Frequentemente as pessoas interrogam-se se devem ou não votar.
A desilusão que uma população empobrecida vai experimentando no seu dia-a-dia em que os privilégios e as riquezas ostensivas dos portugueses mais ricos chocam, de forma escabrosa, com os 4 milhões de portugueses que vivem com menos de 500 €, leva à interrogação se valerá a pena votar para legitimar e dar continuidade a este stato quo.
A liberdade perde-se quando se perdem as condições de vida. Quando não se pode decidir porque o garrote do desemprego e das dificuldades não nos deixa opções.
O voto serve para mudar se não estamos contentes. Não existem candidatos ideiais nem partidos ideais mas certamente alguns representam melhor que outros os nossos mais justos anseios.
Não votar é permitir que, com uma abstenção que chega a rondar os 50%, se eleja um partido ou um candidato que não represente mais que a vontade de 25% dos eleitores inscritos.
Há quem defenda que a abstenção é uma posição de força. Não creio. No dia das eleições falar-se-à da percentagem de abstencionistas mas logo esse número é cuidadosamente silenciado. O que conta é quem foi legalmente eleito com os votos daqueles que votam sempre porque estão em causa os seus poderosos interesses. O que conta é que, quem se revoltou pelo silêncio, contribuiu para a continuidade das injustiças e perdeu a oportunidade de accionar a mudança.
Porque a mudança ainda é possível através do voto. E porque há votos que fazem a diferença.
Lídia Soares
12 comentários:
A abstenção é colocar nas mãos de outros a decisão.
Portanto, deveremos, sim, votar, nem que seja em brano ou inutilizando o boletim!
Um abraço, amiga minha.
Lídia,
Se a abstenção for grande, por certo ela sairá vencedora, mas vencida, pois haverá sempre quem ganhe.
Num país de tanta miséria, de tanto conformismo, haverá por certo muita abstenção...as pessoas estão cansadas e um PR não conta assim tanto.
bj
Querida SÃO
Temos que escolher um candidato e pôr lá a cruz. Só contam os votos expressos para a eleição do PR que é em sufrágio directo.
Votar em branco ou anular o voto é ajudar a eleger o candidato mais votado logo à 1ª.volta.
Abraço
Eduarda
Um PR pode contar muito e dar um forte abanão.
Depende do PR. Não esqueçam os poderes que um PR ainda detém segundo a Constituição.
Abraço
A informação que tenho é que isso só é válido para o voto em branco, querida.
Estarei mal informada?
Um abraço.
Não usarmos uma arma que temos na mão quando estamos a levar "porrada", leva-me a pensar que das duas uma: Ou somos masoquistas e gostamos de a levar ou somos cobardes e temos medo que a mudança nos traga ainda mais miséria.
Aguentámos a outra senhora 40 ou mais anos. Estamos ainda habituados a calar.
Chocante não usarmos o nosso voto como cacete na cabeça dos governantes para que a mudança possa acontecer.
Eu voto
Raul Almeida
Devemos votar, claro.
Gostei do teu ponto de vista.
Beijos.
Legitimar a continuidade é votar nos mesmos de sempre! Se me tiram "o quase nada do voto", tiram-me "o quase nada que tenho"!
Voto sim, nem que não seja por um sim, voto pelo não!
E não me venham com aquela de que são todos iguais, pode-se até não gostar de nenhum, mas que uns são diferentes, são!
Um abraço de voto em riste
AMIGOS
A Comissão Nacional de Eleições esclarece que os votos brancos e nulos “não têm influência no apuramento dos resultados das eleições presidenciais”.
Segundo a CNE, têm circulado de forma generalizada na Internet e através de correio electrónico apelos ao voto em branco numa mensagem em que se afirma que, se for obtida uma maioria de votos brancos, a eleição presidencial de 23 de Janeiro será anulada.
Estas mensagens originaram já vários pedidos de esclarecimento à comissão Nacional de Eleições, pelo que esta entidade esclarece que os votos brancos e nulos não contam para o apuramento de resultados.
Como se salienta na nota oficiosa da CNE, “será sempre eleito, à primeira ou segunda volta, o candidato que tiver mais de metade dos votos expressos, qualquer que seja o número de votos brancos ou nulos”.
Aproveitando uma das poucas liberdades que me restam, eu opto pelo voto.
Raul de Almeida, faço minhas as suas palavras.
Eu não me quero calar, eu não quero ficar parada...
Creio que piores do que estamos é impossivél ficar.
Beijos
Lúcia Dias
Eu não só voto, como até digo em quem.
TIRIRICA - pior do que está não fica.
Precisamos de mudança, então que seja mudança radical.
Estou farto da triste miséria deste País e dos vilões que nos desgovernam.
o meu abraço
Por respeito a todos aqueles que sofreram e morreram para ser possivel, um dia, todos nós podermos usufruir da LIBERDADE de escolher, JAMAIS eu faltaria (só por motivo de força maior) a um acto eleitoral.
Por isso EU VOTO!!
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