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HÁ 208 MIL PESSOAS À ESPERA DE CIRURGIA

A lista de espera cirúrgica (LIC) continua a não querer descer do patamar dos 200 mil inscritos e ainda apresenta um elevado número - 20% - de doentes a aguardar há mais de um ano, apesar de a espera média se ter fixado nos cinco meses. Está com 208 632 pessoas, apenas menos 17 481 do que em Dezembro passado.
Fonte: Portugal Diário

Em Setúbal, espera-se 13 meses por uma operação.
Há doentes com cancro à espera mais de um ano.
Um doente de Lisboa com cancro da próstata tem uma espera provável de 3,1 meses para ser chamado para uma operação considerada urgente. No IPO de Coimbra, a mediana (o valor mais provável de espera) é de 2,3 meses, pouco acima dos 2,2 meses do IPO do Porto. A mesma operação sobe para 4,3 meses no Garcia de Orta (Almada). Já em Setúbal, uma cirurgia a um cancro do cólon e recto é feita em oito meses e, no caso do cancro da cabeça e pescoço, dispara para 13,1 meses. Em Viseu, a mesma intervenção demora sete meses. Números que resultam do cálculo da mediana dos doentes inscritos em cada unidade. O que significa que a espera máxima a que um doente está sujeito é sempre superior.Nas doenças oncológicas, o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, apresenta tempos de quatro meses para o colón e recto e cinco meses para outras neoplasias. O S. João, no Porto, mais de um mês para uma operação a um cancro da cabeça e pescoço. No Hospital de Cascais 11 doentes aguardam por uma operação a cancros na região abdominopélvica havendo uma mediana de espera de 23,3 meses. A espera nacional por uma operação é de cinco meses. Mas continuam a existir 42 mil pessoas que aguardam há mais de um ano para serem chamadas.
Fonte: DN

4 comentários:

SEMPRE disse...

Em Portugal a política de saúde tem sido desastrosa. Quem tem dinheiro para pagar seguros de saúde e hospitais privados, ou mesmo para ir ao estrangeiro, safa-se. Quem não tem é uma miséria e uma angústia inenarráveis.E, por isso, não me dêem como exemplo as democracias dos países nórdicos. Aí o Estado social funciona a 100%.

NÓMADA disse...

É o país que temos. Ainda posso entender algumas medidas tomadas noutras áreas. Mas na saúde não aceito restrições. Para isso pagamos os nossos impostos. Não pode haver uma saúde para ricos e outra para pobres.

ARTUR MATEUS disse...

É absolutamente revoltante. Mudam os governos e o problema continua. As clínicas e hospitais privados vão lucrando sobretudo com os seguros de saúde. Só quem não pode de maneira nenhuma é que se sujeita aos hospitais da rede pública que deviam estar mais aliviados com um maior recurso aos privados. A saúde é um direito prioritário e que não deve ser descurado.Estes números revelam bem o atarso do País que temos.

suruka disse...

Pois é.
Isto nao anda nada bem por cá.

bjs