.



AMAR COM AMOR

Pode parecer um contra-senso mas não é. O conceito de amor, tal como de democracia, tem sido esvaziado na voragem dos dias que procuram encher-se de ilusões dum consumo refinado que leva à competitividade exacerbada, ao egoísmo e ao isolamento.

Apesar de cada vez mais carentes as pessoas estão também cada vez mais sozinhas, com um vazio que dói e que parece não ter cura. Multiplicam-se as religiões, o culto no Além, os livros que ensinam experiências esotéricas e mais aqueles que falam no poder da mente para a resolução dos problemas do homem cada vez mais atormentado e cada vez mais sem solução.

O que torna as pessoas assim tão sozinhas e tão mal amadas? Que procura de interiores justifica esta crise existencial que se adensa e pesa à medida que a sociedade evolui? Que liberdade nos prende com cadeias mais pesadas?

Existe em cada um de nós o sonho da aldeia ou da terra distante em que o ar era puro e as pessoas solidárias. Terras que estão hoje no abandono e geraram filhos para desenraizar. Filhos que andam pelos subúrbios das grandes cidades do litoral, que emigraram, que não têm céu nos seus apartamentos de betão, que nunca dão pagos e lhes encarceram o corpo e os sentimentos.

Os campos verdes e as flores que tinham nomes cedem lugar aos shoppings onde passeiam no domingo à tarde, onde o consumo lhes mostra as últimas novidades que o tornarão cativo.

No prédio as pessoas nem se conhecem. Algumas morrem e nascem sem que o vizinho ao lado chegue a dar por isso. Cresce a agressividade com o sol da manhã em que apressadamente nem se repara, porque há filas de trânsito intermináveis porque há pressa, daquela pressa que nunca tem fim, que nos automatiza e seca por dentro.

Há quem sonhe com as aldeias donde a vida os empurrou acenando com a miragem das grandes cidades. Aldeias que estão a ser descobertas pelos ricos que, depois de expulsarem com a mão invisível da economia os seus habitantes, regressam para as comprar porque o direito ao sonho e à tranquilidade também têm preço.

Vão-se vendendo os montes alentejanos e a alma daqueles que depois de se entregarem à terra madrasta que lhes negava o sustento, tiveram que abandoná-la para verem hoje os grandes montes serem invadidos por espanhóis, alemães e outros, que desfrutam dos campos e dos sonhos donde os naturais foram sendo expulsos.

Falar de amor como dum produto que se compra e vende e está à mercê dos modelos económicos que ditam os sociais, e nunca o contrário, tornou-se tão comum que já ninguém questiona se o amor é isso ou se o que ficou dele é apenas um conceito vazio para encher as necessidades afectivas esgotadas pelo isolamento.

Se alguém recorda as dificuldades dum passado onde não havia sequer para comer, recorda também como as pessoas repartiam o muito pouco que tinham, como se conheciam pelos nomes e se visitavam, como se aprimoravam nas festas anuais.

Ninguém quer sonhar com a dureza dos tempos. Trabalho de sol a sol, de fome e de escravidão. Porém neste El Dorado em que sobram as depressões, os suicídios e outro tipo de misérias, procuram-se referências e valores e o amor total aquele amor capaz de amar pela generosidade e pela entrega e, sobretudo, pela grandeza de ser autêntico e não precisar de luzes da ribalta para ser visível.

Dar o que sobra, praticar a caridade são caminhos para a morte da construção do homem. O ser humano só se realizará pela dignidade conferida pelos direitos que lhe assegurem uma vivência em que possa olhar pelas manhãs, cumprimentar os vizinhos e sentir-se gente. Partilhar do seu pão e da sua mesa.

Em Portugal fala-se no desenvolvimento do interior enquanto as assimetrias regionais se acentuam sem se cativar, para o interior, populações que se amontoam sobre o litoral cada vez mais multicultural e multiétnico, cada vez mais violento e inseguro em que o, homem distante de si mesmo, vai perdendo a capacidade de amar.

95 comentários:

Arnaldo Reis Trindade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Árabe disse...

Bela observação, Lídia! Realmente, parece que barateamos coisas e sentimentos, à custa de tanto repetirmos o seu nome. O amor, inclusive... :(

Meg disse...

Lídia,

Devo andar um pouco lerda, porque não consigo comentar-te sem ler 2 ou 3 vezes os teus textos.
Eu sinto-me muitas vezes como uma carta fora do baralho, e só estou com receio que algué um dia me diga que se não estou bem, me devo mudar.

Pois, mas eu não estou aqui por opção. E não gosto do aqui hoje, nos dias que correm.

Amor, solidariedade. Não, não há.
Apregoa-se mas não se exerce com verdadeiro altruísmo.

Tive a sorte de ter tido uma infância sem recordações a traumatizantes, onde a inveja e a mesquinhez não eram coisa comum.
Havia espaço, havia amigos, NÃO HAVIA TV, (acho que foi mesmo o facto mais importante da minha infância, a não existência de TV.

Só esse facto promovia uma maior proximidade entre as pessoas, vizinhos ou amigos. Noites de conversa, onde a solidão não se sentava à mesa. mas sim a solidariedade, o prazer da partilha, que não da caridade.

As mesas eram grandes e uns pratos a mais à ultima hora, só traziam a alegria de rever alguém recém chegado.

Também havia caridade sim, mas com dignidade, não exposta. Estive ligada às Vicentinas, e os mais carenciados eram visitados nas suas casas, com naturalidade, sem a ostentação farisaica com que se pratica hoje, protegendo a intimidade dolorosa das pessoas que socorríamos, sem alaridos.

Mas isso não era aqui.

Da solidão, do azedume, da falta de solidariedade, não queria falar, pois quero acreditar que tudo isto se deve ao estado miserável (sei que a palavra é forte) a que ele país chegou.
Por isso paro este comentário aqui mesmo, com a consciência de ter sido uma privilegiada.

Aqui, já não sonho, limito-me, a esperar e a desesperar pela impotência para acudir àqueles
que, esses sim, sem amor, nem amigos,sem família, tudo perderam, nem o amor lhes sobrou.

Um grande abraço

Silvia Madureira disse...

Olá Lidia:

Eu considero-me uma menina da nova era tecnológica. Quando entrei para a faculdade tive o primeiro computador e depois sucederam-se os demais. Com isto quis dizer que a minha juventude( que ainda continua) foi bombardeada de novas tecnologias, bombardeada de tudo aquilo que hoje dizemos conduzir ao isolamento. A minha vida passou pela fase em que os estudos eram sobrevalorizados e um curso era um lugar ao sol. Eu não conheço outra realidade. Aquela que descreves ...das aldeias...de viver sem ter televisão e antes de se inventar o telemóvel...não conheço...apenas imagino.

De facto, reconheço que a vida de hoje em dia é benéfica...mas sem dúvida há um factor que ficou muito prejudicado e que é imprescindível ao ser humano: o amor, o afecto, a solidariedade.

Estamos numa crise económica na qual predomina o interesse material acima dos sentimentos.

Todos lutam por um lugar ao sol em termos monetários antes de qualquer envolvimento profundo.

Ninguém se adaptaria a viver sem luz, sem mobília...nas condições de antigamente. E como não se consegue ter tudo existe uma focalização dos jovens na estabilidade financeira.

Hoje uma vida que não seja monótona exige dinheiro e as pessoas penso que estão focalizadas nisso.Quem não gosta de viajar?

Claro que se vão apercendo que existe um patamar único que é o amor...e a solidão vai batendo...no entanto a questão de sobrevivência fala mais alto...a luta por uma melhor qualidade fala mais alto...

Como sabemos hoje em dia um jovem começa a trabalhar muito tarde...o que condiciona um pouco relações estáveis.

Esta é visão da realidade na qual estou envolvida.Uma realidade que tal como ela é conduz à solidão.

beijinhos

Luma Rosa disse...

Lídia, as pessoas não pararam para pensar onde querem chegar. E do jeito que estão indo, quando pararem, será tarde! Beijus

Sei que existes disse...

O preço que se está a pagar pelo excesso de ganancia é precisamente esse... a falta de amor, a solidão, a infelicidade...
Excelente post.
Beijo grande

Pata Negra disse...

Silêncio, lido assim, numa volta cibernauta de pequeno burguês com net adsl, este texto exige a concordância mas não determina a mudança: tens razão, está tudo muito certo mas o meu dia de amanhã, quinta, só não vai ser igual ao de quarta porque vou a Lisboa e provavelmente vou ver muitas pessoas e muitos carros. Os teus textos poderão ser um dia fontes de uma tese de mestrado, de momento servirão para nos acomodarmos na razão: mas isso já é muito! Silêncio, estarei sempre à escuta da tua lucidez, temo que o ruído me faça disparar - armas não - mal!
Um abraço a disparar mais ou menos

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querida Lídia, " AMAR COM AMOR " Lindo título para um extraordinário texto... Também fui criada num ambiente rural... onde todos os vizinhos se conheciam, onde todos se ajudavam.
A minha vinda para Lisboa, porque ainda não havia Universidades, nos Açores, foi um tremendo choque...
Tudo era diferente... eu sentia-me numa autêntica selva de betão...
Onde as pessoas, não eram amáveis, onde eu dizia Bom Dia, para a vizinha do lado e ela olhava para mim espantada...
Quando eu era menina lembro-me, que se algum vizinho estava doente, todos os outros ajudavam...
A hora do jantar era sagrada, não se ouvia música, nem via TV, todos contavam as pripécias do dia.
Hoje de facto tudo mudou, em todos os lugares do nosso País...
Mas, eu faço votos, para que possamos amar uns aos outros, como noutros tempos, onde se sofria por amor, mas não por vontade de amar...
Eu ainda acredito no amor pelo nosso semelhante... Não perco a esperança de viver o suficiente, para ver tudo o que eu sinto... Que o amor vença querida Lídia, a esperança é a última a morrer...E, eu vivo de Fé e Amor...
Muitos beijinhos do coração Amiga,
Fernandinha

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo Reis Trindade

Este texto procura falar do desenraízamento cultural e da desertificação do interior do País. Uma realidade que não acontece só em Portugal e tem consequências sociais profundas.
O interior do País está descapitalizado e, ao invés de se investir nele, retiram-se os equipamentos sociais e as infra-estruturas com o argumento de que dão prejuízo. E quanto mais se retiram menos condições restam a que as populações se fixem ou regressem às origens.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo
Relativamente a correntes de amizade, conhecimento e solidariedade, eu estou sempre disponível.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Árabe
É o termo certo, baratear. O amor e os sentimentos valem muito para se submeterem a tão puco.
Abraço

sonia a. mascaro disse...

Lídia, passei rapidamente aqui para agradecer a gentil visita e lhe dar um abraço. Está ameaçando um temporal aqui e volto mais tarde para ler os artigos com calma.
Beijos!

SILÊNCIO CULPADO disse...

MEG
Deves ter tido um percurso de vida apaixonante por essas paragens e com essas mesas grandes onde cabia tanta gente.
Eu fiz um percurso mais solitário na infância. Sou algarvia, de Faro, e a experiência com as aldeias e as populações adquiri-a ao longo da minha vida um pouco de cavaleiro andante.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Silvia
Eu vivi e cresci numa cidade (Faro) que foi invadida pelo turismo e onde eu tinha as comodidades normais da época com TV e tudo.
Mas gosto das terras com raízes, das pessoas com alma, das tradições dos espaços. Quando pude procurei-os e envolvi-me com eles. Conheci pessoas inesquecíveis e sinto revolta perante a devassidão e o abandono a que foram votadas.

Beijos

SILÊNCIO CULPADO disse...

Luma
As pessoas não pararam para pensar e os governos põem-lhes entreolhos para que não saibam para onde estão a ir.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Sei que existes
O excesso de ganância de uns pode ter consequências sobre outros que apenas pretendem viver e ter as condições mínimas de vida. É que uns tiram os dividendos e os outros pagam a factura.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Pata Negra
Eu entendo-te perfeitamente. Taratantam não enche barriga.
Há medidas urgentes que falham porque não há vontade política para as implementar.
Mas virá o dia em que o litoral. a rebentar pelas costuras. albergará tanta violência que se tornará insustentável.
Abraço

Manuel Veiga disse...

belo tema que trazes a reflexão. e muito bem tratado por ti.

gostei muito.

abraços

SILÊNCIO CULPADO disse...

Fernanda
Contrariamente a ti eu fui muito marcada pelo turismo que, sem regras, se foi apropriando e destruindo espaços privilegiados da costa algarvia.
Matou também muitas especificidades dum viver tranquilo. Eu tenho saudades desses espaços que nunca tive e que fui procurando durante a minha vida mas só de passagem.
Também acredito no amor se a capacidade de amar não for pervertida pela voragem dos tempos individualizados e solitários.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Sonia Mascaro

Imagino um temporal naquelas paisagens paradisiacas que mostras nos teus blogues.
Deve ser grandioso ainda que, eventualmente, assustador.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Herético
Obrigada pela visita e pelas palavras.

Abraço

Menina do Rio disse...

Pois é Lídia! Será que estamos perdidos na globalização? Presos nas selvas de pedra, alijados de nossos sonhos...A cada dia vamos nos isolando no meio de multidões. Crianças já não brincam nas ruas até o anoitecer, famílias já não se unem ao jantar, os amigos estão ocupados com suas vidas, vizinhos não dão bom dia. Esta é a realidade, mas quem a criou? Decerto que fomos nós... Criamos sim, uma realidade paralela à dos nossos sonhos. Trocamos o bom papo pela TV de 40 polegadas e pelo Pc. Trocamos o almoço em família pelos programas de auditório aos domingos, trocamos as bolinhas de gude de nossos filhos pelo video game, o telefone pelo chat, os papos de sexta á noite pelos sites de relacionamento. Só quem pode reverter este quadro somos nós.
Vivemos em função de uma sociedade consumista, onde o que conta é o que vc pode ter em tecnologia; estamos nos medindo em gigabytes, memórias RAM e placas de rede.
As pessoas trabalham mais para que possam custear toda essa geringonça da vida moderna e acaba vivendo menos, amando menos, afastando-se do convívio e a caminho de uma sociedade individualista e solitária

amigona avó e a neta princesa disse...

Minha querida Lídia, melhor do que quaisquer palavras que possa aqui deixar é o que se pode FAZER! Vou praticar! Faço-o TODOS os dias...beijos...

Teresa Durães disse...

acima de tudo uma falta de autoestima que leva a não existir amor

M.MENDES disse...

Lídia
Lendo os comentários não posso deixar de dar razão à Menina do Rio. O homem actual, prisioneiro das tecnologias, da solidão e do egoísmo vai destruindo os laços familiares, a vida comunitária e o amor afectivo.
Beijos

sideny disse...

lidia
embora tenha sempre vivido na cidade,adorava viver hoje no campo.
no meu tempo nao havia telemoveis, o meu filho brincava na rua ao piao, ao berbinde carrinhos de roluamentos,onde convivia com os seus amiginhos.
hoje nao se ve uma crianca na rua a brincar esta bem o tempo de agora e um perigo .
no meu predio todos se cumprimrntavam frequetavamos a casa duns e outros, hoje as pessoas isolam-se .
so vivem para elas proprias sem querem saber dos outros
bej

Arnaldo Reis Trindade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Arnaldo Reis Trindade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge P. Guedes disse...

Um bom motivo de reflexão, escrito com o habitual cuidado e ponderação, gostei.

Um abraço, Lídia.
Jorge P.G.

Michael disse...

Lídia
Sensata como sempre, procurando não ferir susceptibilidades mas pondo os pontos nos ii.
O interior do País está reduzido ao abandono e há aldeias quase isoladas e desertas próprias para um cenário dum filme de fantasmas.
A agricultura foi desprezada e importa-se tudo mesmo os produtos que teriamos condições para ter em abundância. Há fome no chão fértil para produzir comida. Há desemprego mas não se pode converter a mão-de-obra por causa das quotas impostas pela UE.
Foi este o preço a pagar pelo sonho de se ser "europeu".
Valeu a pena?

Abraços

António de Almeida disse...

-Em bom rigor será que alguém sabe o que é o amor? Qual é a sua definição? Qual é a sua fórmula? Está num dicionário, nos poemas de Pessoa, ou nas peças de Shakespeare ou num livro de física? E se eu gostar muito de algo á minha maneira, diferente daquela que outros escreveram ou cantaram já não é amor? sinceramente eu não sei o que é o amor, não sei se amo ou já amei, porque não me explicaram algo simples, o que é verdadeiramente o amor! mas se alguém o sabe, faça favor, chegue-se á frente e explique-nos!

Hermínia Nadais disse...

Texto maravilhoso e cheio de experiência e conhecimento que dá sentido à vida! Bem haja! É muito bom saber que há pessoas que vêem a vida desta maneira.
Força, muita força!

SILÊNCIO CULPADO disse...

Menina do Rio

Quem criou esta realidade? Fomos nós sem dúvida. Mas será que somos culpados de a termos criado? Será que poderemos travar a forte corrente que nos empurra para outras paragens?
Penso que caberia aos Governos ter uma visão estratégica das sociedades e, de forma global e integrada, implementar medidas que possam salvar os valores e os laços societários.
Mas quem se importa com isso em sociedades mercantilizadas em que só os bens materiais têm valor? Sociedades que procuram o lucro pelo lucro como se os sentimentos e as pessoas que os encarnam fossem descartáveis?

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

AMIGONA
Claro que há que praticar. Eu procuro fazer mas nunca se faz o suficiente nem temos a certeza que o que fazemos é o melhor porque é simplesmente a nossa visão. Porém estar convictos que queremos o melhor é já um grande passo em frente.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Teresa Durães
As pessoas não têm auto-estima porque não foram amadas e quem não recebeu amor muito dificilmente terá amor para dar.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

M.M.MENDONÇA
O homem tornou-se um produto digital que vai destruindo os afectos. Mas ao tomar consciência dessa realidade poderá invertê-la. Não podemos aceitar os acontecimentos como fatalidades inexoráveis.

Abraço

Nilson Barcelli disse...

Apesar de tudo, amar (de verdade) é possível.

está tanta coisa mal, de facto.
Mas nunca esteve melhor...

Beijinhos.

SILÊNCIO CULPADO disse...

SIDNEY
Eu não sei propriamente se gostaria de viver no campo. Mas gostava que não matassem os campos e as aldeias, a beleza das coisas simples, as tradições e redes de solidariedade informais e genuínas.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo Reis Trindade
Não peças desculpa pela interpretação. Eu defendo a diversidade das interpretações independentemente da visão que tenho sobre elas. É essa diversidade que nos enriquece e nos acrescenta. Só quis esclarecer o sentido do meu texto.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo Reis Trindade
Não peças desculpa pela interpretação. Eu defendo a diversidade das interpretações independentemente da visão que tenho sobre elas. É essa diversidade que nos enriquece e nos acrescenta. Só quis esclarecer o sentido do meu texto.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo Reis Trindade
Não peças desculpa pela tua interpretação.
Eu defendo a diversidade das interpretações fruto das visões particulares. É essa diversidade que nos enriquece e acrescenta. Só quis esclarecer o sentido do meu texto.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Jorge P.G.
Obrigada pela visita e pelas palavras incentivadoras.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

MICHAEL
Pois, essa é uma ferida onde colocaste o dedo. Dói ver o abandono dos campos, a desertificação do interior, as assimetrias regionais cada vez mais evidentes.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

António Almeida
O amor é nós pensarmos nos outros, no seu bem estar, e se o que fazemos, ou defendemos, não os magoa ou os prejudica. Só isso. E é tanto!....
Claro que há também o amor-paixão com as suas nuances e as suas forças. Bem, mas isso é outra história!
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Hermínia Nadais

Obrigada pela visita e pelas palavras de incentivo.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Nilson Barcelli
Desculpa mas já esteve melhor.Em termos conjunturais todos os países estão a passar por períodos de crise. A globalização tem acentuado as clivagens sociais. Há mais desemprego, pobreza, conflitos e insegurança. Agravaram-se as condições de trabalho.
Os governos não têm conseguido impedir que Portugal se afaste da média de Europeia. Aliás está cada vez mais na cauda. No ranking dos países constantes do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) Portugal passou da 27ª.posição para a 28ª.
Mas concordo contigo em que é sempre possível amar e que muita coisa pode ser corrigida.

abraço

Lúcia Laborda disse...

Oie minha amiga! Amei seu post! As pessoas estão perdendo a capacidade de amar. Trocando o ser por ter e cada vez mais se isola do outro. Issó é ruim porque as relações estão se tornando cada vez mais superciais. O amor tem sido trocado pelo ficar, pelos relacionamentos superficiais porque o homem não quer se apegar a ninguém e assim a mulher se isola.
É um tema muito complexo, mas que se faz importante tocar.
Bom fim de semana! Beijos

Arnaldo Reis Trindade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sonia a. mascaro disse...

Muito lúcida as suas reflexões, Lídia. Esse isolamento das pessoas me parece que é fruto de uma vivência em grandes centros urbanos. Uma mega cidade muitas vezes nos traz insegurança, desconfiança, medo...e nos afasta dos nossos vizinhos, dos nossos semelhantes. Há que repensar os relacionamentos, a vida em sociedade, as nossas escolhas... Um bom tema para reflexão!
Abraços.

Mary disse...

Nas periferias das grandes cidades vive-se longe das amizades e das entreajudas. Há quem morra sozinho e só seja descoberto alguns dias depois. É terrível e fico assustado a pensar o que me acontece sem eu saber nem querer.

Bjs

contradicoes disse...

Até o amor ao próximo
já se encontra viciado
tudo por culpa do negócio
que nos envolve por todo o lado

Flor disse...

Olá, Boa Noite linda! :)
Voltarei outro dia, com mais tempo, para ler este texto que partilhas connosco.
De certeza que nos diz/ensina coisas que fazem bem à alma...

Querida, fico-Te grata pela tua presença lá no meu canto! :)

Sei que ando ausente, mas não tenho tido tempo... agora arranjei um part-time e felizmente está a dar certo... quando à noite me deito... durmo que nem uma pedra de tão cansada que ando... mas não vos esqueço... NUNCA! Lembro-me de todos vocês nas minhas orações matinais, acredita que é mesmo assim! :)

Que tudo de bom a vida te conceda.
Beijo te deixo, nesta noite em que arranjei um tempinho para vir espreitar de fugida o teu doce cantinho! :))

Dorme bem e que Deus te proteja linda.

Flor

Valsa Lenta disse...

Eu saí de Lx porque desejei salvar o meu "eu". Precisava de tempo para mim. Tempo para Parar e Reflectir. Sentia que não tinha qualidade de vida passando 3h diárias no trânsito. 24h nunca eram o suficiente.
Não sabia o que era viver fora de Lisboa e acredite as 24h parecem ser diferentes. Sinto que tenho tempo para mim e para os que me rodeiam. Sinto paz e tranquilidade e curioso... encontrei aqui a pessoa que tanto amo e respeito.
Valeu a pena. Valeu a pena a mudança que tanto alterou os meus hábitos.
Temos de mudar se um dia nos sentimos perder.

Felicidades

Zé do Cão disse...

Amar, palavra dita por muitos e sentida por poucos.
O turismo no Alqueva, vai ter um fim triste como no Algarve tiveram as vendas de férias por semanas.
Tenho a certeza de que não me vou enganar.
Não sou advogado do diabo....

Beijinhos minha querida amiga

lua prateada disse...

Na brisa suave do vento
E, tudo o que dele emana,
Passei atravez do tempo
Deixando lindo fim de semana.
Beijinho prateado com carinho

SOL

São disse...

Querida Lídia, enquanto existir um ser humano como tu, haverá razão para não perder de todo a esperança!!
O meu carinho para ti!

José Lopes disse...

Sempre destestei as multidões, o fervilhar de gente que se cruza nas grandes cidades, sem um sorriso, sem uma saudação. O interior ganha aos pontos, isto na óptica de quem pensa como eu, e a qualidade de vida é muito melhor. É pena que so hajam olhos para as grandes urbes, e o interior comece a ser olhado apenas como um santuário para quem PODE.
Os que podem e mandam cada vez mais se afastam dos que não podem e não mandam, dispensando apenas a caridadezinha, para que não se morra de fome e não se dê mau aspecto, porque muitos de nós servimos só mesmo para trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Talvez um dia isto mude, talvez um dia haja mais e melhor justiça e mais equidade. Um dia...
Bfds
Cumps

Robin Hood disse...

O regresso às origens terá que ser feito, as terras terão que ser cultivadas para matar a fome e a nossa dependência do exterior.
Beijos

Zorze disse...

Cara Silêncio Culpado, muito bom o post. Mostras bem, que, quando as pessoas estão em baixo, a vida não lhes corre como planearam, a depressão e por aí fora, começam a procurar outras realidades. São aproveitadas com astúcia e sacanice pelas Religiões e Empresas, que tendo a auto-estima em baixo são muito mais vulneráveis.
Mas cara amiga, permita-me, existem mesmo outras realidades, outras dimensões que não tem nada a ver com Religiões e afins.
E posso dizer-lhe que é incrivel quando descobrimos que existem outras realidades.
As religiões que prometem tudo, escritores oportunistas que ensinam as coisas mais incriveis, fazem com que muita gente ache isto ridiculo e coisa de maluquinhos. E acaba por entrar tudo no mesmo saco.

Beijos,
Zorze

Ray Gonçalves Mélo disse...

Oi Lídia, reflexôes , reflexões...
O homem quis ser indepedente de Deus e galgou por estes milênios a busca da felicidade,da fonte da juventude mas achou a tecnologia e esqueceu de ser ele mesmo.
Eu creio que as coisas simples da vida aquelas que recebemos com muito sacrifício , quando a desejamos tanto,é que são as mais interessantes.
Alguém comentou que teve tv com 10 anos , eu só tive com 12, e quando meu pai chegou com ela em casa foi uma alegria incontida, eu e minhas 4 irmãs ficavamos embasbacadas vendo Godzila, Nacional Kid. E eu lembro que nessa época sem tv eu lia todos os gibis e livros que um vizinho trazia da editora que trabalhava, um dia quando li o livro de Júlio Verne, fiquei encantada com a Viagem ao Centro da terra, mas não sabia que essa tecnologia ia nos afastar mais e mais uns dos outros.

Acho que essa modernidades nos tirou o gosto de olhar o outro, o nosso colega, nosso vizinho,o caminhante do nosso lado.
Sabia Lídia eu moro no Rio uma cidade belíssima , mas cheia de violência, as pessoas dirigem como uns loucos querendo chegar logo, e se houver uma simples ultrapassagem as pessoas te agridem verbalmente esquecendo que no fundo somos todos irmãos.
Para quê, o conforto dos carros velozes , se não podemos amar aquele que tem um carro mais devagar a nossa frente?
A tecnologia sózinha não é culpada também de tudo, creio que falta é o amor , a proximidade do outro, sem temer que ele nos veja como somos realmente.
Ah o amor , ao próximo este é o nos aproximaria uns dos outros.
Eu gosto muito destas palavras do apostolo Paulo" Se eu falar em línguas de homens e de anjos,mas não tiver amor,tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um címbalo que retine!" 1corintios:13:1
Não podemos nos tornar um pedaço de latão. Devemos aprender a respeitar a amar uns aos outros.
Lídia quero aproveitar e dizer um te amo para voce, e para todos os comentarem aqui!
Grande beijo.
Ray

vieira calado disse...

Uma excelente reflexão, como outros que aqui tenho lido. desejo-lhe um bom fim de semana.

Anónimo disse...

Lídia,
mais um belo texto. A civilização -seja lá o que isso é- jamais voltará a ser a mesma. Ao longo dos séculos, as pessoas e os povos sempre se queixaram do mesmo, com mais ou menos profundidade.Na verdade, o fenómeno que aqui descreves é contínuo. Se falares para os mais novos eles conhecem a realidade de hoje e não comparam.
Felicidades em esperança

amigona avó e a neta princesa disse...

Lídia, aproveitando um tempinho até ao almoço (o pessoal está de ressaca do Rock in Rio)passei por aqui para te dar um beijo e desejar bom fim-de-semana...
Sabes Lídia,por força do meu voluntariado contacto TODOS os dias com MUITAS histórias de vida bem reais...de pais, filhos, netos, familiares, amigos...umas muito tristes outras bem bonitas...existe muito desamor,muito egoísmo, muito"olhar para o umbigo", mas quero aqui saudar bem alto as MUITAS pessoas que por esse mundo fora AMAM incondicionalmente! Porque há MUITA gente que o faz! E não podemos ser injustos esquecendo que existem e que praticam a DÁDIVA que NÓS nem sempre vemos...já conheci pessoas MARAVILHOSAS Lídia...pessoas que me fazem acreditar no ser humano e na sua capacidade de AMAR! Pessoas que defendem a SOLIDARIEDADE e a AMIZADE em todas as horas dos seus dias...há muito desamor lídia mas não podemos ignorar quem ama...corremos o risco de sermos nós que não vemos, não ouvimos, não lemos...
beijos, amiga...

SILÊNCIO CULPADO disse...

OLHOS DE MEL
As pessoas estão cada vez mais individualizadas e voltadas para si mesmas. A publicidade das empresas apelam ao consumo mostrando-lhes os atributos dos bem sucedidos sempre ligados ao sucesso e ao prestigio conferido pelo status e por determinados bens. As tecnologias substituem as relações humanas.
Porém eu acredito nas capacidades humanas e solidárias e acredito que é um ciclo que chega ao fim para que outro se inicie.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Arnaldo Reis Trindade

Abraço.

SILÊNCIO CULPADO disse...

elprincipito.

Abraço e muito gosto em conhecer-te.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Sonia Mascaro
É exactamente este isolamento das grandes cidades que aflige.
Tornam-se multiétnicas e multiculturais mas sem capacidade para gerir a diversidade. Perdem-se as relações de vizinhança, mergulha-se na angústia, no medo e na incerteza. Perdem-se valores e referências e está-se cada vez mais sozinho.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Mary
Todos podemos fazer algo para mudar esse estado de coisas. Primeiro que tudo há que tomar consciência de que é preciso empenharmo-nos numa visão mais justa e solidária e que todos, com um pequeno contributo, podemos fazer a diferença.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Raul
O negócio até nem seria mau se fosse ético. O pior é o lucro pelo lucro que não olha a meios para atingir os fins.

Abarço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Flor
Obrigada pela visita mas não tens que retribuir. Cada um tem a sua vida de canseiras e cansaços. Sei bem o que isso é. Um amigo compreende sempre e não estranha a ausência. Mas é um gosto ver-te. Lá isso é?
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Valsa Lenta
Que bom teres podido fazer isso. O grande problema em se trabalhar no interior é a falta de oportunidades.
Fico feliz por ti, acredita.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Zé do Cão
O grande mal quando se pensa no turismo é que se pensa só no turismo para ricos e em tirar o máximo de lucro do que temos para oferecer.


Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Lua Prateada
Prazer em ver-te e um bom fin de semana também para ti.

abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

São
És muito gentil com as tuas palavras. Só mesmo uma amiga como tu para dizer isso.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

GUARDIÃO
Verdade, amigo. Verdade tudo isso.

Destaco:

"Os que podem e mandam cada vez mais se afastam dos que não podem e não mandam, dispensando apenas a caridadezinha, para que não se morra de fome e não se dê mau aspecto, porque muitos de nós servimos só mesmo para trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Talvez um dia isto mude, talvez um dia haja mais e melhor justiça e mais equidade."

Talvez um dia isto mude, Guardião. Não deixemos de ter esperança e de lutar.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Robin Hood
A desertificação do interior é uma dor de alma. Tão dependentes que estamos do exterior e tanta capacidade que deitamos fora.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

ZORZE
Muitas vezes a religiões servem de paliativo a dores cruas que atiram para a a depressão mais de 1/4 da população portuguesa.
Eu não sou praticante de nenhuma religião e acredito que o bem e a superação terão que ser encontrados dentro de nós mesmos.

Abraço

Silvia Madureira disse...

Olá:

Infelizmente tenho pouco contacto com os meios menos desenvolvidos e que estão um pouco ao abandono. Penso que todas as realidades fazem falta ao nosso desenvolvimento.

No entanto, esta profissão de professor permite conhecer muitas realidades e muitos locais pelos quais nunca se imaginou passar.

De facto, existe zonas carentes de tudo...esquecidas...penso que se deveria fazer algo para promover o seu desenvolvimento e povoamento.

Penso que até já se fez algo...mas foram tentativas frustadas porque eventualmente o que fala sempre mais alto são as questões financeiras e...mais não posso dizer porque não sei.

beijo

O Profeta disse...

Esta brisa da tarde
Afaga as folhas com invisível mão
Arrasta consigo os sonhos perdidos
Soltos do encanto da real paixão


Bom fim de semana


Doce beijo

C Valente disse...

Bom texto e com conteudo
Saudações amigas

fotógrafa disse...

O valor das coisas, não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem…
Bom fds prolongado, abraço

sofialisboa disse...

há muito tempo que não encontrava um artigo assim. tocaste num assunto que a todos toca. a razão disto tudo? acho que é porque as pessoas ainda não se encontraram ou não sabem o que querem. gostei muito parabéns,mas por várias vezes tentei escrever um comentario e apaguei, também a mim me tocaste. sofialisboa

JOY disse...

OLá Lidia

Arranjei um pouco de tempo que o trabalho me deixou e resolvi visitar os amigos ainda que virtuais mas ainda assim para mim amigos,é um facto que o amor se tornou um produto para venda como outro qualquer (Dia dos namorados por exemplo) e nós pouco estamos a fazer para não nos deixarmos envolver, atravessamos uma fase em que o que interessa é a posse ,o Status, os bens materiais ,não nos preocupamos com o viver ,gozar a vida esrtar com os amigos ,deixamo-nos arrastar para uma solidão nefasta que nos torna frios ,distantes absortos enfim sem saber bem o que andamos aqui a fazer. Este teu texto é um excelente alerta para acordarmos e viver a vida ,conviver comungar da natureza ,porque a vida é curta e é para ser aproveitada.

Abraço forte
JOY

musqueteira disse...

... a caminho do interior solitário duma serra esquecida é para onde me dirijo e onde vou ficar um bom pedaço de tempo. se dinheiro tivesse .... talvez fosse à procura de fazer exactamente o mesmo mas lá para as isoladas montanhas do tibete! há sempre uma procura solitária de quem deseja isolar as emoções em novas linguagens. e amar?! silêncio...
são tantas as formas que o podemos fazer e expressar! quanto ao alentejo é triste ver os espanhois a comprar todo ele... aos bocados.

Sei que existes disse...

Passei para te reler novamente e mandar um beijinho grande

São disse...

Minha querida Lídia, venho desejar-te o feliz feriado que mereces.
Beijinhos.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Ray
Toca-me sempre muito fundo a forma apaixonada como encontras o sentido da vida na arte, na beleza, na poesia, na tua forma de te entregares aos outros. Faz bem ler-te. Há amizade e força de acreditar. Pessoas como tu fazem a diferença.
Filipe há-se fazer a diferença pela positiva porque tem uma mãe coragem sempre presente. Tu amas com amor, Ray, e mereces ser retribuída.
Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Vieira Calado
Obrigada, amigo, pela visita e pela simpatia.

Abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Mário Relvas
É verdade que sim que sempre houve mudanças e que há ciclos que terminam para dar início a outros. Porém, há períodos mais marcados pela anomia social proveniente de todo um conjunto de fenómenos que interferem na relação dialéctica entre o homem e o meio.
São fenómenos de ordem vária e mas eu arriscaria que a explosão das novas tecnologias e a luta pela sobrevivência num ambiente hostil terão uma boa quota-parte de responsabilidade nas dificuldades afectivas das sociedades actuais.
Abraço

Odele Souza disse...

Lidia,

Teus textos sempre nos levam a questionamentos e a reflexões. E isto por si só já é algo muito positivo.Isto por si só já une, cria um link entre as pessoas que por aqui passam.

Acho que todos devemos nos esforçar para sair do isolamento em que somos levados por várias razões: Vida em grandes centros urbanos, trabalho em excesso,situações de extremo sofrimentoe luto ou mesmo temperamentos arredios. É preciso sairmos de nós mesmos e irmos em busca do outro, dos outros..

Um abraço Lídia.

AJB - martelo disse...

cada vez mais diluídos os laços, maiores distâncias, apesar de aqui e ali haver indícios e actos de benevolência... é o resultado das "competividades" exageradas, dos individualismos

LuzdeLua disse...

Sou como uma grande àrvore e meus amigos, minhas folhas acumuladas e juntas, que amenizam as tempestades da minha vida, de perto ou distantes.
E ainda há aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparece novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.
Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que me deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.
Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Em gratidão pela força e ajuda, estou chegando e superando mais uma batalha desta que é a minha vida.
Obrigada sempre por estar por perto.
Um beijo grande em teu coração.

"Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós".

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Minha querida Lídia, passo para deixar-te um beijinho de carinho,
Fernandinha

tagarelas disse...

Ola Lidia,
Antes de mais quero desejar-lhe umas boas ferias.
Gostei imenso do que seu texto, com o qual me identifico muito. Eu tambem penso que o nosso maior fracasso como seres humanos esta no dominio das relaccoes afectivas. E que a consequencia mais dramatica disso e' o isolamento. Os principios mais importantes, em vigor, nas nossas sociedades sao: a competitividade e o sucesso. Por isso nao ha lugar para a partilha e para a solidariedade. E o sucesso? como poderemos ter sucesso quando as metas sao cada vez mais inantingiveis? Por isso estamos cada vez mais encuralados e frustrados. E o pior de tudo e' que em consequencia da vida que escolhemos levar, nem sequer encontramos o ombro amigo, que nao soubemos conquistar, para afogar as magoas.

DS disse...

Belo Texto! Embora o amor esteja dentro de tudo e todos, precisamos de uma referência externa para o encontrar, precisamos da marca do amor dos outros para o reconhecermos dentro do nooso coração.
Muitos Beijinhos!