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A POBREZA INFANTIL NA UE

*Imagem retirada da net



São muitas as formas de pobreza e vários os indicadores que a definem. Porém, entre todos os pobres, as crianças espelham todo um mundo de desigualdades, de injustiças e de oportunidades perdidas para as quais não contribuíram.


Um mundo que lhes rouba a alma, para todo o sempre, a maior parte das vezes. Aprendem a não serem crianças desde tenra idade e, não raras vezes, a sociedade vem exigir reparos aos seus comportamentos marginais demitindo-se das suas responsabilidades quando fingiu não ver e omitiu, para sua comodidade, os odores que vêm das ruas.


Em 2009, num fórum dedicado à pobreza infantil que decorreu em Lisboa, a Federação Europeia para as Crianças de Rua estimou que houvesse entre 150 mil a 200 mil crianças europeias a viver nas ruas salientando que o fenómeno da pobreza infantil está em crescimento na UE.

Não podemos ignorar tal facto. Não podemos passar uma esponja por este número. É que estamos a falar da União Europeia no ano 2010, o ano convencionado para a erradicação da pobreza.

E não há pobreza que mais doa que a duma criança sem oportunidades.


18 comentários:

São disse...

O maior roubo , a maior viol~encia contra qualquer criança é não lhe permitirem viver a sua infância sem sobressaltos e no tempo devido.

Um abraço, amiga.

Mar Arável disse...

Bem-vinda

O seu texto comove pela ternura

e pelo justo inconformismo

Cá estamos na luta

Bj

Pimenta disse...

As crianças de rua são o sintoma de decadência econômica,descaso e desumanização.
E a desumanidade é o mais assustador.
bjo

Fatyly disse...

Há 40/50 anos atrás a pobreza era extrema e as famílias bem numerosas. Nasceram e cresceram no meio da miséria e fome e conheço algumas que foram "servir" com 5 anos e os relatos que fazem hoje é de partir o coração.

O mundo avançou em tanta coisa e nesse campo continuamos na mesma ou pior. Guerras, abandono e sobretudo a toxicodependência que gera filhos de "ninguém" e ninguém trava esse grave flagelo. Portugal dei incentivos à natalidade a partir do 3º. mês de gestação até (?) e só aqui já nasceram 11 garotos que se não fosse os avós ou tios...seriam mais umas quantas na mendicidade. Recebem o que recebem e gastam tudo no "maldito inferno de pescadinha de rabo-na-boca". Os que não têm familiares são explorados pelos pais que usam as crianças para andarem a pedir.

Entregues a instituições por vezes passam o que todos sabemos e com a falta de formação de alguns juizes são entregues a "quem não deviam". Outras esperam longos 5/6 anos pela porra (desculpa a expressão) do processo de adopção.
Irradicar a pobreza a todos os níveis e sobretudo SOBRE AS FLORES DO MUNDO, para mim é uma missão impossível enquanto houver "quem feche os olhos a tudo isto e muito mais que se faz pela calada da noite ou em pleno dia".

Que posso eu fazer? apenas TUDO até onde os meus braços chegam. SE ajudar uma ou duas crianças a terem uma vida mais condigna, já me sinto feliz! Como? denunciando, denunciando e ver o que fazem em prol delas. Visitar e dar um sorriso, um chocolate...365 dias ao ano!!!!

Beijos garota linda

. intemporal . disse...

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. as crianças de hoje, vitimas da pobreza, nuas na alma com que vestem o corpo errático, serão o mundo despido e despedido de amanhã .

. num país onde os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres .

. a classe média é actual.mente um vazio . de in.oportunidades .

. ninguém pede para nascer .

. ninguém deve hospedar o mundo sob o signo do sofrimento e do abandono .

. na voragem pela sobreviência .

. do acaso, sem que alguém faça caso .

. que importam os dados estatísticos se só servem para o mediatismo da notícia do dia? .

. um abraço .

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Vanuza Pantaleão disse...

Lídia,
Prazer enorme voltar a esse espaço maravilhoso e aberto.
A história das crianças, tanto na Europa quanto no mundo inteiro, é uma mancha de sangue que nos envergonha enquanto seres humanos. E mais, desacredito qua algo possa mudar para melhor tão cedo. Infelizmente!

Beijos e muito carinho!!!

Mare Liberum disse...

Concordo plenamente contigo, amiga.Crescer à pressa, aprender à pressa na escola da vida é um preço demasiado elevado para quem está isento de quaisquer culpas.
E agora, com o terramoto do Haiti, o número de crianças órfãs, cujo tecto é a rua, aumentou de forma terrível.
Haja solidariedade, fraternidade, justiça.
Beijinhos

Unknown disse...

A palavra ''progresso'' não terá qualquer sentido enquanto houver crianças pobres ,abandonadas e infelizes .

Beijos.

Compadre Alentejano disse...

Parece-me que nos pequenos centros habitacionais, as crianças estão melhor resguardadas e protegidas. Agora, nas cidades, acontece de tudo, desde fome à prostituição infantil.
Porca de vida!
Compadre Alentejano

Zé do Cão disse...

As crianças de rua, são infelizmente os sintomas de pobreza de espírito dos adultos governantes que nada fazem vai a erradicar e quando fingem
que o fazem tem sempre o intuito de tirar partido do acto.

Bj

Zé Povinho disse...

Infelizmente a pobreza tem vindo a aumentar de uma forma tão rápida que as respostas começam a falhar mesmo quando a vontade existe em muita gente atenta ao problema.
Abraço do Zé

Pata Negra disse...

O governo arranjou um solução, chama-se Magalhães. Enquanto crianças concedemos-lhes olhares de compaixão, quando adolescentes desejasmos-lhes a prisão perpétua porque nos roubaram o auto-rádio, já adultos julgamo-los porque são pobres por culpa deles. Sim, Silêncio, a solução está nas crianças!
Um abraço do meio deles

Peter disse...

Tenho andado viciado no Facebook Farmville. Penso que terias ali um campo, a nível mundial, propício para levares a cabo estas tuas louváveis iniciativas.

Que tenhas uma boa semana.

Mª João C.Martins disse...

Não sei se será necessário acrescentar mais alguma coisa ao que escreveu, Lídia.
Sou particularmente sensível a tudo o que diz respeito à criança, gostaria que o fossemos todos e dessa forma, talvez este texto não tivesse sido escrito. Infelizmente, assim não é. Mas sabe, a realidade é ainda mais revoltante, quando abrimos os nossos horizontes e pensamos nas crianças que nascem e morrem, onde não chegam as televisões, os jornalistas nem ninguém que nos venha contar como não viveram. Crianças que se imaginam, e que não passam de meras estatísticas.
Doí até à raiz da alma!

Um abraço apertado e solidário

O Árabe disse...

Assim é, Lídia: uma criança sem oportunidades é o futuro sem chances de tornar-se melhor. :( Boa semana, amiga!

Marta disse...

são 19 milhões, só na Europa!!!!
os dados encontrei-os aqui:
http://flashrede.blogspot.com



um abraço, Lídia

Manuel Veiga disse...

uma vergonha de "civilização". a nossa!

... todos somos responsáveis.

abraços

C Valente disse...

Infelizmente este mal continua, apesar de muito se falar
saudações amigas