no meu casamento. A minha mulher, que eu adorava, era leptomaníaca. Passei vergonhas das maiores quando me telefonavam da lojas e quando, frequentemente, era incomodado pela polícia. Tinhamos uma capacidade económica muito acima da média e ela até era uma pessoa regrada nas despesas e tinha dinheiro mais que suficiente até porque ganhava bem.
Eu vestia-me, e visto-me, num conhecido alfaiate de Lisboa que só tem roupa masculina. Ela acompanhou-me um dia nas minhas compras e eu deixei-a à vontade porque ali só havia roupa masculina. Mesmo assim o vício foi mais forte e ela retirou uma camisola italiana que pôs na mala. O dono deixou pôr porque me conhecia e não me queria envergonhar em frente doutros clientes. Quando cheguei a casa ele telefonou-me. Então eu deixei de ver e fui direito a ela e dei-lhe uma sova, eu que nunca fui capaz de dar uma palmada ao meu filho. Por pouco não a matava.
Decidimos divorciar mas não queriamos exibir as nossas mazelas. Foi um pesadelo ir às conferências com o juiz a perguntar se estávamos mesmo decididos.
Por mútuo consentimento o divórcio demorou 6 meses. Os 6 meses mais longos da minha vida e em que eu andava com os nervos em franja. Pensei mesmo em suicidar-me e se não fosse o meu filho se calhar tinha-o feito.
Só posso concordar com o divórcio na hora para abreviar agonias como esta e para não se correrem riscos de desfechos violentos.
Sim, a minha mulher andou a trtar-se no psicólogo mas não adiantou nada. Presentemente o meu filho vive comigo.
Abraço
Post oportuno... pertinente, como sempre...
Beijinho para ti...
Sem dúvida uma oportuníssima abordagem dum tema que continua para muitas famílias a ser tabu sobretudo para aqueles que escolhem o casamento canónico pensando ser o mesmo indissolúvel como impõe a Igreja Católica. Independentemente como e muito bem o post refere que a vida no lar seja um verdadeiro inferno com os filhos como principais vítimas. De resto é para os filhos mais traumatizante a manutenção dum casamento acabado,do que um divórcio civilizadamente terminado. Um abraço do Raul
Sou amigo dum casal em que uma das filhas, lindissima por sinal, foi casada com uma figura pública.
Foi um grande casamento e na lua de mel, com grande pasmo da noiva, um amigo do marido acompanhou-os à paradisiaca ilha de Bazaruto.
Tudo parecia correr bem entre o casal mas, já com um ano de casamento, um dia a filha dos meus amigos teve que ir a casa de imprevisto e encontra o marido na cama com o tal "amigo".
Ela esteve internada numa casa de saúde e o divórcio, apesar de optarem pelo mútuo acordo, levou quase um ano. Um ano que causou um sofrimento e danos irreparáveis à filha dos meus amigos.
Prolongar a dor é desumano. Divórcio na hora sim,para todos os casos em que só há essa saída.
Abraço
Bom post. O divórcio deve ocorrer sempre que a relação não tenha futuro.
Há casais que vivem em quartos separados e se odeiam. Será um exemplo bom para os filhos? Não me parece.
Isto sem cair no casamento por interesse já com a finalidade do divórcio quando deixe de interessar.
Abraço
Sempre com grandes temas o teu blog...
Para ti***)
tema muito actual e muito bem apresentado...
abraços
Passei para deixar um abraço...estou feliz e sei que tu também estarás por mim...beijos, amiga...
Deixo-te um abraço e os parabéns por esta discussão que está a ser muito valiosa como sempre tudo o que aqui publicas.
O G. Brito aborda um tema interessante que aqui pode ter eco:a sexualidade.
Conheço vários casos semelhantes ao descrito, e deixo aqui um:
Um dia o marido por um motivo fora do normal teve que se deslocar a casa e ao entrar depara com a mulher na cama com outra.Curioso, ou até nem por isso, é que ela era das que gozava com uma figura pública por ser homosexual assumido.Ele pediu o divórcio,ficou com a casa, e ficou com o filho que também conheço e tinha cerca de 10 anos.Tinham uma empresa -sociedade entre os dois- que ia muito bem e foi o colapso.Andou tempos infinitos depressivo, além de antidepressivos tomava Kainever para dormir em dose extra.
Coisas da vida, não tão incomuns assim...
Saudações e um sorriso
Olá querida Lídia, votos de uma boa semana...
Beijinhos de carinho,
Fernandinha
Bóris
Obrigada pelo teus versos oportunos como sempre.
É bom a cabeça esfriar só que às vezes não esfria.
Abraço
(já me divorciei duas vezes e tenho o que se chama de uma família disfuncional - porque não segue os paramatros do corrceto)
Agulheta
Eu também acho só que muitas pessoas não querem dar o divórcio não porque tenham amor ao outro mas sim porque sentem o amor-próprio ferido quando alguém não os quer mais.
Abraço
BRANCAMAR
É também isso que eu penso.Há pessoas que confundem a despenalização com o incentivo mas ambos devem ser bem demarcados. Prolongar a indignidade não poderá ser alguma vez a solução.
Abraço
Zé Povinho
É esse também o meu ponto de vista.
Abraço
é um mal menor, para o desgaste, para o fim, mas que não se banalize as relações, que não se case ou divorcie por qq coisa. Eu sou totalmente a favor de tudo o que seja a liberdade de cadaa um.
SÃO
Obrigada, amiga. Para ti também uma boa semana.
Abraço
Luis Santilli
Concordo em absoluto.
Abraço
Carminda Pinho
Também é o meu ponto de vista. O desejável é que as pessoas estejam juntas e que o casal não se separe. Mas quando a convivência resulta em agressões quer a nível fisico quer psicológico, manter a situação em nome de quê?
Abraço
LUA PRATEADA
Serei sempre tua amiga e caminharei contigo.
Abraço
AMIGONA
Vamos então a isso. A seguir a este post vou dar início à discussão e esclarecimento sobre bipolaridade.
Abraço
Mário Relvas
É uma boa achega. E diz-me lá: tu não achas que devia haver condições para um divórcio antes dum facto irreversível ser consumado?
Abraço e sorriso
JOSEPH
E como esse teu caso há outros. As pessoas até podem amar-se e serem fiéis mas há coisas que estão acima da nossa capacidade de tolerância.
Nem sabes como te entendo.
Abraço
ALICE MATOS
Obrigada pela tua visita. O mais importante, como sempre, não são propriamente os posts mas os comentários que sobre eles se tecem.
Abraço
RAUL7CONTRADIÇÕES
Claro que é mais traumatizante para os filhos um lar em que os pais se desautorizam e estão permanentemente a discutir.
Abraço
G.BRITO
Obrigada pela tua contribuição. Infelizmente situações como essas não são raras e o divórcio, sendo a única saída possível, não deve arrastar-se criando mais sofrimento em cima do que já existe.
Abraço
Mário Relvas
Um excelente contributo que põe agora a tónica da infidelidade e da orientação sexual no elemento feminino.
Apesar das desgraças todas que se sucederam ao divórcio não me parece que restasse outra solução.
Agora talvez fosse importante um apoio a nível de aconselhamento matrimonial que permitisse gerir certos conflitos e mesmo ultrapassá-los. Mas isso é outra questão.
Abraço
MICHAEL
Subscrevo.
Um abraço
DIVINIUS
Obrigada pela visita, meu amigo.
Abraço
HERÉTICO
Obrigada pela visita.
Abraço
AMIGONA
Já fui partilhar um pouquinho da tua felicidade que também é minha.
Abraço
M.M.MENDONÇA
Obrigada.
Abraço
Fernanda
Uma boa semana também para ti.
Beijinhos
Teresa Durães
Adoro a tua frontalidade. A frontalidade duma mulher especial, lutadora, uma grande artista e, sem dúvida, uma grande MULHER.
Abraço
DALAILA
Também concordo que não nos devamos casar e divorciar de ânimo leve. Banalizar as relações seria uma outra forma de destruição.
Abraço
Olá:
Cheguei tarde mas cheguei...
Muito trabalho...além das minhas aulas ...tenho frequentado uma formação ao Sábado...
No entanto não me surpreendeu que aqui viesse encontrar um tema importantíssimo, de relevo fundamental...até agora todos foram.
Duas questões que me atingem mais neste texto:
- o sofrimento dos filhos que é sempre esquecido e mal entendido...muitos pais julgam que estando juntos e discutindo podem ser uma família feliz do ponto de vista da crinça mentira.
Infelizmente no nosso pais crianças e idosos são muito mal tratados...que são os melhores seres humanos que temos...neste país não me espanta.
- A fala de respeito pelas opções do outro que são muito difíceis de combater. A minha mente progrediu e eu sou aberta à diferença...mas quando se vive numa família na qual a mente não progrediu é muito dificil mostrar o nosso ponto de vista. A maioria do povo português é preconceituoso e vive de aparências dando muito relevo ao que o vizinho diz.
um beijo
P.S tenho visto todos os teus comentários...mas alguns por esquecimento não foram publicados...mas estão na minha memória.
Fogo, Sílvia! Quem fala assim não é gago.
É a viver para o que o vizinho diz que o ser humano vai regredindo (e competindo de forma destrutiva e selvagem).
Só com a verdade se educa e só com a verdade se ama.
Abraço
"Tudo o que é mau deve ser corrigido, mas não incentivado"!MR
Deixo-te aqui mais esta achega que coloquei no aromas:
Caro Silêncio Culpado,
o teu nick revela a tua maneira de estar, batalhadora e insistente.Causas e ideias.Acho formidável.
Como dizes e muito bem, no meu pensar, não são efectivamente dissociáveis.Tudo o que dizes eu concordo, mas continuo a dizer que o país precisa de tudo para hoje.Sejam os divórcios,a defesa dos cidadãos e bens e as capturas dos criminosos, como precisa de pão para a boca, de um sistema jurídico-legal que actue com rapidez em todos os sectores. Não será por isso que se criam estes "simplex"?Porque não se simplifica os sistemas processuais?Porque não se cria um simplex para tudo?E não por prioridades que resolvem coisas específicas? E volto a lembrar que o divórcio na hora só funcionará caso não haja partilha litigiosa e processo de paternidade. A adopção, os processos de divórcio, as paternidades no Tribunal de Família e de Menores demora muito.Agilizem-se as coisas!
Sobre o divórcio na hora, que vem aqui a lume, fruto do debate no teu blog, já é possível de fazer, como sabes desde que estejam de acordo e segundo parece até está acessível na internet.
Lembro que a segurança começa em casa e que não há segurança sem liberdade.
Fica aqui o alerta para uma acelaração da justiça e da segurança, criando asim mais liberdade ao povo português.
Isto levava-me a escrever muito e estou a fazê-lo como habitualmente ao correr da tecla.
Será que com a liberalização do aborto se acabou com os crimes?Não, claro que não, continuam a ser feitos abortos clandestinos.
Será que com o divórcio na hora as pessoas chegarão a consenço imediato para o aceitarem?Ou recorrerão ao tribunal pelos seus direitos, que obviamente, fora do divórcio de comum acordo, ali terão que ser julgados?
Por outro lado, as facilidades já bordadas no teu blog, quer para o casamento, servirão para o descasamento.Levará a que cada vez se dê menos importância à Instituição família, e lembro que a Pátria começa nas famílias de cada povo.Nas suas raízes e identidade cultural. O progresso não significa acabar com o que temos de nosso, só porque ali ao lado em Espanha, se faz assim, ou assado.
A violência doméstica é um crime previsto na lei que merece ser tida em conta na acelaração do processo judicial de divórcio.Comprovado, analisado e resolvido!
As interrogações não são "simplex", mas vale a pena fazê-las.
Saudações e um sorriso
Mário Relvas
Concordo que este é um país eternamente adiado em relação a questões fundamentais que passam pela igualdade de oportunidades, pelo apoio à diferença e por políticas sociais de educação.
O papel da familia continua a ser determinante na aquisição de valores e no equilíbrio emocional que irão descrever o jovem do futuro.
Senti na pele muitas destas lacunas quando fiz trabalho voluntário, como socióloga, com vista à inclusão social em escolas multiculturais e problemáticas.
Por isso, e embora as interrogações não sejam simplex e valha a pena fazê-las, e eu substituiria o valha a pena, pelo têm mesmo que ser feitas, há que encontrar soluções que passarão, em muitos casos, por uma justiça capaz de responder aos desafios que, neste momento, tem pela frente.
O divórcio na hora não tem que ser generalizado e é até desaconselhável que o seja. Mas tem que ser resposta para situações que assim o requeiram.
Como em tudo há que regulamentar para que não se caia em exageros. Um casal pode estar de comum acordo porque já casou para não ficar casado (o que é de todo condenável e tem que haver formas de desincentivo) e esses podem obter facilmente o divórcio enquanto em casos extremos, como alguns que aqui foram citados, só porque um dos conjuges não facilita o divórcio, o mesmo arrasta-se com os inevitáveis perigos de desfechos violentos para todos os envolvidos nomeadamente para os filhos quando existem.
Os comentadores foram praticamente unânimes em não defenderem o divórcio por dá cá aquela palha, mas houve consenso de que manter a indignidade só para não beliscar a instituição casamento não é nem nunca será solução.
Sou uma defensora das raízes e da identidade mas temos que saber que raízes e que identidade temos para transmitir às nossas crianças.
Abraço e sorriso
Infelizmente o divórcio torna-se uma realidade tão banal como tomar um sorvete.
Um beijo!
Olá Lidia
Vou dar uma opinião, como sempre, pouco ortodoxa.
Esse assunto de união entre homem e mulher, jamais poderia ser discutido à luz da religião.
Isso de dizer que Jesus teria dito o que Deus uniu o homem não separe é pura imaginação, pois no tempo de Jesus nem havia o registro civel de união e menos ainda o casamento religioso, pois nem igrejas cristãs existia!
O casamento religioso foi implantado séculos após a morte de Jesus, como uma forma de arrecadar fundos para a igreja católica.
Então, esqueçamos essa hitória dos céus,mais uma vez intervir na vida dos humanos!
Um homem e mulher se unem por instinto de conservação. Como os humanos têm a capacidade mental do auto-conhecimento, coisa inexistente no mundo dos irracionais, homem e mulher escolhem seus pares, dentro de conceitos de estética e de sentimentos.
O amor, que na verdade é um sentimento humano, existe por causa do auto-conhecimento que nos permite fazer escolhas por critérios de afinidade.
Mas com o tempo essas afinidades mudam, transformam-se, evoluem para outros sentimentos.
Então, não havendo mais interesse em continuar uma parceria, homem e mulher, não tem porque manterem uma convivência inadequada.
Há filhos, e há bens, dai a necessidade do contrato civel, para a garantia de direitos.
Filhos não são objetos, e devem merecer uma atenção especial, na separação!
É óbvio que o ideal seria não haver separação, mas elas existem e é preciso administrá-las sem a hipocrisia religiosa do até que a morte os separe!
Todos temos o direito de ser felizes!
Impedir isso, por normas morais, é uma violência ao direito de cada um de dar à sua vida o rumo que melhor considerar.
O divórcio e a derradeira alternativa para um casal que não mais suporta a vida a dois!
Separar é a solução para que ambos encontrem uma nova vida!
Proibir isso, em nome de uma moral religiosa é pior que a Inquizição, pois condena ambos a uma vida infeliz e desagregadora da própria família!
Luiz Santilli Jr
Concordo " o divorcio" é o melhor de todos os males, pode não ser a resolução de todos os problemas mas ajuda muito, sendo o fundamental o respeito mutuo.
Saudações amigas
Concordo " o divorcio" é o melhor de todos os males, pode não ser a resolução de todos os problemas mas ajuda muito, sendo o fundamental o respeito mutuo.
Saudações amigas
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